Assessoria de Imprensa
06/07/2022 15h01 | Atualizada em 07/07/2022 09h46
Por Christian Speyer*
Mesmo perante a um cenário de crise provocado pela pandemia da Covid-19, o Brasil apresentou dados econômicos bastante relevantes em 2021, com destaque para a construção civil.
Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o crescimento total do Produto Interno Bruto (PIB), foi de 4,6%, enquanto que, só no setor da construção, foi de 9,7%.
Tendo em vista este cenário aquecido, é fato que as construtoras devem ficar ainda mais atentas na hora da execução do projeto e isto inclui a seleção dos materiais. Com tanta demanda, um projeto be
...Por Christian Speyer*
Mesmo perante a um cenário de crise provocado pela pandemia da Covid-19, o Brasil apresentou dados econômicos bastante relevantes em 2021, com destaque para a construção civil.
Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o crescimento total do Produto Interno Bruto (PIB), foi de 4,6%, enquanto que, só no setor da construção, foi de 9,7%.
Tendo em vista este cenário aquecido, é fato que as construtoras devem ficar ainda mais atentas na hora da execução do projeto e isto inclui a seleção dos materiais. Com tanta demanda, um projeto bem-sucedido certamente será um diferencial.
Por isso, é importante que as empresas levem em consideração, principalmente, a qualidade dos produtos a serem utilizados nos projetos e sigam à risca a norma NBR13755, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de 11/2017, que estabelece as condições exigíveis para o projeto, execução, inspeção e aceitação de revestimentos de paredes externas e fachadas.
Neste sentido, as telas soldadas têm papel fundamental na execução de obras. Mesmo não tendo uma função estrutural nas construções, este material pode auxiliar na prevenção de fissuras e no revestimento de argamassa das fachadas.
Além disso, podem ser utilizados como elemento de reforço na argamassa do revestimento da fachada nas regiões de elevadas tensões que ocorrem principalmente na interface estrutura-alvenaria.
Desafios – Atualmente, é possível alegar que um dos principais gargalos do setor está relacionado aos custos. Contudo, é necessário atentar-se à qualidade dos investimentos, especialmente quando se trata dos materiais. Muitas marcas, inclusive importadas, vendem materiais similares às telas soldadas, por exemplo, mas que não seguem as normas exigidas.
O uso desses materiais paralelos tende a influenciar no resultado final da obra, uma vez que, devido à falta de qualidade, como consequência, pode haver a necessidade de constantes manutenções, eventuais acidentes e demais incômodos, causando desgaste na reputação das construtoras.
Portanto, o que em princípio seria uma economia, torna-se um prejuízo em diferentes áreas. É importante compreender, ainda, que os níveis de qualidade devem estar presentes em todos os materiais envolvidos na obra, mesmo que não tenham funções estruturais.
Telas – O primeiro ponto a ser observado na análise de um material é a espessura do fio da tela. As telas soldadas para ligação de alvenaria mais resistentes, por exemplo, apresentam fios com espessura em torno de 1,65 mm, garantindo a prevenção de fissuras. Aquelas que fogem das normas estabelecidas contam com fios com espessura de 1,24 mm. Desta forma, os fios não são tão resistentes e podem provocar prejuízos à obra.
Já as telas utilizadas para o apoio de revestimento de argamassa para reforço das fachadas nas regiões de elevadas tensões, devem apresentar fios com de diâmetro de 1,24mm, que proporcionam maior resistência a fissuras. Esses produtos também são de fácil aplicação e fabricadas com fios zincados, garantindo proteção e durabilidade à tela dentro do revestimento.
Outra característica das telas de qualidade superior é a galvanização, ou seja, o processo de aplicação de uma camada de zinco sobre superfícies de aço ou ferro, feito para evitar a corrosão.
Nos materiais mais baratos, a galvanização é bem mais simples e, como consequência, além de estarem expostos à corrosão, são menos resistentes. Além disso, é crucial verificar a certificação do material e se ele se enquadra nas normas da ABNT. Caso não esteja dentro dos critérios estipulados, esses produtos nem ao menos devem fazer parte do orçamento da obra.
Por fim, os preços também devem ser analisados, contudo, é preciso levar em consideração que o aspecto financeiro não é o primordial, mas sim a qualidade e a prevenção de riscos.
Afinal, a obra se tornará um imóvel e a ideia é que ele perdure por longos anos. Conclui-se então que, materiais de baixa qualidade não são duráveis e acabam exigindo muitos reparos e manutenções e, como diz o famoso ditado popular: “o que é barato, pode sair caro”.
*Christian Speyer, é gerente de marketing da Morlan, metalúrgica brasileira com forte atuação nos mercados de agropecuária, construção civil e industrial
18 de dezembro 2024
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