Assessoria de Imprensa
27/07/2023 19h47
Na 22ª edição da Carta de Infraestrutura, a consultoria Inter.B apresenta a trajetória dos investimentos no setor de infraestrutura em anos recentes (2018-22) e as projeções para 2023.
No período 2019-22, os investimentos se expandiram em 0,35% do PIB, chegando a 1,86% do PIB em 2022, com projeção que alcancem 1,94% do PIB em 2023.
O documento sobre o setor no Brasil estima um aporte de R$ 204,6 bilhões em infraestrutura neste ano.
Assim, os investimentos seriam 11% superiores em comparação a 2022. Do total de recursos, 65% devem vir da iniciativa privada, puxados por segmentos como energia elétrica, transportes e sane
...Na 22ª edição da Carta de Infraestrutura, a consultoria Inter.B apresenta a trajetória dos investimentos no setor de infraestrutura em anos recentes (2018-22) e as projeções para 2023.
No período 2019-22, os investimentos se expandiram em 0,35% do PIB, chegando a 1,86% do PIB em 2022, com projeção que alcancem 1,94% do PIB em 2023.
O documento sobre o setor no Brasil estima um aporte de R$ 204,6 bilhões em infraestrutura neste ano.
Assim, os investimentos seriam 11% superiores em comparação a 2022. Do total de recursos, 65% devem vir da iniciativa privada, puxados por segmentos como energia elétrica, transportes e saneamento básico.
Um exemplo de investimento público estaria no Ministério dos Transportes. Sobre os valores definidos no orçamento deste ano e na Emenda Constitucional do Bolsa Família, aprovada no fim de 2022, a atual gestão federal assegurou R$ 18,8 bilhões a serem aplicados na logística nacional de transportes, o que iguala a capacidade de investimento aos patamares de 2016.
Outra notícia esperada é o anúncio de um novo plano federal de investimento em infraestrutura, o que seria uma espécie de releitura dos PACs anteriores.
“Apesar dos ganhos, há uma necessidade estimada de 4,2% do PIB ao longo das próximas duas décadas para a modernização do setor, sob a premissa de um potencial de crescimento não inflacionário próximo a 2%”, comenta a a carta. “Estamos ainda distantes.”
Para fazer frente a uma brecha de investimentos de cerca de 2,3% do PIB, a consultoria diz que não há alternativa realista a um esforço liderado pelo setor privado, seja pelas restrições fiscais que o país enfrenta num contexto de múltiplas demandas, seja pelas limitações na governança dos investimentos públicos.
Vale acentuar, diz a Inter.B, que a ampliação dos investimentos públicos irá demandar uma reforma do Estado, criando espaço fiscal de forma responsável e rechaçando tentações populistas.
Já o salto do setor privado necessitaria ser da ordem de 2% do PIB, factível num ambiente de maior estabilidade e previsibilidade, com menores custos de transação.
Finalmente, não há como avançar sem perseguir uma agenda centrada em dois grandes temas: melhoria da governança dos investimentos públicos e da institucionalidade do ambiente de negócios no país.
“O país já está maduro e informado para não aceitar formas distorcidas de fazer política pública. Ao mesmo tempo, o ambiente de negócios necessita não apenas de maior segurança jurídica e previsibilidade regulatória, mas aderência a regras universais de boa governança e seriedade com a coisa pública, no contexto de uma economia aberta, competitiva e sustentável”, ressalta.
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