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Guerra jurídica faz empresa desistir de um terminal no porto de Santos

A empresa Cattalini, gigante no setor portuário, comunicou oficialmente ao governo ter desistido de uma licitação da qual foi vencedora para administrar terminal de químicos no porto de Santos.

Folha de S. Paulo

20/03/2013 11h56


O ato estenderá uma novela que já dura sete anos para fazer a licitação do novo operador de um terminal no maior porto do país e que já trouxe prejuízos financeiros.

A Cattalini ofereceu R$ 115 milhões pelo aluguel do terminal e prometia investimentos de mais R$ 11 milhões para aumentá-lo. Ela venceu a licitação em maio do ano passado e, desde então, recursos judiciais e administrativos das concorrentes -inclusive da antiga concessionária, a Vopak- foram adiando a assinatura do contrato.

"Diante desse cenário, em que já se passaram nove meses desde a apresentação da proposta, sem solução definitiva para a licitação, o compromisso assumido com Codesp está a impedir a Cattalini de aproveitar outras oportunidades de negócio"

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O ato estenderá uma novela que já dura sete anos para fazer a licitação do novo operador de um terminal no maior porto do país e que já trouxe prejuízos financeiros.

A Cattalini ofereceu R$ 115 milhões pelo aluguel do terminal e prometia investimentos de mais R$ 11 milhões para aumentá-lo. Ela venceu a licitação em maio do ano passado e, desde então, recursos judiciais e administrativos das concorrentes -inclusive da antiga concessionária, a Vopak- foram adiando a assinatura do contrato.

"Diante desse cenário, em que já se passaram nove meses desde a apresentação da proposta, sem solução definitiva para a licitação, o compromisso assumido com Codesp está a impedir a Cattalini de aproveitar outras oportunidades de negócio", diz nota da empresa, obtido pela Folha, em que informa sua desistência à Codesp (Companhia Docas de Santos).

A Codesp diz que vai prosseguir normalmente com a licitação, mesmo com a desistência da primeira colocada.

Para o mercado, além dos problemas jurídicos, pode ter colaborado para a desistência da Cattalini o fato de que, a partir da MP dos Portos, editada em novembro, os vencedores de licitação não pagarão mais outorga (aluguel).

Ou seja, pelas regras que estão na MP e que as empresas estão tentando modificar no Congresso, a Cattalini teria que pagar essa espécie de aluguel. Por sua vez, uma futura concorrente em terminal semelhante, já submetida à nova legislação, não teria. A empresa nega que a MP tenha influenciado em sua decisão.

O caso da Cattalini ilustra a dificuldade que o governo terá para cumprir promessa de licitar ainda neste ano quase cem terminais em portos públicos com contratos semelhantes, ou seja, vencidos e a vencer.

Essa concorrência começou a ser planejada desde pelo menos em 2006, ao vencer o contrato com a antiga ocupante do terminal, a Vopak. A Vopak pediu naquele ano que o contrato fosse readaptado a uma lei e, com isso, renovado por mais 25 anos. A Codesp não aceitou, o que levou a uma briga judicial.

Desde então, o terminal foi administrado com contratos provisórios entre Codesp e Vopak. Até que, em agosto de 2012, a Docas de Santos determinou a saída da Vopak.

Após nove meses, o mato já entra nos dutos e tanques. A falta de uso está deteriorando os equipamentos devido à rápida ação da maresia sobre as estruturas metálicas.

Segundo a Codesp, "o terminal não está efetivamente em processo de deterioração". "É comum nesta época do ano alguma vegetação crescer em certas áreas."

Segundo Daniel Lisak, diretor-presidente da Vopak, os problemas em Santos fizeram a direção da empresa holandesa determinar a paralisação de um "agressivo plano de investimento no país".

 

 

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