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Fundador de construtora chinesa Evergrande exige que obras sejam retomadas

As autoridades chinesas intervieram na empresa, que anunciou, em janeiro passado, que vai apresentar uma proposta de reestruturação preliminar aos seus credores.

Dinheiro Vivo/Lusa

14/09/2022 15h31


O fundador da construtora chinesa Evergrande, Xu Jiayin, exigiu que as obras pendentes que o grupo está a construir na China sejam retomadas até ao final deste mês.

Em comunicado, Xu Jiayin explicou que as obras foram já reativadas em 668 dos 706 empreendimentos imobiliários da empresa. Os restantes 38 devem retomar a construção até ao final deste mês.

Entre os 668 projetos mencionados, há 62 que não atingiram ainda os "níveis normais" de ritmo de construção. Xu também estabeleceu um limite para que o façam nos próximos 30 dias.

O executivo exigiu todos os esforços para garant

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O fundador da construtora chinesa Evergrande, Xu Jiayin, exigiu que as obras pendentes que o grupo está a construir na China sejam retomadas até ao final deste mês.

Em comunicado, Xu Jiayin explicou que as obras foram já reativadas em 668 dos 706 empreendimentos imobiliários da empresa. Os restantes 38 devem retomar a construção até ao final deste mês.

Entre os 668 projetos mencionados, há 62 que não atingiram ainda os "níveis normais" de ritmo de construção. Xu também estabeleceu um limite para que o façam nos próximos 30 dias.

O executivo exigiu todos os esforços para garantir a entrega dos prédios, assegurando que esta é a única forma de satisfazer os proprietários, retomar as vendas, reativar as operações e enfrentar todo o tipo de dívidas.

Com um passivo superior a 300 mil milhões de dólares, o grupo Evergrande é emblemático da crise de liquidez que afeta o setor imobiliário da China. A construtora já entrou em incumprimento em títulos de dívida emitidos além-fronteiras.

As autoridades chinesas intervieram na empresa, que anunciou, em janeiro passado, que vai apresentar uma "proposta de reestruturação preliminar" aos seus credores.

O conglomerado suspendeu a negociação das suas ações em Hong Kong em março, não apresentou os resultados de 2021 ou do primeiro semestre deste ano e enfrenta uma ação de liquidação movida por um credor estrangeiro, cuja audiência foi adiada para 28 de novembro.
No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à covid-19.

Os atrasos ou interrompimento na construção de apartamentos vendidos antes da sua conclusão levaram milhares de compradores a fazer um "boicote hipotecário", recusando-se a continuar a pagar ao banco a prestação do imóvel.

O Governo chinês reiterou que o objetivo prioritário é que as construtoras mantenham a sua palavra e entreguem os imóveis concluídos aos compradores, algo para o qual também instaram os bancos a colaborarem, dotando-os de liquidez suficiente para atingir esse objetivo.

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