Assessoria de Imprensa
08/11/2022 11h02 | Atualizada em 09/11/2022 15h27
Por Marcelo Falchi*
A mobilidade elétrica vem ganhando cada vez mais espaço em meio a esforços de governos, empresas e sociedade para neutralizar as emissões de CO2 na atmosfera e combater o aquecimento global. Em geral, os debates sobre eficiência energética em meios de transportes giram em torno de veículos de passeio, devido ao seu alto volume de emissões.
O transporte de pessoas, bens e matérias-primas é responsável por mais de 25% do consumo total de energia e quase 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em todo o mundo. E modalidades como ônibus, balsas e veículos industriais também poderi
...Por Marcelo Falchi*
A mobilidade elétrica vem ganhando cada vez mais espaço em meio a esforços de governos, empresas e sociedade para neutralizar as emissões de CO2 na atmosfera e combater o aquecimento global. Em geral, os debates sobre eficiência energética em meios de transportes giram em torno de veículos de passeio, devido ao seu alto volume de emissões.
O transporte de pessoas, bens e matérias-primas é responsável por mais de 25% do consumo total de energia e quase 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em todo o mundo. E modalidades como ônibus, balsas e veículos industriais também poderiam ter um impacto significativo na busca pelo Net Zero com substituição de motores a combustão por elétricos.
No caso dos veículos industriais, por exemplo, é possível eliminar 48 toneladas de emissões de CO2 por ano de uma escavadeira de 24 toneladas com a troca do motor a diesel por um trem de força elétrico – que combina a energia da bateria com um motor elétrico e acionamento de alta eficiência. Além disso, o consumo de combustível pode cair em até 30% em veículos industriais com o uso da frenagem regenerativa, processo no qual se transfere energia.
Os motores elétricos para indústria precisam ser robustos, mais potentes e ter uma maior vida útil comparados, por exemplo, aos usados em veículos de passeio. Isso porque veículos industriais devem estar preparados para suportar cargas pesadas e operar continuamente ao longo de horas de trabalho.
Esses tipos de motores pesados já têm sido usados há muito tempo em transporte ferroviário – a primeira locomotiva elétrica surgiu em Berlim em 1879. Por isso, a tecnologia necessária para suprir as necessidades de veículos industriais já é madura e comprovada.
Os motores elétricos, portanto, não são uma novidade, embora continuem evoluindo tecnologicamente. Mas, dados da Pesquisa de Investimentos em Eficiência Energética 2022, encomendada pela ABB junto à Sapio Research, podem servir como alerta em relação aos investimentos programados pela indústria na área de transportes.
Segundo o levantamento global, realizado com 2.294 empresas do setor industrial em 13 países, variando em tamanho de 500 a 5.000 funcionários ou mais, 97% do total de negócios consultados já estão investindo ou pretendem realizar aportes para melhorar a eficiência energética.
A indústria instalada em território brasileiro também segue esse movimento positivo: pouco menos da metade já está investindo no aumento da eficiência energética (48%) e mais da metade está planejando fazer esses aportes (51%). Instalações são o foco de investimento (47%), seguido por produção (40%). Assim como nos demais países, transporte apresenta o índice mais baixo das três áreas citadas na pesquisa, de 11% no Brasil.
Além de uma melhor eficiência energética e reduções nas emissões de CO₂, os benefícios da eletrificação incluem ainda um menor custo total de propriedade e diminuição de ruído e vibração em relação aos sistemas a combustão. Em média, os veículos elétricos têm despesas operacionais até 60% menores do que os modelos equivalentes movidos a diesel, devido principalmente a melhorias na eficiência, consumo de combustível e necessidades de manutenção.
Como pode ser visto, os ganhos trazidos com eletrificação de ônibus, balsas e veículos industriais são imensos não somente para o meio ambiente como para os negócios. E isso pode ser amplificado em especial em países como o Brasil, que tem o transporte rodoviário como principal sistema logístico.
Marcelo Falchi, Gerente de produto de motores elétricos de baixa tensão da ABB*
18 de dezembro 2024
18 de dezembro 2024
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade