Valor
08/03/2010 16h44
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, confirmou que a estatal decidiu ampliar a capacidade das unidades de refino do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo ele, serão duas unidades com capacidade de refinar 165 mil barris por dia, a primeira entrando em operação em setembro de 2013 e a segunda cerca de dois anos depois. "O conceito inicial do Comperj é de 2006 e nós estamos em 2010. O mundo mudou, o mercado mudou", frisou Costa, lembrando que na época não havia a determinação de que a companhia atendesse o mercado com diesel com 10 partes de enxofre por milhão, assim como o mercado de querosene de aviação era substancialmente menor. "Vamos ter que aumentar bastante a produção desses d
...O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, confirmou que a estatal decidiu ampliar a capacidade das unidades de refino do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo ele, serão duas unidades com capacidade de refinar 165 mil barris por dia, a primeira entrando em operação em setembro de 2013 e a segunda cerca de dois anos depois. "O conceito inicial do Comperj é de 2006 e nós estamos em 2010. O mundo mudou, o mercado mudou", frisou Costa, lembrando que na época não havia a determinação de que a companhia atendesse o mercado com diesel com 10 partes de enxofre por milhão, assim como o mercado de querosene de aviação era substancialmente menor. "Vamos ter que aumentar bastante a produção desses dois produtos aqui", ponderou.
A companhia vai assinar na segunda-feira os dois primeiros contratos para os equipamentos do complexo petroquímico. A unidade de destilação atmosférica e a vácuo custará R$ 1,1 bilhão para a estatal, enquanto a unidade de hidrocraqueamento catalítico sairá por R$ 1,46 bilhão. Costa espera para a semana que vem a aprovação, pela diretoria, do contrato para a construção da unidade de coqueamento retardado, que deverá custar R$ 1,89 bilhão. O executivo revelou que as renegociações para o fechamento dos três contratos para os módulos de equipamentos do Comperj significaram uma economia de R$ 2,6 bilhões em relação às três propostas apresentadas inicialmente. Na refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco, a renegociação desse tipo de contrato significou uma economia de R$ 6,7 bilhões. O diretor também disse que a PDVSA ainda não efetuou o pagamento de US$ 490 milhões correspondente a 40% do investimento já realizado na Abreu e Lima, onde a estatal venezuelana deverá ter 40% de participação.
Costa não deu prazo para o pagamento e a consequente assinatura dos contratos de sociedade. Ele confirmou que a Petrobras continuará tocando a obra sozinha. "Eu continuo esperando", disse, deixando claro que não há ultimato para uma data de pagamento. Além disso, a empresa também fechou com a Cedae, a companhia de águas e esgotos do Estado do Rio de Janeiro, um convênio que prevê a construção - bancada pela Petrobras - de uma estação para o fornecimento de água para o Comperj durante as obras. No período, serão entregues 50 litros de água por segundo para as obras, enquanto outros 50 litros por segundo serão destinados à cidade de Itaboraí, onde está situado o Comperj. A Cedae pagará pelas obras com a água que será destinada ao Comperj durante a construção do complexo. Encerrada a obra, a unidade passará a destinar 100 litros por segundo de água para Itaboraí.
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