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Constructechs e a evolução da construção civil no mundo

Ao combinar tecnologia de ponta, processos otimizados e sustentabilidade, essas empresas estão revolucionando o setor e impulsionando significativamente a economia global

Assessoria de Imprensa

05/03/2025 22h52


*Por Marcelo Biagio Laquimia

As construtechs – startups que aplicam inovações tecnológicas no setor da construção civil — emergiram como protagonistas na transformação de uma das indústrias mais tradicionais do mundo.

Ao combinar tecnologia de ponta, processos otimizados e sustentabilidade, essas empresas estão revolucionando o setor e impulsionando significativamente a economia global. Este artigo explora as principais áreas de impacto das construtechs, destacando como elas contribuem para a eficiência, geração de empregos, aumento da capacidade produtiva, inovação na cadeia de suprimentos, su

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*Por Marcelo Biagio Laquimia

As construtechs – startups que aplicam inovações tecnológicas no setor da construção civil — emergiram como protagonistas na transformação de uma das indústrias mais tradicionais do mundo.

Ao combinar tecnologia de ponta, processos otimizados e sustentabilidade, essas empresas estão revolucionando o setor e impulsionando significativamente a economia global. Este artigo explora as principais áreas de impacto das construtechs, destacando como elas contribuem para a eficiência, geração de empregos, aumento da capacidade produtiva, inovação na cadeia de suprimentos, sustentabilidade e atração de investimentos.

Em 2022, o valor de mercado do setor foi estimado em US$ 10,5 bilhões, com previsão de atingir US$ 25,6 bilhões até 2030, segundo dados da Allied Market Research.

O crescimento é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a crescente urbanização, a demanda por soluções rápidas e sustentáveis, além da necessidade de aumentar a eficiência operacional no setor.

As startups do segmento atraem cada vez mais investimentos, com aumento de 70% no volume de aportes entre 2020 e 2023, conforme relatório da CB Insights.

Eficiência e redução de custos – As construtechs oferecem soluções que otimizam os processos de construção e os tipos de materiais que são usados nos projetos, resultando na redução significativa de custos.

A adoção de tecnologias como BIM (Building Information Modeling), e automações permite que empresas planejem, monitorem e executem projetos de forma mais eficaz.

Segundo estudo da McKinsey & Company, a produtividade no setor da construção pode aumentar em até 50% com a adoção de tecnologias avançadas, o que pode economizar globalmente cerca de US$ 1,6 trilhão anualmente.

Esses recursos liberados podem ser reinvestidos em novos projetos, novos materiais, novas tecnologias e colaboração na cadeia de suprimentos que, por fim, agregam no crescimento do setor.

Geração de empregos qualificados – As construtechs também estão criando oportunidades em setores altamente qualificados, como engenharia, projetos especializados, arquitetura, automação, logística e fabricação.

A utilização de métodos inovadores requer profissionais com competências específicas, fomentando um mercado de trabalho mais especializado. Inclusive, há grande necessidade de mão de obra no mercado de construção industrializada / à seco, mas essas posições precisam de mão de obra cada vez mais qualificada.

Dados do Global Construction Perspectives indicam que o setor da construção deve criar 100 milhões de novos empregos até 2030, muitos deles diretamente impulsionados pelas inovações trazidas pelas construtechs.

Aumento da capacidade produtiva – A industrialização da construção, facilitada pelas construtechs, é uma solução para atender à crescente demanda por infraestrutura e habitação.

Com métodos como construção off-site e produção em fábrica, é possível reduzir consideravelmente os prazos de projetos, entregando soluções com ótima performance estrutural e termo-acústica.

Globalmente, muitas empresas já demonstraram capacidade de construir edifícios comerciais em semanas após processo de industrialização modular e soluções integradas.

Essa agilidade não apenas atende às demandas de urbanização acelerada, mas também permite que países em desenvolvimento avancem em infraestrutura de maneira mais rápida e eficiente.

Sustentabilidade e menos desperdício – A sustentabilidade é outro pilar fundamental no mercado da construção civil e as construtechs tem participação importante no endereçamento de questões ESG.

Com novas tecnologias, materiais mais leves e com melhor desempenho, reaproveitamento de materiais e análise de ciclo de vida, o desperdício na construção pode ser reduzido em até 60%, de acordo com o World Green Building Council.

Além disso, os materiais sustentáveis e a eficiência energética promovem redução nos custos operacionais no longo prazo, tornando os projetos mais rentáveis e ecologicamente viáveis.

Atração de investimentos estrangeiros – Países que adotam tecnologias de construtechs estão se destacando globalmente, atraindo investidores em busca de inovações com alto potencial de retorno.

Segundo a CB Insights, o investimento em construtechs ultrapassou US$ 4,5 bilhões em 2023, com destaque para startups em mercados emergentes como Índia e Brasil. Esses investimentos geram um ciclo virtuoso, impulsionando a economia local e posicionando as empresas no cenário internacional.

Assim, as construtechs se consolidam cada vez mais como motores de transformação para o setor da construção mundialmente. Ao combinar eficiência, sustentabilidade, aumento da capacidade produtiva e geração de empregos qualificados, essas empresas estão moldando um futuro mais inovador e resiliente para a indústria.

*Marcelo Biagio Laquimia é Diretor Supply Chain & ESG do Grupo SteelCorp, empresa especializada em construção industrializada

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