Assessoria de Imprensa
23/09/2025 07h30
O Brasil sediará, em novembro, a COP 30, conferência do clima que reunirá especialistas mundiais em torno do tema, reafirmando o protagonismo do brasil nas questões ambientais.
Mas o país enfrenta um desafio estratégico: expandir a infraestrutura e o saneamento básico sem comprometer suas metas de redução de emissões de CO₂.
Nesse cenário, os geossintéticos surgem como soluções de alta performance que otimizam recursos, reduzem a necessidade de transporte de resíduos ambientais, minimizam a extração de insumos naturais e diminuem o impacto ambiental.
Segundo informações do Comit
...O Brasil sediará, em novembro, a COP 30, conferência do clima que reunirá especialistas mundiais em torno do tema, reafirmando o protagonismo do brasil nas questões ambientais.
Mas o país enfrenta um desafio estratégico: expandir a infraestrutura e o saneamento básico sem comprometer suas metas de redução de emissões de CO₂.
Nesse cenário, os geossintéticos surgem como soluções de alta performance que otimizam recursos, reduzem a necessidade de transporte de resíduos ambientais, minimizam a extração de insumos naturais e diminuem o impacto ambiental.
Segundo informações do Comitê de Geossintéticos da Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos (CTG ABINT), essas tecnologias atendem à crescente demanda por práticas alinhadas à agenda ESG e contribuem diretamente para os compromissos climáticos do país.
Benefícios dos geossintéticos na infraestrutura e saneamento - Nos sistemas tradicionais de drenagem, utiliza-se brita natural, extraída em processos que envolvem alto consumo energético, maquinário movido a combustíveis fósseis e emissão elevada de CO₂.
Já quando se realiza a drenagem inteligente com geocompostos, substitui-se o uso de brita por materiais de alta performance, fabricados em ambiente industrial controlado, com rígidos padrões de qualidade e de gestão ambiental.
Estudos internacionais de performance mostram que essa substituição reduz em até 87% as emissões de CO₂ ao longo do ciclo produtivo, transporte e aplicação (IGS – International Geosynthetics Society).
Redução do uso de concreto nas contenções revegetadas - Tradicionalmente, soluções de contenção com solos grampeados recebem um revestimento em concreto. Porém, a indústria do cimento responde por cerca de 7% das emissões globais de CO₂ (IEA – International Energy Agency).
A aplicação de geossintéticos estruturais nas obras de contenção permite substituir esse revestimento por sistemas revegetados, eliminando grandes volumes de concreto e promovendo integração ambiental.
Para cada metro cúbico de concreto substituído, evita-se a emissão de 240 a 320 kg de CO₂ (IBRACON).
Saneamento básico e gestão de resíduos - Completando cinco anos, o Novo Marco Legal do Saneamento (Leis 11.445/2007 e 14.026/2020) estabelece que, até 31 de dezembro de 2033, 99% da população brasileira tenha água potável e 90% conte com coleta e tratamento de esgoto.
No entanto, dois estudos recentes mostram que, mantido o ritmo atual, a universalização pode demorar quase quatro décadas a mais. Segundo estudo do Instituto Trata Brasil (2024), se nada mudar, o país só deve alcançar a meta em 2070 - 37 anos além do prazo legal - exigindo R$ 509 bilhões em novos investimentos. Já o Centro de Liderança Pública (CLP, 2025) lembra que 32 milhões de brasileiros ainda vivem sem água encanada, enquanto 90 milhões não têm esgoto tratado.
Como se não bastassem esses desafios, a sustentabilidade ainda pode ficar mais comprometidas, mas os geossintéticos são capazes contribuir positivamente nesse ponto. Por exemplo, nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), os geossintéticos otimizam a desidratação de lodo.
Quando o lodo é tratado em geoformas drenantes, a redução do seu volume final a ser transportado é de até 95%. Ou seja, resulta em menos viagens para a retirada desse lodo, menos combustível usado nesse transporte e redução direta das emissões de CO₂.
Para cada 100 m³ de lodo, sem desidratação, são necessárias sete viagens, resultando em 682 kg de CO₂ emitidos. Com o tratamento drenante de geoformas, os mesmos 100 m³ de lodo demandam apenas uma viagem, ou seja. 97 kg de CO₂ emitidos. (redução estimada de 585 kg CO₂ (85%) por cada 100 m³).
Mas se o exemplo forem os aterros sanitários? Nesse caso, a substituição de camadas de um metro de argila compactada por sistemas compostos de GCL (Geosynthetic Clay Liner) aliado à geomembrana reduz significativamente a extração, transporte e movimentação de solo. Além de garantir segurança ambiental, essa substituição diminui o número de viagens de caminhões e, consequentemente, o consumo de diesel e as emissões de CO₂.
“A aplicação de geossintéticos revoluciona a forma como pensamos infraestrutura e saneamento no Brasil. Estamos falando de soluções que reduzem o consumo de recursos naturais, diminuem emissões de CO₂ e ainda trazem ganhos técnicos significativos. É uma mudança de paradigma para toda a cadeia produtiva”, afirma Fabricio Zambotto, Vice Presidente da Abint, Zambotto é Engenheiro Civil com especialização em Engenharia Ambiental (Unicamp).
Ele completa; “com a pressão crescente por soluções sustentáveis e metas ESG, os geossintéticos devem ganhar ainda mais protagonismo. A expectativa é que, até 2030, o mercado brasileiro registre crescimento anual superior a 20% no uso de geossintéticos para obras de infraestrutura, saneamento e gestão de resíduos”.
A importância da qualidade técnica - É importante reforçar que a qualidade técnica, tanto na fabricação, quanto na aplicação dos geossintéticos é fundamental para a eficiência e durabilidade da obra.
“O CTG ABINT realiza um trabalho árduo na orientação sobre as normativas de qualidade, voltadas ao fabricante, ao comprador, ao tomador de decisão e ao instalador, visando a melhor performance do produto nas aplicações diversas”, comenta Samira Paranhos, engenheira geotécnica especialista em geossintéticos e coordenadora do CTG ABINT.
23 de setembro 2025
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