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Incêndio no Porto de Santos sinaliza a necessidade de rever controle público

Com dois acidentes de proporções graves em menos de um ano, analistas apontam a falta de fiscalização das manutenções e baixos investimentos das empresas com medidas de segurança

DCI

21/01/2016 14h15


O incêndio no terminal da Localfrio, no Porto de Santos, na última semana, reacende a discussão sobre a necessidade de rever as condições dos contratos do governo com as empresas que operam terminais. Com termos desatualizados para a proporção atual do terminal, analistas consideram as atuais medidas de inibição de acidentes ineficazes.

"Não estou dizendo que as empresas deixam de fazer as manutenções necessárias e que acidentes não acontecem, mas falta o governo para atualizar os contratos e exigências para um porto que bate recorde de movimentação todo ano", afirmou o professor de regulação portuária e especialista em logística marítima pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Franco Rocco.

O professor ressalta

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O incêndio no terminal da Localfrio, no Porto de Santos, na última semana, reacende a discussão sobre a necessidade de rever as condições dos contratos do governo com as empresas que operam terminais. Com termos desatualizados para a proporção atual do terminal, analistas consideram as atuais medidas de inibição de acidentes ineficazes.

"Não estou dizendo que as empresas deixam de fazer as manutenções necessárias e que acidentes não acontecem, mas falta o governo para atualizar os contratos e exigências para um porto que bate recorde de movimentação todo ano", afirmou o professor de regulação portuária e especialista em logística marítima pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Franco Rocco.

O professor ressalta que, em menos de um ano, o espaço presenciou dois incêndios em proporções enormes. "Essa média é alta, e precisamos pensar na importância do porto para a economia brasileira", ressaltou.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou ao DCI que as manobras de entrada e saída de navios para o terminal atingido foram suspensas pela Capitania dos Portos de São Paulo. A companhia destacou que a medida é preventiva e que a atividade será retomada assim que possível.

De acordo com Rocco, da Unifesp, o armazenamento precário foi um dos motivos para o acidente. "Não é possível cobrar apenas do governo a fiscalização mais eficiente. É que as empresas tenham mais responsabilidade. Isso só acontecerá com contratos mais detalhados na hora de licitar terminais", disse o acadêmico, ressaltando esse fator como fundamental para se conseguir destravar as concessões portuárias. "Está na hora de atualizar os contratos, ou esse tipo de problema continuará acontecendo."

Para além do impacto financeiro, o professor de química e meio ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rogério Machado, ressalta a questão ambiental como alarmante. "Vai ter corrosão generalizada. Sem contar a vegetação que vai sofrer e os peixes, se isso cair para a água."

Em orientação aos moradores, a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito pediu que o munícipes permanecessem em casa enquanto houvesse fumaça na região.

Situação alarmante

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, após o incêndio e o vazamento de gases no local houve pouca orientação da Petrobras sobre como reagir. "Esperava-se que a gerência da Petrobras do Edisa Valongo orientasse os empregados sobre medidas preventivas e precauções. Isso porque o prédio está localizado numa região próxima ao local do acidente, na margem de Santos, e a fumaça, dependendo da direção do vento, atinge o prédio", afirmou o diretor do sindicato, Marcelo Juvenal.

Segundo o sindicalista, trabalhadores do prédio reclamaram de irritação nos olhos, enjoos e dores de cabeça, sintomas relatados por quem se intoxicou com a exposição à fumaça. "Cobramos uma nota de esclarecimentos sobre as medidas preventivas, mas sem resposta da Petrobras. Lembramos que na ocasião do acidente da Ultracargo a gerência do Edisa tomou medidas preventivas. Por que agora seria diferente?", questiona.

De acordo com ele, a Cetesb vem monitorando a qualidade do ar em diferentes pontos na cidade de Santos. "A Cetesb também deverá instalar uma estação móvel de monitoramento de qualidade do ar."

 

 

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