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Construção Civil busca alternativas para garantir sustentabilidade em meio às mudanças climáticas

Com a urgência por demandas ambientais, empresas olham para as exigências dos consumidores, que estão cada vez mais preocupados com o assunto

Assessoria de Imprensa

03/07/2024 13h26


Mesmo com as mudanças climáticas expostas no noticiário, muitas cidades no Brasil e no mundo ainda estão atrasadas na preservação ambiental.

O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-Brasil), divulgado em 2022 pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), apontou que 69,8% dos municípios brasileiros são classificados com índice baixo ou muito baixo de desenvolvimento sustentável.

Outro levantamento, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou também em 2022 que 99% da população mundial respira ar que excede os índices considerados aceitáveis

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Mesmo com as mudanças climáticas expostas no noticiário, muitas cidades no Brasil e no mundo ainda estão atrasadas na preservação ambiental.

O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-Brasil), divulgado em 2022 pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), apontou que 69,8% dos municípios brasileiros são classificados com índice baixo ou muito baixo de desenvolvimento sustentável.

Outro levantamento, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou também em 2022 que 99% da população mundial respira ar que excede os índices considerados aceitáveis pela instituição.

A preocupação do consumidor com a sustentabilidade também pesa na avaliação das empresas de diferentes ramos. Exemplo disso é uma pesquisa feita em 2023 (com base em dados de 2022) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostrou que no país cresceu de 74% para 81% a população que se preocupa sempre o na maioria das vezes com hábitos sustentáveis.

Um dos ramos que busca essas adaptações aos consumidores é a construção civil, segundo o engenheiro Maurício Wildner da Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro, de Curitiba.

“Não podemos e nem devemos fugir dessa demanda latente na sociedade. O consumidor quer viver em empreendimentos construídos com base na sustentabilidade”, afirma.

Para encontrar alternativas que garantam desenvolvimento com preservação ambiental, a construção civil busca, por exemplo, a redução de consumo de energia e água, além de manutenção de áreas verdes. Conforme o engenheiro, este último item se torna cada vez mais importante para os moradores.

“Viver em um ambiente com poluição (sonora, atmosférica, hídrica, visual e luminosa) impacta em nosso cotidiano. Empreendimentos localizados em áreas com grandes bolsões verdes urbanos (áreas de preservação) tendem a diminuir o impacto destas poluições”, afirma.

Um exemplo na capital paranaense é o edifício Seventy Upper Mansion, localizado no Ecoville. O empreendimento de alto padrão, que conta com um apartamento por andar, foi erguido junto a um bosque preservado, em área privativa de 2,4 mil metros quadrados dentro do terreno do edifício, com árvores nativas da Mata Atlântica.

"O bairro possui diferentes áreas preservadas, o que permite um contato maior com a natureza e o ar puro. A aproximação com uma expansiva área verde na rotina do morador pode proporcionar melhorias na qualidade de vida que são impactantes no dia a dia", afirma.

Energias mais limpas – Além da manutenção de áreas verdes, o engenheiro aponta para a necessidade de investimentos em energias mais limpas, seja em empreendimentos de alto padrão e ou mesmo aqueles que se colocam como alternativa de mais economia para o morador.

Cunha explica que, conforme a região do país, existem basicamente dois sistemas de cogeração de energia: equipamentos eólicos, onde o vento possui velocidade média a partir de 7 m/s, e assim terá maior eficiência pela homogeneidade desta velocidade; e por meio das placas fotovoltaicas (solares), que apresentam mais rendimento em locais com boa incidência de sol.

Neste último caso, também depende de elementos do entorno do empreendimento e que possam possivelmente impactar na geração de energia das placas.

Ao utilizar essas alternativas, o empreendimento diminui o uso de energias geradas habitualmente por concessionárias, o que permite a economia.

“O que é produzido em um edifício, por exemplo, não é armazenado, mas é contabilizado em medidores especiais, e o valor é abatido no consumo. Normalmente este abatimento ocorre somente sobre o custo nas áreas comuns, mas havendo um excesso de geração, podem ser indicadas outras contas de energia para ser feito o abatimento", afirma.

O engenheiro ainda reforça que a economia também é fundamental, com a utilização de equipamentos de alta eficiência energética, tais como elevadores com regeneração de energia e sistemas de aquecimento de água por meio de placas solares. "A adoção destes sistemas colabora em muito para diminuir o consumo de elétricidade", afirma.

Reuso e consumo consciente de água – Neste caso, as opções são mais amplas, segundo o especialista. Isso passa tanto pela economia quanto pelo reuso, seja de água da chuva ou daquela que utilizamos no banho ou na torneira.

"No caso da diminuição no consumo, temos como solução os ‘economizadores’, que podem ser aeradores ou válvulas controladoras, que diminuem a vazão de chuveiros e torneiras através de simples regulagens", comenta o engenheiro, que ainda acrescenta a eficácia de medidas de conscientização.

Para a reutilização, Cunha aponta que os sistemas que acumulam água da chuva e reaproveitam para irrigação de jardins ou limpeza de calçadas são bastante eficientes.

"Mas isso necessita de espaço para reservatórios, bombas para pressurização ou recalque, e manutenção preventiva para manter o sistema funcionando", completa.

Para o reaproveitamento de água que vem do chuveiro e lavatórios, é necessário ter essa previsão em projeto antes da construção do empreendimento.

"A captação dessa água deve ser feita em separado daquela que vêm dos sanitários, e irá necessitar de filtragem, tratamento, reservação, o que torna a manutenção um pouco mais técnica e onerosa para o condomínio. São opções que precisam sempre analisar a viabilidade e a economia para a preservação quanto para a diminuição de custos", diz.

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