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Infraestrutura das malhas internacionais é desafio das transportadoras brasileiras

As mudanças climáticas estão entre os principais empecilhos nas fronteiras para os motoristas de caminhões, resultando em atrasos e até mesmo em acidentes

Assessoria de Imprensa

24/07/2023 10h42 | Atualizada em 26/07/2023 14h03


O mercado de importação e exportação do Brasil com outros países apontou um crescimento de 24,4% em maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, e as importações registraram uma queda de 2,0%, resultando em um superávit comercial de US$ 20,29 bilhões.

Essa crescente se deve bastante à atuação do transporte rodoviário de cargas, que representa cerca de 65% de toda mercadoria circulada. Entretanto, grandes transportadoras enfrentam algo bastante em comum nos países vizinhos do Brasil.

Se por um lado aqui o setor de transporte encara desafios constantes nos investimentos público

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O mercado de importação e exportação do Brasil com outros países apontou um crescimento de 24,4% em maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, e as importações registraram uma queda de 2,0%, resultando em um superávit comercial de US$ 20,29 bilhões.

Essa crescente se deve bastante à atuação do transporte rodoviário de cargas, que representa cerca de 65% de toda mercadoria circulada. Entretanto, grandes transportadoras enfrentam algo bastante em comum nos países vizinhos do Brasil.

Se por um lado aqui o setor de transporte encara desafios constantes nos investimentos públicos para infraestrutura, principalmente de rodovias, no âmbito internacional não é diferente.

Na ABC Cargas, empresa com sede em São Bernardo do Campo - SP, que concentra grande parte das suas atividades nas malhas internacionais, o exercício de transportar veículos por meios próprios enfrenta algumas dificuldades.

“Quem realiza operações principalmente pela Argentina, pelo Chile e pelo Peru encontra dificuldades: além das burocracias e dificuldades administrativas, há as questões climáticas adversas, como tempestades de neve, que afetam a operação como um todo”, afirma Danilo Guedes, presidente da empresa.

Essa época do ano, entre o outono e o inverno, é marcada por momentos bastante atribulados para as empresas justamente pelas más condições climáticas encontradas nas estradas. Recentemente, a passagem Los Libertadores, na fronteira Argentina-Chile, apresentou um deslizamento de terra que obstruiu a via e a interditou por sete dias.

Guedes conta que neste caso em específico de deslizamento de terra ocasionado pela chuva excessiva no Chile, a ABC Cargas manteve comunicação eficiente com as autoridades competentes e com seus parceiros comerciais para os informar sobre a situação e encontrar soluções.

“Existem outras rotas e passos fronteiriços habilitados para chegar em Santiago. Contudo, isso requer um planejamento antecipado e combinado com os clientes, porque, além de aumentar o tempo de viagem, há um aumento significativo de custos”, comenta.

Para casos assim, as organizações vêm proporcionando uma capacidade de preparação maior a seus motoristas para uma condução segura contra chuvas intensas, neblina, neve e gelo, incluindo a manutenção de distâncias seguras, ajuste adequado da velocidade, uso adequado dos freios e direção cautelosa diante das complicações climáticas.

“Nossos motoristas são orientados para interpretar essas sinalizações e sobre como agir conforme as instruções fornecidas. Eles recebem orientações claras sobre os procedimentos a serem seguidos em casos de emergência, como acidentes, condições de estradas bloqueadas devido a deslizamentos de terra ou condições climáticas extremas”, salienta Guedes.

São muitos os desafios que envolvem a infraestrutura nas rodovias internacionais. Esse foi um dos motivos pelos quais o Mercosul surgiu para promover a integração econômica e fortalecer as relações comerciais entre seus países membros, nomeadamente Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, além da Venezuela, atualmente membro suspenso.

O executivo acredita que os países precisam ter uma melhor conectividade e trazer a iniciativa privada e entidades de classe para “sentar à mesa”, firmando acordos, como regras de pesos e dimensões, infraestrutura e regras aduaneiras.

“Um ponto que preocupa muito é o tempo que se perde nas fronteiras, a burocracia, a ineficiência e as exigências. Sem mudar isso, é impossível pensar em melhorar as operações de comércio internacional. Mas isso não depende só do Brasil: é necessário um compromisso mútuo e esforços coordenados entre os envolvidos para promover a integração e desenvolver uma infraestrutura logística melhor”, finaliza o executivo.

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