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Drones e BIM viabilizam aerolevantamento em ponte estaiada no PR

Eficiência da metodologia utilizada na construção da Ponte de Guaratuba foi comprovada com a diminuição de 77% no tempo de levantamento topográfico, além de uma redução de 74% nos custos, afirma o consórcio responsável pela obra

Assessoria de Imprensa

27/06/2025 08h22 | Atualizada em 27/06/2025 09h14


A obra da Ponte de Guaratuba, no Paraná, abrange a construção de uma ponte estaiada sobre o mar e seus acessos urbanos, apresentando desafios complexos de engenharia relacionados a condições estruturais, climáticas, efeitos de maré e interferências urbanas, além de uma alta sensibilidade ambiental.

Uma das particularidades da obra – que conectará os municípios de Guaratuba e Matinhos – consiste na presença de uma linha de transmissão de 138 kV que cruza a baía, passando exatamente pela área de construção, próximo ao mastro central da ponte.

Para verificar as interferências e id

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A obra da Ponte de Guaratuba, no Paraná, abrange a construção de uma ponte estaiada sobre o mar e seus acessos urbanos, apresentando desafios complexos de engenharia relacionados a condições estruturais, climáticas, efeitos de maré e interferências urbanas, além de uma alta sensibilidade ambiental.

Uma das particularidades da obra – que conectará os municípios de Guaratuba e Matinhos – consiste na presença de uma linha de transmissão de 138 kV que cruza a baía, passando exatamente pela área de construção, próximo ao mastro central da ponte.

Para verificar as interferências e identificar a solução mais segura e eficiente para a execução, o Consórcio Cantareira (formado pela OEC e Renea Infraestrutura) optou por realizar o aerolevantamento topográfico da região em conjunto com modelos tridimensionais.

Inicialmente, detectou-se uma limitação dos métodos tradicionais – como estações totais em balsas – para realizar o levantamento topográfico, o que exigiu a utilização de drones de alta precisão para capturar imagens e dados geoespaciais.

Segundo a consórcio construtor, essa abordagem reduziu os riscos de imprecisão causados nas balsas pelo movimento de ondas, ventos e marés, aumentando a velocidade de execução do serviço e a segurança no processo, além de proporcionar maior confiabilidade aos resultados.

Em um segundo momento, entretanto, o projeto identificou a dificuldade no levantamento das linhas de transmissão.

Mesmo sendo de última geração, a estação total não foi suficiente para detectar os cabos, que têm diâmetro reduzido e estão em constante movimento, além de não ser possível a visualização espacial e tridimensional, dificultando a verificação de possíveis interferências.

Para mitigar esses riscos, o projeto executivo foi desenvolvido com BIM, seguindo um Plano de Execução BIM (BEP) elaborado em colaboração com o cliente.

Após o tratamento dos dados, o aerolevantamento foi integrado ao modelo BIM, permitindo a visualização e identificação de potenciais interferências, especialmente com a linha de transmissão.

A equipe de engenharia realizou então a compatibilização da linha existente com o projeto da ponte, garantindo uma análise completa e precisa.


Imagem mostra linha de transmissão entre os municípios de Guaratuba e Matinhos, no ponto exato da área de construção

Fast Track – O fluxo de informações para a elaboração do modelo BIM foi estruturado para assegurar a compatibilidade e a integração dos dados produzidos pelas diferentes equipes envolvidas.

Ao todo, quatro empresas se encarregaram da modelagem dos elementos estruturais, desenvolvimento do projeto de acessos e realização da compatibilização dos modelos, assim como das etapas de levantamento, análises e definições das soluções de engenharia adotadas.

Nesse processo, um dos principais desafios identificados foi a natureza “fast track” da operação, quando o projeto e a execução ocorrem simultaneamente.

Essa situação pode resultar na identificação tardia de interferências, o que dificulta o processo de tomada de decisão, considerando que o tempo necessário para o desenvolvimento do modelo BIM é relativamente longo se comparado à urgência das respostas para ajustes no projeto.

“A utilização de BIM e aerolevantamento com drones mostrou-se uma metodologia eficaz para o projeto”, comenta o consórcio em comunicado assinado por Álvaro Maia Cavalcanti, Clauss Heiblig Gregori Ocké e Nelson Tadeu de Oliveira.

De acordo com os especialistas, a integração permitiu uma análise abrangente das interferências, otimizando o projeto e minimizando riscos durante a construção.

“A visualização tridimensional e a capacidade de simulação proporcionadas pelo BIM facilitaram a comunicação e colaboração entre as equipes, agilizando a tomada de decisões e a resolução de conflitos”, eles prosseguem.

De fato, a eficiência da metodologia foi comprovada com a diminuição de 74% nos custos e de 77% no tempo de levantamento topográfico, juntamente com a eliminação da necessidade de acesso a áreas de risco.

“O sucesso da aplicação do BIM e aerolevantamento na Ponte de Guaratuba reforça o potencial dessas tecnologias para projetos complexos de infraestrutura, incentivando a adoção de práticas inovadoras na engenharia nacional”, finalizam.

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