Assessoria de Imprensa
09/08/2023 10h25 | Atualizada em 10/08/2023 08h32
A energia renovável está crescendo, pois, a inovação reduz os custos e começa a cumprir a promessa de um futuro de energia limpa.
O Brasil é o campeão mundial em energia renovável, com participação de 82,9% na matriz elétrica, enquanto a média mundial é de 26,7%. A fonte com a maior participação brasileira na matriz elétrica é a hidrelétrica, seguida das fontes eólica, biomassa e solar.
Quando se trata de geração distribuída, usinas de até 5.000 kWp (quiloWatt-pico), em fazendas, telhados, fachadas, a usina solar fotovoltaica ocupou o segundo lugar no ano
A energia renovável está crescendo, pois, a inovação reduz os custos e começa a cumprir a promessa de um futuro de energia limpa.
O Brasil é o campeão mundial em energia renovável, com participação de 82,9% na matriz elétrica, enquanto a média mundial é de 26,7%. A fonte com a maior participação brasileira na matriz elétrica é a hidrelétrica, seguida das fontes eólica, biomassa e solar.
Quando se trata de geração distribuída, usinas de até 5.000 kWp (quiloWatt-pico), em fazendas, telhados, fachadas, a usina solar fotovoltaica ocupou o segundo lugar no ano passado, com 23,8 GW de potência instalada, está entre as dez maiores do mundo, à frente da fonte eólica com 23,8 GW e atrás somente da fonte hídrica, com 109,7 GW.
O engenheiro eletricista do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Edval Delbone, lembra que o crescimento de usinas solares fotovoltaicas no Brasil é surpreendente, uma vez que tem sido de 1 GW por mês neste ano.
“O avanço da energia solar na matriz elétrica já rendeu ao Brasil, desde 2012, mais de R$ 100 bilhões em novos investimentos e a geração de 600 mil empregos. Na parte ambiental, 28 milhões de toneladas de dióxido de carbono, conhecido como gás carbônico (CO2), deixaram de ser emitidos, graças à geração de eletricidade por meio da fonte solar”, detalha Delbone.
Vantagens – A vantagem da energia solar no Brasil, comparada com a fonte eólica, está em que há sol em todas as parte do país, com maior intensidade no Nordeste.
Depois, no Centro-Oeste, no Sudeste e, por último, no Sul, mas todos os lugares com níveis muito elevados, comparados com os do resto do mundo. Em contrapartida, devido ao clima muito quente do país, explica o engenheiro, gasta-se muita energia com ar condicionado.
“Com a instalação da energia solar fotovoltaica nas residências, o consumidor brasileiro paga somente o mínimo obrigatório, que é de 50 kWh, para sistemas bifásicos, e 100 kWh, para sistemas trifásicos, por estarem conectados à rede da concessionária, denominada sistema on grid. Ou seja, durante o dia, quando há sol, a produção de energia é máxima, e o consumo é mínimo; à noite, quando não há sol, o consumo da residência aumenta e a concessionária devolve a energia recebida durante o dia, diz o engenheiro.
A energia eólica está crescendo bastante, o que traz muitos benefícios para o sistema elétrico brasileiro, com uma participação na matriz elétrica bastante significativa, sobretudo nos horários de pico de consumo de energia, na parte da tarde. No entanto, quanto à energia eólica, não há a mesma facilidade de construir uma microusina em residências, pois são estruturas mais complexas e mais caras, além da necessidade de uma altura na faixa de 100 metros, para obter-se um bom rendimento.
“O Brasil, portanto, deve continuar a investir pesado nas energias renováveis, principalmente naquelas que apresentam baixo impacto ambiental, como a solar e a eólica, e não podemos nos esquecer da biomassa, produzida com o bagaço da cana-de-açúcar. Outra característica, também bastante interessante, é que as fontes de energia solar e eólica podem aproveitar a mesma rede numa fazenda eólica e solar: quando o vento estiver forte, o sol é fraco e, no período em que o sol estiver forte, o vento será fraco. Logo, é possível fazer redes de transmissão compartilhada, mais econômicas, intercalando a transmissão”, finaliza Delbone.
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