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DCI
17/08/2017 12h29 | Atualizada em 17/08/2017 20h30
A alta nos preços das commodities, a valorização do dólar e a redução da produção de petróleo no México e na Venezuela garantiram um forte movimento portuário no Brasil durante o primeiro semestre. Com alta 5% no volume transportado nos terminais a China respondeu por 25% da corrente de comércio, o equivalente a US$ 36,1 bilhões.
"Algumas condições macroeconômicas foram favoráveis para a exportação e importação neste semestre. Como 80% do comércio internacional brasileiro se dá pelo mar, os mais beneficiados foram os portos", conta o especialista em transporte marítimo e consultor da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), Sérgio Lossa.
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...A alta nos preços das commodities, a valorização do dólar e a redução da produção de petróleo no México e na Venezuela garantiram um forte movimento portuário no Brasil durante o primeiro semestre. Com alta 5% no volume transportado nos terminais a China respondeu por 25% da corrente de comércio, o equivalente a US$ 36,1 bilhões.
"Algumas condições macroeconômicas foram favoráveis para a exportação e importação neste semestre. Como 80% do comércio internacional brasileiro se dá pelo mar, os mais beneficiados foram os portos", conta o especialista em transporte marítimo e consultor da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), Sérgio Lossa.
Segundo o especialista, entre janeiro e junho, as instalações portuárias, entre portos privados e públicos, movimentaram 517 milhões de toneladas, uma alta de 5% sobre um ano antes.
Protagonista privado
Durante o período analisado, as operações em Terminais de Uso Público (TUP) se sobressaíram às públicas. Segundo balanço da Associação de Terminais Privados (ATP), nos seis primeiros meses do ano, o avanço entre os espaços privados foi de 8,4%, enquanto os terminais públicos enfrentaram uma retração de 1,03%. (veja mais no gráfico).
"Os portos privados contam com menos burocracia e mais eficiência, então o escoamento tem mais agilidade", diz Lessa. Com o resultado, os portos privados responderam por 66,3% do total de cargas movimentadas no primeiro semestre. "A distribuição se concentrou na Região Sudeste, com 49,3% de participação. Em seguida as regiões Nordeste (31,2%) e Norte (10,3%)", detalhava o balanço da ATP, divulgado ontem.
Sobre o perfil das cargas, o destaque foi o Granel Sólido (66,5% do total) e Granel Líquido (24,3%). "O exportador se beneficiou do forte movimento da China na busca por minério de ferro, o que fez 81,5% dos materiais exportados por Granel Sólido fossem 'minério, escórias e cinzas', conta Lessa.
Terminal público
Entre os terminais de gestão, administração e uso público o resultado foi um pouco diferente. Com movimentação de 174,5 milhões de toneladas no semestre, ou 33% do total transportado no País, esse tipo de terminal apresentou retração de 1%, dado que poderia ter sido maior, não fossem, novamente, os chineses. Entre janeiro e junho, o volume de Carga Geral Solta cresceu 11,7%, puxado pela exportação de ferro, ferro fundido e aço, itens muito comprados pelos asiáticos. No Granel Líquido houve queda de 4,8% e no Granel Sólido retração de 1,9%
"60% da movimentação foi de sementes, frutos oleaginosos e grãos, iguarias amplamente compradas pela China", analisa Lessa.
09 de janeiro 2020
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