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Industrialização da construção civil: um caminho para inovação e eficiência

Devido às suas inúmeras vantagens, a industrialização ganhou destaque nos últimos anos, uma vez que pode ampliar a produtividade e diminuir o tempo e os custos da obra

Assessoria de Imprensa

30/10/2024 13h13 | Atualizada em 31/10/2024 08h13


A industrialização da construção civil é o processo que busca transformar a maneira tradicional de construir, incorporando métodos e tecnologias que aumentam a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade das obras.

Seu diferencial em relação ao processo tradicional de construção é a utilização de novas técnicas, como o armazenamento em silo e o transporte bombeado de argamassas atrelados a equipamentos de projeção, ou produtos pré-fabricados ou pré-montados para a constituição dos sistemas construtivos em vez de produzi-los no canteiro de obra.

Dessa forma, os materiais de

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A industrialização da construção civil é o processo que busca transformar a maneira tradicional de construir, incorporando métodos e tecnologias que aumentam a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade das obras.

Seu diferencial em relação ao processo tradicional de construção é a utilização de novas técnicas, como o armazenamento em silo e o transporte bombeado de argamassas atrelados a equipamentos de projeção, ou produtos pré-fabricados ou pré-montados para a constituição dos sistemas construtivos em vez de produzi-los no canteiro de obra.

Dessa forma, os materiais de construção necessitam apenas ser transportados até o local de utilização e aplicados diretamente no local da obra, conforme previsto no projeto.

Devido às suas inúmeras vantagens, a industrialização ganhou destaque nos últimos anos, uma vez que pode ampliar a produtividade e diminuir o tempo e os custos da obra.

A indústria cimenteira tem trabalhado intensamente nesse aspecto, contribuindo com o
incentivo ao uso de produtos industrializados. Entre eles, pode-se citar o concreto dosado em central, argamassa estabilizada, argamassa pré-misturada ensacada ou granel, além de tecnologias como o pré-fabricado e as edificações em paredes de concreto.

Quando se fala em concreto ou argamassa, ainda a maior parte das obras utiliza materiais conhecidos como “virado em obra”, no qual o procedimento de dosagem e mistura dos materiais é realizado no local da obra.

Muitas vezes o “virado em obra” não utiliza aditivos químicos para melhorar o desempenho e, normalmente, tem pouco ou nenhum controle de qualidade.

Para essas situações, o mercado já disponibiliza soluções de industrialização dos canteiros de obra. Um bom exemplo são as argamassas industrializadas a granel com sistema de dosagem automática de água e bombeamento para o andar de execução do trabalho.

Em um estudo de caso realizado com esse tipo de tecnologia, foram encontrados ganhos em ecoeficiência devido à redução do impacto ambiental trazido pelo sistema. Entre os benefícios, pode-se citar a redução do consumo de água, energia e emissões de gases de efeito estufa, entre outros.

A diminuição do impacto ambiental começa no conceito da fabricação do material, devido à tecnologia de produção de argamassa empregada, o que reflete em maior qualidade e proporciona melhor produtividade ao cliente.

As argamassas industrializadas emitem 68% a menos de gases de efeito estufa por metro cúbico, o que, em termos absolutos, representa uma diferença de 280 quilos de CO2 equivalente por metro cúbico.

Devido ao uso de aditivos e avanço tecnológico da dosagem das argamassas industrializadas, essas apresentam uma redução de consumo de água por metro cúbico cerca de 30% menor do que a virada em obra, apresentando uma economia de 128 litros por metro cúbico.

Além disso, o sistema gera ganho de produtividade na obra, ocasionado a redução da necessidade de mão de obra, diminuição dos custos indiretos e avanço no tempo do cronograma. Também diminui desperdícios e bota-fora, como o peneiramento da areia.

Quando se fala em concreto, os elementos pré-fabricados ou pré-moldados são ótimos
sistemas que contribuem para a industrialização. Nesse sentido, a construção de edificações com paredes maciças de concreto vem se destacando no mercado, sendo aplicada em edificações de diferentes níveis e padrões executivos.

A execução facilita sua aceitação no mercado pelo fato de ser um sistema construtivo que já possui normas orientativas em relação aos detalhes de projeto.

Esse processo construtivo utiliza formas metálicas devidamente projetadas para cada obra a ser executada, sendo montadas no local conforme o andamento da obra.

Permite que os sistemas elétricos, hidráulicos e de esquadrias sejam montados em
kits e instalados prontos na obra. Como as formas são preenchidas com concreto de acordo com as características especificadas em projeto, após a concretagem as paredes e a estrutura já estão prontas, com muito mais rapidez e menos desperdício comparado aos processos convencionais.

Construir com paredes de concreto é até três vezes mais produtivo do que o método
convencional, que utiliza pilares e vigas de concreto e blocos para vedação, e até duas vezes mais rápido que o sistema de alvenaria estrutural.

Essa agilidade de construção, além de ganho de cronograma, resulta em economia, uma vez que reduz desperdício, quantidade de mão de obra e outros custos indiretos para a construtora.

A construção modular oferece soluções rápidas, eficientes e personalizáveis para diversos tipos de projetos.

A tendência de módulos pré-fabricados garante agilidade na construção, reduzindo custos e desperdícios, além de permitir um projeto mais alinhado às necessidades do cliente.

A execução de edificações com estruturas pré-fabricadas possibilita diversos ganhos de
produtividade e a redução de mão de obra. A velocidade de execução das obras é muito
grande com o uso de sistemas pré-fabricados.

Além de ser um sistema consolidado no país, há o benefício de termos no Brasil empresas de nível internacional, de extrema eficiência e qualidade atuando nesse segmento.

Ao adotar esses métodos, a construção civil se aproxima mais de um modelo industrial, em que o planejamento, a execução e a montagem dos componentes seguem um rigoroso controle de qualidade e eficiência.

Mais vantagens – A industrialização da construção traz inúmeros benefícios nas mais diferentes frentes que a construção civil exerce impacto.

Como muitos dos componentes são fabricados previamente, o tempo de construção no local é significativamente reduzido.

Além disso, a utilização de produtos industrializados permite uma maior qualidade do material empregado, menos desperdício de materiais e maior durabilidade das construções.

O uso de materiais sustentáveis, a redução de resíduos e a menor necessidade de transporte de materiais distintos de maneira isolada para o canteiro de obras reduzem o impacto ambiental.

Além de ser uma opção para obras que não possuem espaço de canteiro de obras para o estoque de matéria-prima, situação que vem sendo cada vez mais comum nas obras
pelo país.

A industrialização na construção civil impulsiona a inovação e requer atualização de seus profissionais, uma vez que a incorporação de novas tecnologias permite um planejamento integrado e eficiente.

A industrialização da construção civil não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o futuro do setor.

Em um mundo em que a demanda por edificações rápidas, baratas e sustentáveis só tende a crescer, adotar métodos industrializados é essencial para garantir a competitividade e a inovação.

Além disso, ao incorporar novas tecnologias e métodos, a construção civil se alinha às exigências de um mercado cada vez mais consciente e exigente.

O desafio agora é a disseminação dessa prática em um setor tradicionalmente conservador.

É preciso investir em capacitação, pesquisa e desenvolvimento para que as empresas possam aproveitar ao máximo as vantagens da industrialização, promovendo um futuro mais eficiente, sustentável e inovador para a construção civil.

* Maurício Bianchini, gerente de Desenvolvimento Técnico de Mercado da Votorantim Cimentos

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