Equipamentos
Redação
06/04/2017 15h58 | Atualizada em 06/04/2017 19h47
Pesquisa realizada pela Tracbel – uma das maiores empresas do Brasil focada no atendimento pós venda e prestação de serviços em máquinas e equipamentos pesados para construção e mineração – junto a 350 clientes, usuários da Linha Amarela, revelou que apenas cerca de 16% dos pesquisados utilizam os seus serviços de suporte em manutenção. De acordo com Luiz Gustavo Pereira, CEO da Tracbel, a maior parte dos clientes, que detém uma frota de cerca de 6 mil máquinas, prefere usar serviços de suas equipes próprias de mecânicos ou terceirizar o atendimento junto a profissionais localizados nas vizinhanças das suas bases. O principal motivo, identificado pela pesquisa, é a red
Pesquisa realizada pela Tracbel – uma das maiores empresas do Brasil focada no atendimento pós venda e prestação de serviços em máquinas e equipamentos pesados para construção e mineração – junto a 350 clientes, usuários da Linha Amarela, revelou que apenas cerca de 16% dos pesquisados utilizam os seus serviços de suporte em manutenção. De acordo com Luiz Gustavo Pereira, CEO da Tracbel, a maior parte dos clientes, que detém uma frota de cerca de 6 mil máquinas, prefere usar serviços de suas equipes próprias de mecânicos ou terceirizar o atendimento junto a profissionais localizados nas vizinhanças das suas bases. O principal motivo, identificado pela pesquisa, é a redução de custos de logística, decorrentes dos deslocamentos das máquinas até as oficinas do dealer, ou do envio dos mecânicos especializados até os clientes. Uma forma de redução desses custos seria a definição de contratos de manutenção programada, que permitiria a previsibilidade do atendimento.
Esse e outros problemas, soluções, desafios e tendências, identificados na área da manutenção de máquinas e equipamentos no Brasil, foram temas do workshop “Novas práticas de manutenção no Cenário Atual”, promovido pela Sobratema, no dia 5 de abril, no Centro Britânico Brasileiro (CBB), em São Paulo. A pauta atraiu a atenção de cerca de 150 profissionais, em sua maioria engenheiros mecânicos, gestores e técnicos de manutenção, fabricantes de equipamentos e representantes de dealers, atuando nas áreas de obras de infraestrutura, construção e mineração. O interesse comum era a busca pela por soluções que permitam maximizar a disponibilidade da frota, aumentar a produção e reduzir custos operacionais, assegurando, assim, o retorno do capital investido em um contexto de baixa renovação de frotas.
Além de Luiz Gustavo Pereira, representando os dealers, participaram do workshop, como palestrantes, o engenheiro mecânico e consultor Norwil Veloso, autor do livro Gerenciamento e Manutenção de Equipamentos Móveis, ministrou uma palestra técnica sobre gestão de manutenção; e o também engenheiro mecânico Silvimar Fernandes Reis, consultor em Gestão de Ativos do Grupo Galvão e do Grupo Mobibrasil e autor da obra Conversando com a Máquina.
Como debatedores, foram convidados O evento ainda contará com um painel de debates, com a participação de Alisson Daniel, diretor da Escad Rental; David Rodrigues, CEO da Makro Engenharia de Movimento; Fernando Guimarães, diretor executivo da Viação Cometa S/A; Ivan Montenegro, diretor de Implantação e Operação da New Steel; Marcos Iwamoto Ferreira, gerente de Manutenção da Embú S/A, e Pedro Buffoni, da TMD - Tecnologia, Manutenção e Diagnóstico. A moderação ficou por conta de Claudio Schmidt, diretor executivo da Sobratema.
Todas concordaram com a tese de que as paradas para manutenções não programadas e as quebras imprevistas de máquinas e equipamentos são as principais causas da elevação dos custos de manutenção e assistência técnica, gerando, ainda, indisponibilidades por tempo demasiado e até mesmo redução da vida útil e da segurança operacional. A saída, segundo os especialistas, está na gestão da manutenção e frotas é uma das melhores maneiras para garantir a obtenção de bons resultados, incluindo o controle, monitoramento e gestão de manutenção.
Falando sobre a relação custo/benefício inerente à utilização dos serviços dos dealers, Luiz Gustavo Pereira, citou as principais vantagens, tais como a confiabilidade dos serviços, gestão em tempo real, diagnóstico online, intervenção à distância, e reposição automática de peças. “Há também a realidade virtual ou aumentada, que pode ser utilizada para manutenção guiada, instalação e reparo, documentação virtual e 3D, service desk e suporte assistido para quem está no campo”, exemplificou.
Norwil Veloso ressaltou a importância da gestão de equipamentos como uma forma de otimizar os resultados das empresas, já que diminui a ociosidade e otimiza os investimentos. “Ela pode reduzir, ainda, as despesas com locação de máquinas”.
Entre os tipos de manutenção aplicadas no cenário atual, além da preventiva, Veloso comentou sobre a preditiva, que mede os parâmetros físico-químicos do equipamento para tomada de decisão do usuário, a manutenção Preditiva Total (TPM), que envolve toda a equipe nas atividades, a Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM), para preservação das condições dos equipamentos, inclusive após a correção de falhas, a Manutenção Lean (LCM), cuja análise envolve o mapeamento do fluxo ao longo de toda a cadeia de valor e a TQM – Manutenção de Qualidade Total, que reúne todos os envolvidos – mecânicos, operadores, gestores e outros profissionais – na manutenção e no monitoramento, a manutenção centrada em confiabilidade. Além disso, há ainda as práticas decorrentes da ampliação da eletrônica embarcada.
Ainda em sua palestra, o engenheiro mecânico falou sobre engenharia de manutenção, gestão de ativos e a lubrificação e resumiu as práticas mais importantes no setor. “Precisamos gerenciar a frota para otimizar o investimento, buscar a qualidade de manutenção que aumenta a vida útil, procurar realizar a manutenção preventiva para diminuir as paradas não programadas e na lubrificação, impedir a contaminação”.
Já o consultor Silvimar Fernandes Reis, alertou para a necessidade de interação entre os departamentos de manutenção e os vários setores das empresas e destacou o seu papel estratégico na gestão empresarial. “No atual cenário, ela não representa um custo e sim uma oportunidade”.
Indicadores na manutenção dos ativos
Ele chamou a atenção, ainda, para a importância da definição de indicadores como instrumento de controle na manutenção dos ativos. “É essencial a escolha das melhores variáveis de controle. Entre elas eu destaco a questão da quilometragem por hora, do combustível acumulado e do calendário. A definição varia conforme o segmento, a empresa, a obra e até o período. Assim, temos alguns requisitos que precisam ser considerados, como aplicabilidade, mensuração, fácil coleta, estar relacionado a algum objetivo, entre outros”, avaliou. “Em uma construtora, por exemplo, poderia selecionar os pneus, os serviços e os combustíveis. Isso porque eles necessitam de processos para que não haja possíveis desvios”.
“Não é necessário muitos indicadores, mas alguns que sejam assertivos para os objetivos de cada companhia, além disso, que eles possam se correlacionar”, recomendou Reis.
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