Assessoria de Imprensa
12/11/2025 10h16 | Atualizada em 12/11/2025 14h37
* Por Jorge Lima
Construir é mais do que levantar paredes: é tomar decisões responsáveis desde o primeiro traço no papel. A prevenção, muitas vezes subestimada, é a base de uma obra segura, econômica e duradoura.
No setor da construção civil, onde os investimentos são altos e os riscos ainda maiores, negligenciar o planejamento preventivo pode custar caro - literalmente.
Em 2024, o setor da construção civil foi responsável por movimentar cerca de R$ 359,5 bilhões, registrando um crescimento de 4,3% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo o IBGE.
Esse avanço gerou i
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* Por Jorge Lima
Construir é mais do que levantar paredes: é tomar decisões responsáveis desde o primeiro traço no papel. A prevenção, muitas vezes subestimada, é a base de uma obra segura, econômica e duradoura.
No setor da construção civil, onde os investimentos são altos e os riscos ainda maiores, negligenciar o planejamento preventivo pode custar caro - literalmente.
Em 2024, o setor da construção civil foi responsável por movimentar cerca de R$ 359,5 bilhões, registrando um crescimento de 4,3% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo o IBGE.
Esse avanço gerou impactos positivos também no mercado de trabalho, com mais de 7,8 milhões de pessoas empregadas na área. No entanto, o bom desempenho contrasta com os desafios enfrentados em 2025: só no primeiro semestre deste ano, o setor registrou duas quedas consecutivas no PIB, de 0,8% e 0,2%, reflexo do ambiente macroeconômico de juros altos e crédito restrito.
Neste cenário, cada erro custa caro. Estudo do setor aponta que até 70% dos custos de uma obra poderiam ser reduzidos com o uso adequado de práticas preventivas. Isso inclui desde o planejamento do projeto até a gestão da segurança no canteiro.
Por isso, economizar na fase inicial pode parecer vantajoso, mas costuma levar a retrabalhos, atrasos, desperdício de materiais e até riscos à integridade das estruturas e das pessoas.
Em relação às pessoas, os riscos são reais.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil registrou 499.955 acidentes típicos de trabalho, com 2.888 mortes - sendo a construção civil um dos setores mais afetados em 2023.
Em São Paulo, por exemplo, só em 2024, foram identificados 11.987 acidentes no setor, ocasionando em 57 mortes, um aumento em relação aos 52 óbitos em 2023. O primeiro trimestre de 2025 já indicava um crescimento de 13,9% nos acidentes, reforçando a necessidade urgente de uma cultura preventiva mais sólida.
Porém, muitos poderiam ser evitados com o cumprimento rigoroso das normas técnicas, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos periódicos, projetos bem dimensionados e fiscalização constante. Além do custo humano - impossível de mensurar -, os acidentes trazem prejuízos financeiros, paralisações, ações judiciais e danos à reputação das empresas envolvidas.
Além disso, a prevenção também passa por decisões estratégicas, como a análise correta do solo, respeito à legislação urbanística, uso de materiais certificados e contratação de profissionais habilitados. Um projeto que prevê questões estruturais, ambientais e logísticas desde o início reduz drasticamente as chances de erros e aumenta a vida útil da edificação.
Vale lembrar que, mesmo em obras de pequeno porte, as falhas podem ser graves. Infiltrações, rachaduras, sobrecargas, colapsos de estruturas e acidentes com trabalhadores são consequências de falhas evitáveis na fase de planejamento e execução.
Portanto, construir com prevenção é construir com inteligência, transformar o canteiro de obras em um espaço seguro, produtivo e sustentável.
Proteger os investimentos, vidas e o meio ambiente. Em um setor que emprega milhões de brasileiros e movimenta bilhões todos os anos, a prevenção não pode ser encarada como custo, mas como a melhor forma de garantir retorno.
Um dos pilares da prevenção está na impermeabilização adequada, etapa muitas vezes negligenciada, mas que é decisiva para a proteção e longevidade das construções.
A umidade é um dos principais agentes de degradação de edificações, podendo causar infiltrações, corrosão de armaduras, mofo, perda de desempenho térmico e até comprometimento estrutural. Investir em soluções impermeabilizantes desde as fundações até a cobertura evita retrabalhos e reduz custos de manutenção ao longo dos anos.
Além disso, o uso de produtos de qualidade, aplicados conforme as normas técnicas e por profissionais capacitados, garante não apenas a estanqueidade, mas também o conforto, a salubridade e a valorização do imóvel
Vale concluir que se o Brasil quiser continuar avançando na construção de cidades mais seguras e eficientes, precisa, antes de tudo, começar a construir com mais consciência. Porque o verdadeiro alicerce de qualquer obra sólida não é o concreto - é o planejamento e a prevenção.
* Jorge Lima é Diretor Técnico Comercial da Viapol, empresa especializada em soluções para a construção civil
12 de novembro 2025
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