De olho nas principais tendências de modelos ferroviários mundiais, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) recebeu o consultor e especialista da ERA (European Union Agency for Railways), Peter Mihn, no início do mês de novembro, para um debate sobre as principais tendências de certificação, modelagem e regulação do sistema ferroviário da ERA e demais países do mundo.

Os temas levantados durante o encontro ganharão destaque no próximo encontro do Programa de Experiência Técnica Internacional (PETI/ANTT), previsto para o primeiro semestre de 2023, na Alemanha.

“Nosso maior interesse atual é ampliar a malha ferroviária brasileira para logística e transporte de passageiros, levando em conta processos de fiscalização, certificação e inspeção de acidentes, além da construção de uma legislação sólida. Precisamos conhecer de perto projetos inovadores com esta temática”, comentou Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT.

“O modelo europeu é distinto da realidade do Brasil. A ERA possui mais administradoras, que atuam com as mesmas linhas. São situações que podem fazer a diferença ao modelo vertical de administração brasileiro. As ferrovias daqui têm a ganhar com a troca, principalmente em vistas ao aumento da malha nacional”, explicou Peter Mihn.

Previsão – Até o momento, o Brasil já possui requerimentos e autorizações para mais de 22 mil km de novas ferrovias, com investimentos previstos de R$ 295 bilhões, que podem gerar 3,6 milhões de empregos em todo o país.

O próximo ano promete um salto no número de ferrovias concedidas em todo o território nacional, após a publicação da Lei º 14.273/2021, que, recentemente, foi regulamentada pela Resolução ANTT nº 5.987/2022, que autoriza a exploração de ferrovias pela iniciativa privada.