Logística
Valor Econômico
11/07/2013 09h55
A LLX tenta atrair empresas que invistam no Açu para montar base de apoio para barcos offshore, as embarcações que alimentam as plataformas de petróleo com bens e equipamentos. A base poderia atender Petrobras e outras petroleiras.
O Valor apurou, no entanto, que a LLX estaria encontrando dificuldades de atrair esses operadores em função do alto custo do arrendamento cobrado pela empresa. As áreas oferecidas seriam grandes demais e o preço do aluguel da terra, por metro quadrado, elevado. Essa condição resultaria do fato de que a LLX precisaria garantir o retorno dos altos investimentos feitos no porto.
O Açu ainda tem áreas grandes disponíveis para arrendamento em contratos de longo prazo, algumas delas com saída direta
...A LLX tenta atrair empresas que invistam no Açu para montar base de apoio para barcos offshore, as embarcações que alimentam as plataformas de petróleo com bens e equipamentos. A base poderia atender Petrobras e outras petroleiras.
O Valor apurou, no entanto, que a LLX estaria encontrando dificuldades de atrair esses operadores em função do alto custo do arrendamento cobrado pela empresa. As áreas oferecidas seriam grandes demais e o preço do aluguel da terra, por metro quadrado, elevado. Essa condição resultaria do fato de que a LLX precisaria garantir o retorno dos altos investimentos feitos no porto.
O Açu ainda tem áreas grandes disponíveis para arrendamento em contratos de longo prazo, algumas delas com saída direta para o mar, o que poderia interessar a algumas petroleiras. Em abril, LLX e Petrobras confirmaram que mantinham negociações segundo as quais a estatal analisava o uso do porto. Mas segundo fonte que conhece a LLX, hoje dificilmente alguém se engajaria em um projeto no Açu dada a falta de credibilidade do grupo EBX. Daí que o mercado considere também a possibilidade de venda do controle da LLX.
No fim de junho, a empresa informou ao mercado que havia contratado assessores financeiros para avaliação de eventuais oportunidades de negócios e operações societárias envolvendo ativos da companhia e ações. A fonte afirmou ainda que o Açu é um bom projeto e previu que, quando a Minas-Rio começar os embarques de minério de ferro, no fim de 2014, a LLX terá uma receita importante. "Serão 51% dos US$ 7,10 cobrados por tonelada de minério embarcada", disse essa fonte.
Até agora a LLX arrendou áreas para sete companhias, entre as quais NOV, Technip e Intermoor, fornecedores da indústria de petróleo que devem começar a operar ainda este ano no Açu. Juntas, as sete empresas mais a MPX geram para a LLX receita superior a R$ 80 milhões por ano, conforme já publicado pelo Valor. Outras empresas que pagam aluguel no Açu são Wärtsilä, V&M, GE e OSX.
Até o momento foram investidos cerca de R$ 4 bilhões no Açu. A LLX Minas-Rio, parceria entre a LLX e a Anglo American para movimentação de minério de ferro, aportou R$ 974 milhões no porto, de acordo com dados da companhia do primeiro trimestre. O restante dos recursos foi aplicado pela própria LLX.
Procurada, a empresa disse que não iria comentar o que considerou "rumores de mercado". Na reestruturação do grupo EBX, ainda não está claro é o que será feito do Porto do Açu, conforme publicou o Valor no início de julho. A estratégia prevista, segundo a reportagem, é ir renegociando as dívidas e fazer a implantação das diversas operações em fases. A avaliação é que o Açu é um megaprojeto que vai demandar pelo menos 15 anos para ficar pronto devido ao elevado aporte de capital necessário.
O problema maior do porto é de disponibilidade de recursos para viabilizar os investimentos, e não endividamento. Hoje, o principal credor é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com dados do próprio banco, os financiamentos contratados pela LLX envolvendo projetos no Açu somam R$ 1,8 bilhão. São R$ 518,5 milhões contratados pela LLX Açu Operações Portuárias, subsidiária da LLX, e R$ 1,3 bilhão contratados pela LLX Minas Rio Logística Comercial Exportadora.
09 de janeiro 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade