Logística
Valor Econômico
27/01/2014 17h00
As poucas frentes de trabalho que ainda atuam em lotes da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) estão em vias de serem paralisadas, mas não por causa de intervenção do Tribunal de Contas da União (TCU) ou problemas de desapropriação ou licenciamento ambiental. Como não há previsão sobre quando haverá trilhos disponíveis para instalar no trecho, as empreiteiras já se preparam para desmobilizar suas equipes nos canteiros de obra espalhados pelo traçado da ferrovia. A maior parte das empresas já concluiu a etapa de produção dos dormentes. A abertura do traçado e a preparação do solo também estão em fases adiantadas e agora dependem, essencialmente, da instalação dos trilhos para que as obras avancem. Fontes que atuam nas obras informara
...As poucas frentes de trabalho que ainda atuam em lotes da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) estão em vias de serem paralisadas, mas não por causa de intervenção do Tribunal de Contas da União (TCU) ou problemas de desapropriação ou licenciamento ambiental. Como não há previsão sobre quando haverá trilhos disponíveis para instalar no trecho, as empreiteiras já se preparam para desmobilizar suas equipes nos canteiros de obra espalhados pelo traçado da ferrovia. A maior parte das empresas já concluiu a etapa de produção dos dormentes. A abertura do traçado e a preparação do solo também estão em fases adiantadas e agora dependem, essencialmente, da instalação dos trilhos para que as obras avancem. Fontes que atuam nas obras informaram ao Valor que possuem, no máximo, mais dois meses de obras civis pela frente.
Em novembro do ano passado, a Valec realizou o leilão para compra das 147 mil toneladas de trilhos que deverão ser instalados nos 1.022 quilômetros da ferrovia. O resultado do leilão, no entanto, não foi homologado até hoje, porque os dois consórcios que venceram os lotes da concorrência apresentaram recursos administrativos. O contrato prevê que o vencedor dos lotes se encarregue de produzir as barras de aço e entregá-las no porto de Ilhéus. A partir daí, uma outra empresa será encarregada de fazer o transporte dos trilhos até os canteiros de obra da ferrovia.
A licitação para contratar esse serviço, porém, até agora sequer foi lançada pela Valec. Por meio de nota, a estatal informou que a concorrência para aquisição dos trilhos está em fase de julgamento de recursos e que, após a conclusão do pregão, a empresa de logística será contratada.
Segundo a estatal, os lotes 6 e 7 da ferrovia - que somam 320 quilômetros de extensão - ainda estão sob análise do TCU. "Já com relação ao lote 1, estão em curso consultas com os classificados da licitação", informou a Valec referindo-se ao trecho de 125 quilômetros na região de Ilhéus, onde a construtora SPA deixou a obra. Duas construtoras já foram procuradas pela empresa, mas não quiseram assumir a obra. Agora, a Valec tenta um acordo com o quarto colocado na licitação. Há mais de dois anos a Valec não consegue concluir um processo básico para as suas operações: a aquisição de trilhos. No início do ano passado, o então presidente da Valec Josias Sampaio Cavalcante - que deixou a estatal em novembro - admitiu que, se não conseguisse levar trilhos paras os canteiros da Norte-Sul e da Fiol até outubro, as obras teriam de parar. É mais um prazo que também estourou.
09 de janeiro 2020
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