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Alta do frete marítimo impacta comércio exterior brasileiro

Shipping enfrenta “tempestade perfeita”, com falta de contêineres, aumento dos fretes marítimos e redução do período de free time

Assessoria de Imprensa

03/08/2021 11h00 | Atualizada em 03/08/2021 11h33


*Por Larry Carvalho

Nos últimos meses, quem trabalha com Comex ou com Shipping deve ter reparado que o mercado vem sofrendo com impactos de falta de contêineres, aumento drástico dos fretes marítimos e redução acentuada do período de free time.

Recentemente, o frete marítimo de um contêiner de 40 pés da Ásia para o Estados Unidos bateu a máxima histórica. Basicamente, a premissa de muitos observadores é sempre a mesma: armadores subiram frete para compensar o que deixaram de faturar no primeiro semestre.

Mas a realidade é bem mais complexa. Afinal, o Shipping enfrenta uma verdadeira “tempestade perfeita” gerada pela pandemia. Durante o lockdown (de março a junho de 2020), as atividades econômicas globais foram drasticamente reduzidas e os portos se viram com mão de obra reduzida para movimentação de contêineres.

Além disso, muitas empresas deixaram contêineres parados nos portos, seja porque não possuíam recursos financeiros para pagar os impostos ou simplesmente estavam fechadas. Por outro lado, os transportadores marítimos suspenderam linhas

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*Por Larry Carvalho

Nos últimos meses, quem trabalha com Comex ou com Shipping deve ter reparado que o mercado vem sofrendo com impactos de falta de contêineres, aumento drástico dos fretes marítimos e redução acentuada do período de free time.

Recentemente, o frete marítimo de um contêiner de 40 pés da Ásia para o Estados Unidos bateu a máxima histórica. Basicamente, a premissa de muitos observadores é sempre a mesma: armadores subiram frete para compensar o que deixaram de faturar no primeiro semestre.

Mas a realidade é bem mais complexa. Afinal, o Shipping enfrenta uma verdadeira “tempestade perfeita” gerada pela pandemia. Durante o lockdown (de março a junho de 2020), as atividades econômicas globais foram drasticamente reduzidas e os portos se viram com mão de obra reduzida para movimentação de contêineres.

Além disso, muitas empresas deixaram contêineres parados nos portos, seja porque não possuíam recursos financeiros para pagar os impostos ou simplesmente estavam fechadas. Por outro lado, os transportadores marítimos suspenderam linhas deficitárias e aproveitaram para antecipar docagens obrigatórias das embarcações.

Como consequência, a quantidade de navios-contêineres em atividade foi reduzida. Entretanto, desde julho as atividades econômicas vêm aumentando progressivamente. Principalmente na China, que conseguiu iniciar a recuperação econômica antes de outros países.

Ocorre que, com mão de obra reduzida no setor portuário e no setor de transporte rodoviário, os contêineres têm demorado mais para sair do porto, bem como para retornar. Assim, diversos portos têm sofrido com congestionamento devido à lentidão na movimentação de contêineres.

Em alguns países, o tempo para devolução dos contêineres aumentou entre 4/6 dias. Além do número restrito de navios em navegação, os armadores não têm conseguido coletar contêineres vazios para acompanhar a crescente demanda.

E, como forma de tentar resolver o problema de shortage de contêiner, alguns transportadores marítimos vêm reduzindo o período free time. Com a falta de contêineres disponíveis, principalmente no mercado asiático, o frete vem aumentando.

Diversas empresas estão tendo seu supply chain interrompido por faltas de navio e de contêineres no mercado, desestabilizando o comércio global. Especialistas preveem que a situação devemelhorar em fevereiro ou março de 2021. Mas só o tempo dirá.

*Larry Carvalho é advogado e árbitro com experiência em litígios e transporte marítimo.

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