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Construção Civil investe em sistemas de aproveitamento da água da chuva no canteiro de obras

Como uma das frentes de superação da crise hídrica, parte do setor da construção civil já aproveita águas residuais em empreendimentos verdes

Assessoria de Imprensa

14/04/2023 13h51 | Atualizada em 19/04/2023 13h58


Entrou em vigor, no mês de abril, a Lei Federal 14.546/23, que prevê, entre outras medidas, que o poder público estimule o uso de água da chuva e reaproveitamento das águas cinzas em novas edificações urbanas residenciais e comerciais, além da indústria e do agronegócio.

Influenciado pela “onda verde”, o setor da construção civil nacional já começa a incorporar as cisternas de captação pluvial como item habitual nos novos empreendimentos. Além disso, ainda de forma incipiente, passa a adotar os sistemas de reuso de águas residuais como item de sustentabilidade prioritário, com o objetivo

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Entrou em vigor, no mês de abril, a Lei Federal 14.546/23, que prevê, entre outras medidas, que o poder público estimule o uso de água da chuva e reaproveitamento das águas cinzas em novas edificações urbanas residenciais e comerciais, além da indústria e do agronegócio.

Influenciado pela “onda verde”, o setor da construção civil nacional já começa a incorporar as cisternas de captação pluvial como item habitual nos novos empreendimentos. Além disso, ainda de forma incipiente, passa a adotar os sistemas de reuso de águas residuais como item de sustentabilidade prioritário, com o objetivo de reduzir o desperdício e gerar economia para o consumidor imobiliário.

Em Curitiba (PR), a incorporadora AGL está construindo o segundo empreendimento da marca com sistemas de tratamento e reuso de águas cinzas, que são aquelas usadas em pias e chuveiros.

O projeto do edifício prevê o uso de metais sanitários com controle de vazão e a instalação de estação de tratamento de águas cinzas dentro do condomínio.

Além disso, a incorporadora adotou o aproveitamento de águas pluviais já no canteiro de obras. Com entrega prevista para 2024, o empreendimento está em processo de certificação de sustentabilidade e deve conquistar o selo GBC (Green Building Council) Condomínio, que considera, entre outros itens, as soluções de uso racional da água.

De acordo com o engenheiro civil e sócio da AGL, Giancarlo Antoniutti, o consumo de água durante as obras fica em torno de 200 a 250 litros para cada m².

E, para fazer a compactação de um metro cúbico de aterro, podem ser consumidos até 300 litros. Por isso, o desafio de reduzir o consumo de água, como medida de enfrentamento à crise hídrica, deve começar na etapa da construção.

“A construção civil está entre os maiores consumidores de água tratada do planeta. Dados do Green Building Council mostram que o setor é responsável por cerca de 21% do consumo de água no mundo. Pensando nisso, decidimos instalar a cisterna já no início da construção do New Urban. E esperamos reduzir o consumo de água potável na obra em até 15% com essa medida”, afirma.

O New Urban, que fica no bairro Novo Mundo, terá o sistema regular de aproveitamento da água da chuva, que, em Curitiba, é obrigatório para novos empreendimentos desde 2007 (lei 10.785/03), para limpeza de calçadas e rega de jardins.

O sistema de reuso de águas residuais que será instalado no edifício é composto por tubulação exclusiva para o lançamento da água usada nas pias, chuveiros, tanques e máquinas de lavar roupas e louças de todas as unidades.

As águas cinzas serão enviadas para a estação de tratamento que será implantada dentro do próprio condomínio, para desinfecção e reutilização na lavagem das áreas de uso coletivo e descargas dos vasos sanitários dos apartamentos.

Segundo o engenheiro e gerente de planejamento da AGL, Vinícius Hanser, esse último uso, até certo ponto incomum, é de grande valia para a redução do consumo de água potável nas unidades habitacionais, o que deve impactar nas contas de água dos futuros moradores.

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