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Inteligência artificial avança na construção

Setor assiste ampliação das possibilidades do uso desse tipo de tecnologia, mas caminho ainda é longo, explica CEO da Inovatech

Assessoria de Imprensa

08/11/2023 12h35


De acordo com estudo divulgado este ano pela Deloitte, 64% das empresas de construção apresentaram ganhos de eficiência depois do emprego de novas tecnologias.

A Inteligência Artificial avança nesse contexto, mas é possível apostar que esses sistemas são o próximo passo de evolução do setor que foi um dos últimos a entrar na era digital?

O especialista Luiz Henrique Ferreira, engenheiro e CEO da Inovatech, parceira institucional da Feicon, que será realizada de 2 a 5 de abril de 2024, na capital paulista, responde sobre o futuro da IA na construção.

O assunto vem ganhando força à cada edi&cc

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De acordo com estudo divulgado este ano pela Deloitte, 64% das empresas de construção apresentaram ganhos de eficiência depois do emprego de novas tecnologias.

A Inteligência Artificial avança nesse contexto, mas é possível apostar que esses sistemas são o próximo passo de evolução do setor que foi um dos últimos a entrar na era digital?

O especialista Luiz Henrique Ferreira, engenheiro e CEO da Inovatech, parceira institucional da Feicon, que será realizada de 2 a 5 de abril de 2024, na capital paulista, responde sobre o futuro da IA na construção.

O assunto vem ganhando força à cada edição do evento, seja nos painéis de conteúdo ou nas experiências imersivas no pavilhão. Benefícios como redução de custos, melhor eficiência, produtividade, segurança, qualidade e sustentabilidade são frequentemente discutidos.

Para o engenheiro Luiz Henrique, o maior uso de ferramentas digitais no processo da construção, ainda está nos primeiros passos em relação à IA no Brasil.

“Tenho observado principalmente nas áreas comerciais e de vendas dos empreendimentos e em iniciativas muito isoladas, mas com boas perspectivas de IA ser a próxima disrupção de mercado. Em obras e manutenção de edifícios, por exemplo, entendo que ainda temos um mar de oportunidades em gestão, planejamento e execução de tarefas operacionais repetitivas, deixando os seres humanos livres para fazerem o que sabem melhor, que é o diálogo, a mão de obra e a integração na cadeia produtiva da construção”, diz.

Entre tantos aspectos positivos, existem, claro, alguns pontos vistos com cautela. Para o CEO, o equilíbrio entre máquina e capital humano é um dos principais.

“Tratamos de edificações e empreendimentos que podem colocar em risco a vida de pessoas. Enquanto a tecnologia avança como aliada, a responsabilidade técnica deve ser inteiramente dos profissionais”.

Para ilustrar, Luiz Henrique traz o exemplo do uso do ChatGPT, algo em evidência nos últimos meses.

“Minha experiência mostra que o diálogo com os robôs precisa de cuidado para que as respostas sejam coerentes. Se o comando for enviesado, certamente a resposta será equivocada, com risco de consequências graves”, completa.

Aplicações, desafios e oportunidades – Se há pouco tempo o e-commerce era um desafio para o varejo desta indústria, a pandemia de Covid-19 intensificou os investimentos desse setor no ambiente digital. As várias possibilidades em IA que vêm ganhando espaço neste mercado, realmente representam uma evolução.

Já nos canteiros, algumas dessas soluções já impulsionam segurança e eficiência, por exemplo: robôs para tarefas consideradas perigosas, reduzindo acidentes; sistemas de manutenção inteligentes, que podem melhorar a eficiência energética, por exemplo, de um canteiro, complexo ou condomínio; além da melhoria da segurança, com identificação e monitoramento de supostos riscos nas obras.

No campo das oportunidades, o uso de IA aliado ao Building Information Modeling (BIM) levará a assertividade, agilidade e qualidade dos projetos a patamares ainda mais elevados.

Os recursos ainda facilitarão a identificação de padrões e ajudarão a evitar erros, além de permitirem uma atuação mais integrada e estratégica dos profissionais, como os engenheiros calculistas, por exemplo, com a otimização de volume de materiais utilizados em uma obra ou avaliação de tubulações.

Por outro lado, existem questões que limitam a escala dessas tecnologias na prática de mercado. O valor de investimento e a integração com outros sistemas já utilizados estão entre elas. Contudo, uma que merece bastante atenção no ponto em que estamos, segundo o engenheiro, é a qualificação da mão de obra.

“Sem dúvida, formar ou desenvolver profissionais para que tenham espírito crítico e consigam analisar com responsabilidade os resultados gerados por IA é um desafio grande e importante”.

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