ARTIGO
Assessoria de Imprensa
07/05/2020 11h00 | Atualizada em 07/05/2020 13h18
Em 2019, uma pesquisa da empresa de consultoria Deloitte indicou que 71% dos empresários tinham boas expectativas para o ano de 2020.
Em contrapartida, economistas afirmaram que era possível uma desaceleração econômica. Com a chegada do Coronavírus, foi gerado um grande desequilíbrio na cadeia de suprimentos da China, e de seus principais parceiros no mundo e de certo, isso acarretou numa queda de expectativas trazendo diversos impactos para a economia mundial.
Além das barreiras que os brasileiros já enfrentam na importação e exportação de bens e serviços, com a situação que estamos vivendo, pessoas que trab
...Em 2019, uma pesquisa da empresa de consultoria Deloitte indicou que 71% dos empresários tinham boas expectativas para o ano de 2020.
Em contrapartida, economistas afirmaram que era possível uma desaceleração econômica. Com a chegada do Coronavírus, foi gerado um grande desequilíbrio na cadeia de suprimentos da China, e de seus principais parceiros no mundo e de certo, isso acarretou numa queda de expectativas trazendo diversos impactos para a economia mundial.
Além das barreiras que os brasileiros já enfrentam na importação e exportação de bens e serviços, com a situação que estamos vivendo, pessoas que trabalham e dependem do comércio exterior podem ter novos empecilhos no caminho.
Aqui, quero expor algumas das razões pelas quais o ano de 2020 pode ter alguns contratempos no setor.
Uma dessas razões é a alta do dólar. Embora haja um senso comum a respeito do dólar mais alto no setor de exportação ser algo positivo, a verdade é que o volume das exportações reduz quando o dólar sobe.
Ao analisar com mais cautela, é possível observar que muitas empresas dependem da importação de peças ou insumos para concluir a produção de determinados produtos e, com o dólar alto isso gera também aumento de custos para o consumidor final.
É importante citar também que com o dólar a um valor elevado, tanto as importações quanto as exportações são prejudicadas. Muitos profissionais da área de economia especulam que a moeda não deve voltar à casa dos R$ 4,00 tão cedo, trazendo preocupação para o segmento de comércio exterior.
O nível de confiabilidade do exterior nos principais países da América do Sul atualmente é de aproximadamente 56%, porém quando é analisado o nível desconfiança, esse número dispara para 85%, segunda a mesma pesquisa citada mais cedo. Perceba que quanto menor a confiança, menor é o investimento.
A consequência disso é menos infraestrutura, produção e qualidade, menos exportação e, então, menos empregos e renda.
Essa questão influencia também as formas de pagamento das negociações, pois muitas empresas do exterior aceitam apenas pagamentos de frete e taxas adiantados por conta da grande desconfiança no Brasil.
A missão de importadores, exportadores, players do comércio exterior e principalmente do governo é reverter essa situação e mostrar que o Brasil pode ser um grande parceiro de outros países.
Algo que acontece em paralelo as adversidades que o nosso país enfrenta é a relação entre Estados Unidos e China. Com a guerra comercial estabelecida entre os países, apesar de Brasil e EUA possuírem muitos produtos semelhantes, a China constantemente opta por importar insumos do Brasil ao invés dos EUA.
Visando uma relação comercial mais saudável, pode ocorrer um acordo entre Xi Jinping e Donald Trump, e então a China passe a optar por comprar produtos americanos. Por enquanto não passa de especulação, mas se acontecer, isso pode significar uma queda na balança comercial brasileira.
Uma barreira que sempre esteve na área é a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada para se relacionar com parceiros no exterior.
O grande empecilho é o idioma e encontrar funcionários que possuam inglês e até mesmo outros idiomas para negociar internacionalmente.
Além disso, as empresas buscam colaboradores que sejam capazes de tomar decisões assertivas, solucionar problemas com agilidade e se preocupar intensamente com a qualidade do serviço prestado ao cliente.
Embora a quarentena na China esteja chegando ao fim, muitas indústrias brasileiras foram afetadas pela falta de material, linhas de produção pararam por falta de insumos importados do país. Por esse motivo é essencial que o Brasil busque diversificação de mercado para suprir sua demanda para produção, e reduzir riscos na dependência por determinado país.
O desafio dos internacionalistas é desenvolver parcerias e fornecedores com outros países que possam suprir essa necessidade do mercado brasileiro.
*Helmuth Hofstatter, fundador da LogComex, startup de big data, inteligência e automação para logística internacional
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