Assessoria de Imprensa
08/12/2025 14h37 | Atualizada em 08/12/2025 14h58
As vendas de cimento em novembro totalizaram 5,5 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 4,1% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
No acumulado do ano (janeiro a novembro), os números alcançaram 62,2 milhões de toneladas, um crescimento de 3,6% comparado a igual período do ano passado.
O despacho de cimento por dia útil atingiu 263,9 mil toneladas.

Fonte: SNIC
Segundo a SNIC, o desempenho do setor segue influenciado por um cenário macroeconô
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As vendas de cimento em novembro totalizaram 5,5 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 4,1% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
No acumulado do ano (janeiro a novembro), os números alcançaram 62,2 milhões de toneladas, um crescimento de 3,6% comparado a igual período do ano passado.
O despacho de cimento por dia útil atingiu 263,9 mil toneladas.

Fonte: SNIC
Segundo a SNIC, o desempenho do setor segue influenciado por um cenário macroeconômico de alta complexidade.
Por um lado, dados mostram robustez no emprego e na renda: o desemprego atingiu 5,4% em outubro, o menor da série histórica, com apenas 5,9 milhões de pessoas desempregadas.
A população ocupada registrou novo recorde (102,5 milhões) e o rendimento médio atingiu o maior valor histórico, alavancando a massa salarial.
O mercado de trabalho aquecido elevou a confiança do consumidor em novembro, atingindo o maior nível desde dezembro de 2024.
Por outro lado, além da desaceleração do PIB ao longo do ano, o ambiente de crédito e consumo permanece desafiador.
As expectativas de inflação para 2025 e 2026 seguem acima da meta, apontando para a necessidade de manutenção de juros altos.
Esse aperto monetário reflete-se diretamente no endividamento da população, que cresceu para 49,1% em setembro, e na inadimplência, que atingiu o recorde de 80,4 milhões de indivíduos em outubro.
Adicionalmente, os gastos com apostas (bets) continuam pressionando o orçamento familiar.
O cenário de incertezas, motivado pela política monetária contracionista, impactou a confiança da indústria, que caiu pela oitava vez no ano devido à fraca demanda e aos estoques elevados, avalia o SNIC.
Na construção, embora a confiança tenha subido em novembro impulsionada pelos segmentos de infraestrutura e serviços especializados, o nível ainda é insuficiente para recuperar o patamar do início do ano.
No varejo de materiais de construção, as vendas caíram 2% em outubro na comparação anual, levando o setor a reduzir, pela segunda vez, a projeção de crescimento de 2025 de 1,8% para 0,5%.
O mercado imobiliário apresenta sinais distintos, aponta o sindicato. Enquanto os lançamentos subiram 1,6% no 3º trimestre, as vendas caíram 6,5% no mesmo período, elevando o volume de unidades em estoque.
O financiamento imobiliário via SBPE sofreu forte retração, com queda de 36,12% no número de unidades financiadas para construção no acumulado até outubro, reflexo da alta dos juros.
Entretanto, o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) segue como um vetor crucial de demanda.
No acumulado do ano, os lançamentos do programa cresceram 7,9% e as vendas aumentaram 15,5%.
O impacto do MCMV na indústria do cimento é expressivo: uma unidade de 45 m² consome entre 4 e 6 toneladas do insumo, dependendo se construída com blocos ou paredes de concreto.
O setor projeta que para atingir a meta de superar 2 milhões de unidades entre 2023 e 2026, o consumo de cimento será ampliado consideravelmente.
Somam-se a isso as novas regras de crédito habitacional, que permitirão o uso de até 100% dos recursos da poupança e elevarão o teto de inanciamento, medidas que, aliadas às mudanças no Imposto de Renda, buscam recompor a capacidade de compra e investimento da classe média e reduzir o déficit habitacional mesmo considerando os níveis de juros atuais.
“A indústria do cimento chega ao final de 2025 observando atentamente a dinâmica entre o aquecimento do mercado de trabalho e as travas do crédito”, comenta Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Enquanto o mercado imobiliário financiado pela poupança sofre com os juros altos, a habitação social confirma seu papel estratégico, diz ele.
“Os avanços das obras do Minha Casa, Minha Vida e os investimentos contínuos em infraestrutura, com destaque para a forte expansão do pavimento de concreto rodoviário e urbano, aliados ao nosso renovado compromisso com a agenda climática, serão determinantes para sustentar a demanda no próximo ano”, aponta.

Fonte: SNIC
08 de dezembro 2025
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