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http://www.sidneyrezende.com/noticia/70557+brasil+deve+considerar+possibilidade+de+fortes+terremotos+diz+geologo
19/01/2010 17h20
Durante muito tempo, muitos imaginavam que o Brasil era um país imune aos fortes furacões e terremotos de grande intensidade, semelhante ao que atingiu o Haiti, deixando quase 50 mil mortos e cerca de três milhões de desabrigados. Mas não é bem assim, alertou o geólogo George Sand França, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis- UnB) em entrevista divulgada nesta sexta-feira pela "BBC Brasil".
Não por acaso, um dia antes da tragédia no país caribenho, tremores de terra de média intensidade (4,5 graus na escala Richter) atingiram cidades do interior do Rio Grande do Norte e foram sentidos em Recife, capital de Pernambuco.
Segundo George Sand, o aumento da população, a inexistência de estr
Durante muito tempo, muitos imaginavam que o Brasil era um país imune aos fortes furacões e terremotos de grande intensidade, semelhante ao que atingiu o Haiti, deixando quase 50 mil mortos e cerca de três milhões de desabrigados. Mas não é bem assim, alertou o geólogo George Sand França, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis- UnB) em entrevista divulgada nesta sexta-feira pela "BBC Brasil".
Não por acaso, um dia antes da tragédia no país caribenho, tremores de terra de média intensidade (4,5 graus na escala Richter) atingiram cidades do interior do Rio Grande do Norte e foram sentidos em Recife, capital de Pernambuco.
Segundo George Sand, o aumento da população, a inexistência de estruturas com resistência a abalos sísmicos e a comparação com ocorrências deste tipo ocorridas em locais com semelhantes características geológicas são fatores que podem indicar a alta possibilidade de acontecer um terremoto em território brasileiro.
"É preciso lembrar que no Brasil um terremoto entre 4,0 e 5,0 graus tem um impacto muito forte, já que não temos a estrutura do Japão e dos Estados Unidos para fazermos construções mais resistentes a abalos, e porque falta uma boa fiscalização das obras", explicou o estudioso.
Desde que os tremores passaram a ser registrados com instrumentos no pais, o mais forte registrado foi em 1955 foi na cidade de Porto dos Gaúchos, em Mato Grosso: 6,2 graus. A primeira pessoa a perder a vida durante um terremoto no Brasil foi uma menina de 5 anos, quando o abalo de 4,9 atingiu as cidades de Caraíbas e Itacarambi (MG) em 2007. "Hoje, a concentração demográfica da região é muito maior, então dá para se imaginar o que pode acontecer se houver um terremoto igual novamente", declarou George Sand. "E vai haver outro. Não sei quando - posso até nem estar mais vivo - mas vai haver".
Outra opinião
O britânico Julian Bommer, professor de avaliação de risco de terremotos do Imperial College, de Londres, declarou também à "BBC Brasil" que não há grandes justificativas para o aumento em investimentos de prevenção e reforço de estruturas para terremotos: "É melhor gastar com a proteção a incidentes mais comuns e urgentes no país, como a violência e as inundações", disse o professor.
Mas ele reforça que embora a possibilidade de um abalo sísimico mais sério no Brasil seja pequena, ela deve ser considerada: "É preciso lembrarmos que os tremores ocorrem em intervalos que podem ser de séculos, e que nos 500 anos do Brasil ainda não se experimentou um abalo muito forte", explicou.
Ciclone
Em 2004, um ciclone de média intensidade atingiu o Brasil, o primeiro a ser registrado no Atlântico Sul. Batizado de Catarina (por ter atingido uma região entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul), o ciclone destriu várias construções e deixou três mortos.
09 de janeiro 2020
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