Assessoria de Imprensa
21/06/2024 13h49 | Atualizada em 26/06/2024 15h52
Os geossintéticos podem ser utilizados para uma série de finalidades no setor da mineração.
A maior parte do consumo do setor, no entanto, refere-se a geomembranas, utilizadas para impermeabilização de lagoas e nas áreas de disposição de rejeitos; os GCLs, em complemento as geomembranas, com a mesma finalidade; os geotêxteis não-tecidos, aplicados como liner de proteção das geomembranas e em estruturas de drenagem; e, ainda, as geogrelhas usadas nas estruturas de solo reforçado.
Dentre as principais aplicações está a disposição correta dos rejeitos gerados na exploração dos
...Os geossintéticos podem ser utilizados para uma série de finalidades no setor da mineração.
A maior parte do consumo do setor, no entanto, refere-se a geomembranas, utilizadas para impermeabilização de lagoas e nas áreas de disposição de rejeitos; os GCLs, em complemento as geomembranas, com a mesma finalidade; os geotêxteis não-tecidos, aplicados como liner de proteção das geomembranas e em estruturas de drenagem; e, ainda, as geogrelhas usadas nas estruturas de solo reforçado.
Dentre as principais aplicações está a disposição correta dos rejeitos gerados na exploração dos minérios e no processo industrial de beneficiamento desses minérios, sendo as geomembranas e os geotêxteis não-tecidos bastante utilizados como sistema de proteção ambiental nessas instalações.
Por exemplo, a utilização de geomembranas evita a infiltração de contaminantes no solo e na água subterrânea, garantindo que o escoamento e drenagem sejam feitos de acordo com o projeto contratado.
As vantagens do uso de geossintéticos na mineração estão na relação custo-benefício.
Os geossintéticos, ainda que respondam por uma parte considerável dos investimentos em sistemas de contenção de rejeitos nos projetos de mineração, apresentam vantagens se comparados sucedâneos tradicionais, uma vez que, além de garantir um desempenho de maior performance, oferecem a possibilidade de controle de qualidade mais eficiente (desde a fabricação dos geossintéticos até a instalação em obra).
A instalação dos geossintéticos é razoavelmente simples e, por serem produzidos de forma industrial, além de ensaiados de acordo com as normas cabíveis, suas propriedades são facilmente monitoradas.
“Devido aos riscos inerentes a projetos de barragens, as geomembranas usadas devem apresentar propriedades de alta performance e, para avaliá-las, é necessária a contratação de ensaios de caracterização com laboratórios especializados”, afirmou a Eng. Ana Luiza Chaves Colares, Coordenadora de Bacias e Infraestrutura – Largo Vanádio de Maracás, durante participação da live – “CTG Entrevista”, realizada pelo Comitê Técnico de Geossintéticos da Associação Brasileira das Indústrias de Não-tecidos e Tecidos Técnicos (CTG ABINT).
Ainda segundo a engenheira, no entanto, há mercado para geossintéticos de todos os níveis de especificação. Em projetos menos sensíveis, como lagoas e canais, as geomembranas utilizadas podem ser de especificação inferior, ainda que seja recomendada a avaliação da performance em laboratórios acreditados.
O CTG ABINT reforça que, independentemente da complexidade ou sensibilidade do projeto, a verificação da qualidade do produto, desde a fabricação até a sua utilização é fundamental. Isso porque os impactos envolvendo a falha de uma geomembrana em projetos de mineração podem ser de natureza ambiental, estrutural ou social, gerando, além dos custos para remediação, problemas de ordem jurídica ao empreendimento.
Para controle de qualidade das geomembranas, em geral utiliza-se a GM-13 ou GM-17, do Geosynthetic Research Institute (GRI), assim como a GRI-GCL3 para os GCLs, que estabelece os ensaios-padrão necessários para caracterização do material e os valores mínimos de atendimento.
“A indústria de geossintéticos no Brasil, grande parte dela representada pelo CTG ABINT vem atuando sob o compromisso de disseminar as boas práticas na fabricação e instalação desses produtos, visando a qualidade da aplicação, a economia e o desenvolvimento sustentável”, completa o atual coordenador do CTG ABINT, Fernando Lavoie.
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