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Olhar Direto
12/11/2009 17h49 | Atualizada em 12/11/2009 20h17
O Brasil precisa investir R$ 30 bilhões até 2014 para implantar em sistema de hidrovias para o transporte de cargas. O valor corresponde a 0,65% do Produto Interno Bruto do país e deve ser utilizado para dragagem de canais, construção de eclusas e modernização dos sistemas portuários.
A estimativa é do diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Ele participou do Fórum de Navegabilidade da Hidrovia Teles Pires-Tapajós realizado na sede da Confederação Nacional dos Transportes nesta quinta-feira, em Brasíllia. Participaram parlamentares e lideranças ligadas ao setor de transportes e do setor produti
O Brasil precisa investir R$ 30 bilhões até 2014 para implantar em sistema de hidrovias para o transporte de cargas. O valor corresponde a 0,65% do Produto Interno Bruto do país e deve ser utilizado para dragagem de canais, construção de eclusas e modernização dos sistemas portuários.
A estimativa é do diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Ele participou do Fórum de Navegabilidade da Hidrovia Teles Pires-Tapajós realizado na sede da Confederação Nacional dos Transportes nesta quinta-feira, em Brasíllia. Participaram parlamentares e lideranças ligadas ao setor de transportes e do setor produtivo.
A hidrovia TelesPires-Tapajós é considerada estratégica para Mato Grosso e tem sido reivindicada pelo setor da agroindústria para se tornar um acesso barato, rápido e seguro para o escoamento da produção agrícola. A obra atingirá 38 municípios do estado, beneficiará 43% da produção agrícola e ficará distante apenas 500 quilômetros do litoral no estado do Pará.
O projeto da hidrovia está orçado em R$ 5 bilhões e se divide em duas etapas. A primeira, entre Teles Pires e Rasteiro, custará R$ 1,5 bilhão e terá capacidade para comboios com capacidade para carregar duas mil toneladas. A segunda etapa, entre Rasteiro e Itaúba e Nova Canaã, deve custar cerca de R$ 3,8 bilhões. A dificuldade de execução, segundo Pagot, concentra-se no acentuado desnível topográfico da região, que exigirá a elaboração de estudos para construção de eclusas.
Pagot vê com otimismo a implantação da hidrovia. Segundo ele, o orçamento do Dnit tem recebido um acréscimo considerável nos últimos anos e não deve ficar restrito à modernização da malha rodoviária. Em 2006, o montante disponível não ultrapassava R$ 4 bilhões. Este ano passou para R$ 9 bilhões e deve chegar a R$ 12 nos próximos anos. "Só será possível promover a integração do sistema hidroviário se houver vontade política e investimento pesado no setor de infraestrutura", projetou.
Ele acrescenta que o Banco Mundial está atento à importância de investir em infraestrutura hidroviária e deve injetar USS 5 bilhões para a construção de hidrovias. "A perspectiva do aquecimento global com o aumento da emissão de gases pela queima de combustíveis fósseis utilizados pelos automóveis está fazendo o Banco Mundial repensar seus investimentos em infraestrutura", frisou.
A hidrovia Paraná-Tietê, orçada em R$ 12 bilhões e com 800 quilômetros de extensão, é um dos principais projetos do Dnit. Para que outro sistema considerrado prioritário, o Tocantins-Araguaia, entre em operação são necessários R$ 5 bilhões.
09 de janeiro 2020
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