Realizada a cada três anos, a bauma, maior feira mundial da construção civil, mineração e máquinas pesadas, reafirmou em sua edição de 2025 o papel de termômetro global da construção civil.

Com mais de 3 mil expositores e centenas de milhares de visitantes de todos os continentes, o evento apresentou uma visão clara: a inovação será decisiva para enfrentar os principais desafios do setor, especialmente a crescente falta de mão de obra qualificada.

Na ocasião, as maiores empresas do mundo exibiram tecnologias voltadas à automação, à construção modular e à sustentabilidade, mas um tema se destacou entre líderes e especialistas: o setor precisa acelerar a adoção de soluções que tornem os canteiros de obras mais eficientes e menos dependentes de trabalho intensivo.

Algumas das vozes que reforçaram essa visão foram a de Luis Claudio Monteiro, COO da carioca SH Indústria, e a de João Corvo, diretor comercial da empresa que acompanharam de perto as tendências apresentadas no evento.

“Participar da bauma é ter acesso direto ao que há de mais avançado em tecnologia, inovação e soluções sustentáveis para a construção civil no mundo. E um dos pontos que mais chamaram nossa atenção nesta edição foi o quanto a escassez de mão de obra qualificada tem sido um desafio não só no Brasil, mas em diversos países. Isso reforça a urgência de investirmos em industrialização e alternativas que aumentem a produtividade dos canteiros de obras", destacou Monteiro.

Crescente busca por inovação e tecnologia – Reunindo mais de 600 mil visitantes em Munique, o evento trouxe inovações voltadas à construção modular, uso de inteligência artificial, automação de processos, sustentabilidade e digitalização.

E teve como um dos temas centrais, a crescente busca por tecnologias que exijam menor intervenção humana direta nos processos operacionais. Segundo Monteiro, a adoção dessas soluções está diretamente conectada à competitividade e à segurança nas obras.

“A construção civil global precisa encarar a inovação como parte de sua estratégia. Como empresa que atua com soluções completas para o setor — da indústria à locação de equipamentos — acreditamos que o uso inteligente de tecnologia é o que permitirá superar gargalos como a falta de mão de obra, garantindo mais eficiência, segurança e qualidade nos projetos”, comentou Corvo.

Contexto brasileiro – No Brasil, a escassez de mão de obra qualificada na construção civil tem se intensificado nos últimos anos.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Portal AECweb em parceria com o Sienge, 96% das empresas do setor enfrentam dificuldades para contratar profissionais qualificados.

Os principais obstáculos apontados são a falta de qualificação (84,1%) e a escassez de profissionais em geral (58,8%). Além disso, a baixa produtividade (50,8%), alta rotatividade (42,4%) e custos elevados (24,9%) também contribuem para o cenário desafiador.

Entre os caminhos já em curso para resolver a questão, de acordo com o executivo, a SH vem contribuindo diretamente para a redução da dependência de mão de obra nos canteiros, com soluções que combinam tecnologia, engenharia aplicada e inteligência logística.

A empresa atua com locação de equipamentos voltados à execução de estruturas de concreto e obras de acesso, como escoramentos, fôrmas e andaimes, com produtos que proporcionam ganhos significativos de produtividade, reduzem etapas manuais e permitem a execução de projetos com maior eficiência e segurança.

“Quando pensamos em produtividade no canteiro, estamos falando diretamente de planejamento, engenharia e sistemas que facilitem a execução. Nossas soluções ajudam a reduzir a complexidade das operações, permitindo que as equipes entreguem mais em menos tempo. Entre 2024 e 2025, investimentos R$100 milhões em inovação e tecnologia, a fim de ir além e entregar ainda mais aos nossos clientes e parceiros”, explica o diretor comercial da SH.

A presença da empresa permitiu um alinhamento às tendências globais da construção civil, além de reforçar sua atuação como parceira estratégica de clientes em todo o Brasil, oferecendo soluções que combinam desempenho técnico, inteligência operacional e impacto ambiental reduzido.

“O que vemos na bauma é um reflexo do setor no mundo: construtoras, projetistas e fornecedores de soluções estão sendo desafiados a entregar mais com menos. Menos tempo, mais responsabilidade ambiental, menos retrabalho, menos dependência de mão de obra intensiva. Essa transformação é inevitável e passa pela tecnologia”, concluiu Monteiro.