Logística
Valor Econômico
01/03/2013 11h32 | Atualizada em 01/03/2013 19h29
A LLX, braço logístico do grupo EBX, deu uma guinada no Superporto do Açu, principal projeto da empresa no município de São João da Barra, no norte fluminense. O primeiro embarque de minério de ferro da Anglo American pelo Açu está programado para o segundo semestre de 2014, com cerca de quatro anos de atraso em relação à previsão inicial. Mas ainda em 2013 devem começar no Açu operações de prestadoras de serviços à indústria de petróleo e gás, caso do estaleiro da OSX, empresa de construção naval e offshore da EBX, da Technip e da National Oil Varco (NOV).
Em nota, a LLX afirmou: "Com o início das operações previsto para este ano, o Superporto do Açu se qualifica com
...A LLX, braço logístico do grupo EBX, deu uma guinada no Superporto do Açu, principal projeto da empresa no município de São João da Barra, no norte fluminense. O primeiro embarque de minério de ferro da Anglo American pelo Açu está programado para o segundo semestre de 2014, com cerca de quatro anos de atraso em relação à previsão inicial. Mas ainda em 2013 devem começar no Açu operações de prestadoras de serviços à indústria de petróleo e gás, caso do estaleiro da OSX, empresa de construção naval e offshore da EBX, da Technip e da National Oil Varco (NOV).
Em nota, a LLX afirmou: "Com o início das operações previsto para este ano, o Superporto do Açu se qualifica como o hub [ponto concentrador] brasileiro para o setor de óleo e gás e como alternativa para a instalação de empresas que operam no Brasil neste setor", disse, em comunicado, Marcus Berto, diretor-presidente da LLX.
A empresa informou que estão se instalando no TX2, o terminal terrestre, empresas como Technip, NOV e Intermoor, além da OSX. Em fevereiro, a LLX assinou com a Asco contrato para a prestação de serviços de logística para empresas de exploração e produção de petróleo e fornecedores no Açu.
Em outra frente, o terminal marítimo, TX1, terá capacidade de receber navios de minério de ferro e petroleiros e realizar operações de transbordo, tancagem e blending (mistura). A LLX também tenta atrair a Petrobras para o Açu, projeto que tem investimentos previstos de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 3,15 bilhões já realizados. O investimento remanescente será feito com recursos de financiamento enquadrado com o BNDES.
No ano passado, Eike Batista anunciou uma operação que poderia levar ao fechamento de capital da empresa, mas desistiu da operação. Na ocasião, a LLX disse que a decisão não afetava os planos e reafirmou que o Açu começaria a operar em 2013. O analista do UBS, Victor Mizusaki, descarta o risco de a companhia não conseguir financiar o projeto. Segundo ele, a LLX está capitalizada.
Em setembro, a companhia tinha R$ 877 milhões em caixa e endividamento de R$ 1,8 bilhão. Em dezembro, foi realizado o desembolso de R$ 318 milhões remanescentes referentes a um financiamento de R$ 518 milhões aprovado com o BNDES, alterando o caixa para R$ 1,2 bilhão e o endividamento para R$ 2,1 bilhões.
Mizusaki disse que a parte referente ao minério está garantida e vê boas possibilidades para o Açu no petróleo. "Nos últimos dois anos, o grupo se deparou com possibilidade de investir no business do petróleo. Era uma oportunidade, mas era distante e foi ganhando muito corpo."
Entretanto, a empresa tem enfrentado problemas. Dentre eles estão a desistência de algumas grandes empresas que se instalarem no local, como a norueguesa Subsea 7 e a chinesa Wuhan Iron and Steel, além de questionamentos ambientais e a forma como está sendo conduzida a desapropriação das terras. A LLX tem cerca de 60 memorandos de entendimentos com empresas interessadas em se instalar na retroárea do porto. Até agora, apenas nove fecharam contratos.
09 de janeiro 2020
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