Logística
Valor Econômico
06/03/2013 11h11
Rodrigo Campos, diretor financeiro da ALL, diz que a empresa acompanha a elaboração da modelagem dos editais e quer a concessão de empreendimentos que tenham ligação com as ferrovias onde a ALL atua.
“Vamos estudar o pacote de portos, certamente. Obviamente, depende de preço. Nós temos nossas restrições de utilização de capital. Mas certamente vamos estar atentos a isso”, disse o executivo ao Valor. A empresa tem interesse em empreendimentos do Sul e em Santos (SP), que estão ligados às ferrovias operadas pela ALL.
Para ele, os projetos são interessantes devido aos ganhos de produtividade que uma operação integrada geraria. “Se eu descarregar rápido [do navio], o vagão anda muito mais rápido. Ganhando eficiência no porto,
...Rodrigo Campos, diretor financeiro da ALL, diz que a empresa acompanha a elaboração da modelagem dos editais e quer a concessão de empreendimentos que tenham ligação com as ferrovias onde a ALL atua.
“Vamos estudar o pacote de portos, certamente. Obviamente, depende de preço. Nós temos nossas restrições de utilização de capital. Mas certamente vamos estar atentos a isso”, disse o executivo ao Valor. A empresa tem interesse em empreendimentos do Sul e em Santos (SP), que estão ligados às ferrovias operadas pela ALL.
Para ele, os projetos são interessantes devido aos ganhos de produtividade que uma operação integrada geraria. “Se eu descarregar rápido [do navio], o vagão anda muito mais rápido. Ganhando eficiência no porto, você ganha eficiência na cadeia.”
Já no pacote de ferrovias, o executivo reafirma que a ALL não tem forte interesse em disputar a concessão dos novos trechos.
Isso porque, no modelo elaborado pelo governo, os novos concessionários estão impedidos de movimentar cargas na própria ferrovia – para não criar dificuldades à concorrência. Segundo Campos, por isso a ALL tem mais interesse em ser apenas uma transportadora nos novos trechos.
Campos falou também sobre os números da companhia no último trimestre, que foram divulgados ontem. A ALL registrou um prejuízo de R$ 20,5 milhões no período, abaixo das previsões de analistas consultados pelo Valor.
O resultado foi influenciado pela menor movimentação de produtos industriais (como os siderúrgicos, madeira, papel e celulose), que caíram 6,7% no trimestre, na comparação com um ano antes.
Além disso, a última linha do balanço foi influenciada, mais uma vez, pelo prejuízo com as operações na Argentina. A companhia tem enfrentado dificuldades para sair do país vizinho, intenção já anunciada.
“Há um ambiente na Argentina que não é favorável para a venda dos ativos. É um momento em que o investidor em geral não tem grande interesse no país.” A ALL registrou, naquele país, prejuízo de R$ 17,4 milhões no último trimestre. em 2012, a perda com essas operações foi de R$ 51,9 milhões. Em 2011, resultado negativo de R$ 15,1 milhões.
Mesmo com as dificuldades, o prejuízo da ALL no quarto trimestre foi 37% menor do que um ano antes principalmente devido à boa safra no campo. Isso fez com que a empresa tenha movimentado 12,1% mais commodities agrícolas no trimestre, em comparação a um ano antes.
Além do maior volume, a ALL está praticando fretes mais altos devido à maior demanda e repasses de diesel e inflação.
Também contribuiu para conter as perdas da ALL o resultado das controladas Brado (de logística de contêineres) e Ritmo (de logística rodoviária), que melhoraram receita e diminuíram os investimentos.
O resultado da ALL acarretou queda de 1,82% no valor das suas ações ontem, para R$ 9,70. Mas o papel tem boa trajetória no ano, com alta de 16,7% até o fechamento de ontem. Isso porque o mercado espera bons números da empresa para 2013.
Corroborando o mercado, a ALL acredita em um cenário positivo para o ano. A empresa cita as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de crescimento de 19,6% da safra neste ano, e novos contratos industriais.
No ano, os investimentos voltarão ao tradicional patamar de R$ 650 milhões, após o fim dos aportes para a expansão de ferrovia até Rondonópolis (MT) – que exigiu cerca de R$ 150 milhões em 2012. A ALL estima que as receitas do novo projeto comecem a ser contadas já no segundo trimestre.
09 de janeiro 2020
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