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Agro e indústria devem se esforçar para reduzir o consumo de água

Segundo especialista, não basta o esforço de reduzir o consumo vir apenas das casas e comércios. Os setores primário e secundário da economia também precisam fazer a sua parte

Assessoria de Imprensa

10/02/2022 11h00


Monitoramento das bacias hidrográficas realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, no final do ano passado, constatou que o país viveu a pior crise hídrica dos últimos 91 anos.

Com isso, reforçou-se as campanhas de incentivo à economia de recursos como água e energia. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, o uso doméstico representa apenas 8% da utilização dos recursos hídricos. Setores como agronegócio e indústria são os principais consumidores.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), somente a irriga&cced

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Monitoramento das bacias hidrográficas realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, no final do ano passado, constatou que o país viveu a pior crise hídrica dos últimos 91 anos.

Com isso, reforçou-se as campanhas de incentivo à economia de recursos como água e energia. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, o uso doméstico representa apenas 8% da utilização dos recursos hídricos. Setores como agronegócio e indústria são os principais consumidores.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), somente a irrigação de lavouras é responsável por 72% do consumo no Brasil. Enquanto a atividade industrial responde por 22%.

Ou seja, não basta o esforço de reduzir o consumo vir apenas das casas e comércios. Os setores primário e secundário da economia também precisam fazer a sua parte.

"Há uma demanda crescente pelo uso de água e, com isso, uma degradação cada vez maior dos nossos recursos hídricos. Portanto, ações e novas técnicas de preservação ambiental que possam reduzir ao máximo esses impactos são muito valiosas e urgentes", diz Leo Cesar Melo, CEO da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis.

Na área da indústria, entre outras soluções, Melo conta que é possível melhorar a gestão dos recursos hídricos por meio da implantação de Estações de Tratamento de Águas Pluviais (ETAPs).

Recentemente, a Allonda projetou, construiu e está operando uma ETAP em um terminal portuário no Espírito Santo, com capacidade de 4 mil m³/h de tratamento, o equivalente a quase duas piscinas olímpicas por hora. "Mas o tamanho e os equipamentos empregados no projeto podem variar de acordo com a necessidade de cada indústria, além de outros fatores", explica o CEO.

Quando aplicadas na agricultura, as soluções de reaproveitamento de água são diferentes. A água utilizada em outros processos de produção no campo pode ser reaproveitada após passar por estações de tratamento, para que esteja nas condições adequadas para irrigação da lavoura.

"A partir de um estudo técnico, a instalação dessas estações de tratamento pode ser feita de acordo com o tamanho ou a necessidade de diferentes culturas. Com um projeto específico, adequado, certamente trará redução de custos e otimização de recursos naturais", garante o executivo.

Desde a década de 1980, o consumo global de água vem crescendo 1% ao ano. Ou seja, a crise do momento é um alerta de um problema que já se estende há anos e, por isso, é urgente repensar a gestão dos nossos recursos hídricos.

"Acreditamos que é possível transformar a engenharia por meio da sustentabilidade e temos trabalhado nesse caminho. Agora, é imprescindível entender e analisar como cada setor pode se valer de soluções que diminuam o impacto ambiental e ao mesmo tempo ajudar a movimentar a economia", conclui Melo.

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