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Crise energética no Brasil: como o setor industrial deve se preparar para os próximos desafios

Segundo especialista, buscar fontes alternativas e adotar uma postura autossustentável torna as indústrias mais independentes e menos vulneráveis a estes fatores externos

Assessoria de Imprensa

09/12/2021 11h00 | Atualizada em 09/12/2021 11h24


Por Luiz Henrique Caveagna*

Embora o mês de novembro seja um momento em que os reservatórios começam a retomar o volume necessário de água e nos distanciamos de possíveis racionamentos e apagões, a crise energética no Brasil é um tema que segue como pauta prioritária, especialmente no setor industrial.

Em 2021, chegamos muito próximos de consequências drásticas com relação à escassez de energia elétrica, como aconteceu no ano de 2001. Neste sentido, entender seus impactos, desafios e como o mercado industrial pode superá-los é fundamental para transpor este obstáculo e projetar

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Por Luiz Henrique Caveagna*

Embora o mês de novembro seja um momento em que os reservatórios começam a retomar o volume necessário de água e nos distanciamos de possíveis racionamentos e apagões, a crise energética no Brasil é um tema que segue como pauta prioritária, especialmente no setor industrial.

Em 2021, chegamos muito próximos de consequências drásticas com relação à escassez de energia elétrica, como aconteceu no ano de 2001. Neste sentido, entender seus impactos, desafios e como o mercado industrial pode superá-los é fundamental para transpor este obstáculo e projetarmos um futuro promissor no que se refere à produção e consumo de energia.

A crise energética no Brasil se deve, principalmente, aos efeitos climáticos e à falta de chuvas, uma vez que 65,2% da eletricidade no país é produzida a partir de hidrelétricas, de acordo com o Balanço Energético Nacional 2021, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Neste sentido, mais do que encontrar alternativas para driblar momentaneamente este problema, é fundamental investir em soluções a longo prazo.

Impactos – Para a indústria, a crise energética no Brasil traz fortes incertezas e dificuldade para planejar o futuro. Eleva custos de produção e, consequentemente, o valor do produto final, o que afeta diretamente o mercado, bem como a cadeia econômica como um todo.

De acordo com a CNI (Confederação Nacional das Indústrias), na passagem de agosto para setembro de 2021, o alto custo da energia elétrica ganhou espaço entre os desafios apontados pelas empresas. Entre as companhias consultadas pela entidade, 24,7% apontaram a falta ou o alto custo de energia elétrica como a principal dificuldade das empresas.

Neste sentido, buscar fontes alternativas e adotar uma postura autossustentável torna as indústrias mais independentes e menos vulneráveis a estes fatores externos. É importante usar estes momentos de crise como lição e buscar outras opções, de forma a estar preparado para o futuro.

A Termomecanica, por exemplo, é uma empresa engajada com questões sustentáveis e certificada com a ISO 50001, pelo sistema de gestão energética. Com o agravamento da crise, neste ano, a companhia lançou campanhas internas de conscientização de uso de energia e água e ainda intensificou ações para auxiliar a redução de energia nos processos de produção.

A companhia dispõe de tecnologias, como por exemplo a adequação dos fornos para funcionamento através do gás natural, prevenindo rupturas no processo produtivo, contudo, o bom planejamento evitou a necessidade de utilização dessa alternativa.

Perspectivas – No Brasil a energia eólica alcançou a terceira colocação no ranking de matrizes que mais produzem eletricidade, ultrapassando, justamente o gás natural. Além da fabricação de equipamentos mais eficientes, a utilização de fontes alternativas de energia renovável como solar e eólica, são tendências promissoras para o futuro do setor, que se tornam, a cada dia mais, um caminho sem volta para um futuro mais consciente e sustentável.

*Luiz Henrique Caveagna é Diretor Geral da Termomecanica, empresa líder na transformação de cobre e suas ligas

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