A indústria da construção brasileira abriu 24.513 empregos em setembro, aumento de 0,97% em relação a agosto. No ano, o setor criou 265.618 postos de trabalho com carteira assinada (+11,68% no acumulado de 2021). O ritmo de aumento do emprego no setor diminuiu, depois de quatro meses de aceleração.

Registraram-se 32 mil contratados em setembro, 29 mil em julho, 23 mil em junho, 22 mil em maio, 21 mil em abril, 24 mil em março, 44 mil em fevereiro e o mesmo número em janeiro.

Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em 26 de outubro, pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

De outubro de 2020 a setembro de 2021, a construção abriu 279.606 novos empregos, um aumento de 12,37%. Foi o quarto setor que gerou o maior número de postos de trabalho formais nestes 12 meses, atrás de serviços (+1.411.172), comércio (+810.811) e indústria (+645.776 vagas), e na frente da agropecuária (+156.547).

De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, “a indústria da construção segue superando desafios da conjuntura econômica e contratando para atender à demanda por novas obras. Entretanto, persiste a preocupação em relação à manutenção deste ritmo, em função das incertezas crescentes sobre o futuro dos investimentos no país.”

Nas atividades imobiliárias, o saldo entre admissões e contratações em setembro foi de 1.449 novos empregos (+0,84%), acumulando 14.770 (+9,32%) no ano e 18.880 (+12,23%) em 12 meses. Neste segmento, o ritmo de crescimento do emprego também desacelerou, ante os 1.716 gerados em agosto, 1.686 em julho, 1.735 em junho, 1.345 em maio, 1.486 em abril, 1.572 em março, 1.809 em fevereiro e 2.061 em janeiro.

Estoque – Ao final de setembro, a construção empregava 2.539.159 trabalhadores com carteira assinada no país.

Já o saldo entre admissões e demissões entre todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 313,9 mil empregos em setembro.

Por Estados – Das vagas abertas pela construção em setembro, 4.331 registraram-se no Estado de São Paulo. Houve desaceleração no ritmo de crescimento, ante as 8.080 abertas em agosto, 6.560 em julho, 2.443 em junho, 2.546 em maio, 5.959 em abril, 8.132 em março, 12.745 em fevereiro, e 15.699 em janeiro.

Além de São Paulo, os Estados que mais empregos abriram no setor no mês foram: Pará (2.457), Minas Gerais (2.284), Ceará (1.564), Maranhão (1.513), Rio de Janeiro (1.368), Pernambuco (1.161), Santa Catarina (1.077) e Rio Grande do Norte (1.028).