A quinta entrega de retroescavadeiras para os municípios selecionados na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), em 2013, será realizada nesta terça-feira (29). As máquinas serão doadas pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, a 20 municípios sergipanos com até 50 mil habitantes. A iniciativa deve beneficiar mais de 107 mil moradores da área rural. A cerimônia ocorrerá às 11h, no Parque Eólico Barra dos Coqueiros, localizado no município de Barra dos Coqueiros, a 25 quilômetros da capital do estado, Aracaju.

A maioria dos municípios contemplados, exatamente 13, está localizada nos quatro Territórios da Cidadania que compõem o estado – Alto Sertão, Baixo São Francisco, Sertão Ocidental e Sul Sergipano. Para adquirir as máquinas, o MDA investiu aproximadamente R$ 3,5 milhões.

Administradas pelas próprias prefeituras, as retroescavadeiras ajudarão os municípios a melhorar a infraestrutura das estradas secundárias, vias muito usadas pelos agricultores familiares para comercializar na cidade os alimentos produzidos no campo.

“Creio que essa máquina vai facilitar muito a vida do agricultor familiar daqui. Vai nos dar segurança para expandir o mercado e, até mesmo, para aumentar nossa área de produção. Sei de agricultor com medo de produzir, de se comprometer, justamente, por não ter certeza que seu produto poderá sair para comercialização, por causa das estradas”, observa o presidente da Cooperativa de Produção da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Município de Moita Bonita (Cooperafes), Joelito Costa Santos.

Máquinas que recuperam estradas

A Cooperafes é formada por 53 agricultores familiares de Moita Bonita, um dos 20 municípios beneficiados com a entrega desta terça-feira. O empreendimento tem como matéria-prima o cultivo da batata-doce. Atualmente, toda produção é vendida para os mercados institucionais dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (Pnae), e ainda para uma rede de supermercados da Bahia.

Joelito explica que a má condição das estradas já atrapalhou várias vezes a comercialização da cooperativa. “Já tivemos que interromper o recolhimento da produção porque o carro não passava nas estradas, tivemos também que descarregar e carregar novamente um caminhão que ficou atolado. Além de atrasar nossa entrega, esses contratempos influenciam na qualidade das batatas-doce. E quando se perde qualidade, perde valor também”, ressalta para, em seguida, completar. “Acreditamos que a retroescavadeira vai mudar esse cenário. Essa ferramenta vai nos ajudar a transportar a produção.”