Assessoria de Imprensa
04/11/2021 11h00 | Atualizada em 04/11/2021 14h17
Marcus Granadeiro*
Tema em discussão desde 2019, o 5G parece entrar na reta final com a formalização do seu edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que prevê a realização do leilão em novembro. As expectativas têm envolvido diferentes setores, entre eles o da Engenharia e Construção, que nos últimos anos vem avançando com novas tecnologias para a digitalização de canteiros.
Quando pensamos em transformação digital nessa área, estamos tratando do uso de dados e, dentro deste aspecto, a cultura “data driven” pega carona em iniciativas como o Building Information Modelling (BIM
...Marcus Granadeiro*
Tema em discussão desde 2019, o 5G parece entrar na reta final com a formalização do seu edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que prevê a realização do leilão em novembro. As expectativas têm envolvido diferentes setores, entre eles o da Engenharia e Construção, que nos últimos anos vem avançando com novas tecnologias para a digitalização de canteiros.
Quando pensamos em transformação digital nessa área, estamos tratando do uso de dados e, dentro deste aspecto, a cultura “data driven” pega carona em iniciativas como o Building Information Modelling (BIM ou Modelagem de Informações da Construção), que vem ganhando espaço no mercado, principalmente agora com a obrigatoriedade da sua adoção desde janeiro nas execuções diretas ou indiretas de obras e serviços de engenharia realizadas pelos órgãos ou pelas entidades da administração pública federal.
Se estamos falando de um modelo integrado como o BIM, para que sua real aplicação ocorra é necessário conectar diferentes tecnologias e, consequentemente, inúmeros dados para que a modelagem digital ocorra.
Um dos exemplos é a nuvem de pontos, que funciona a partir de um equipamento a laser. Em movimento, a luz do laser capta inúmeros pontos de um ambiente para formar uma superfície, que será a base para o modelo digital, levando ao BIM ainda mais precisão na modelagem.
Porém, a nuvem de pontos captada numa obra gera um arquivo pesado, que atualmente, com o uso do 4G, é impossível transferir para uma aplicação móvel instalada num smartphone, por exemplo.
É aí que a velocidade de download e navegação do 5G, que aumentará de 10 a 20 vezes em relação à banda atual, trará economia de tempo e dinheiro ao setor da engenharia. O ganho de agilidade com essa conexão resultará na redução de erros, esforços desnecessários e retrabalhos, além de transformar o canteiro de obra num verdadeiro ambiente digital.
Na esteira da digitalização, o avanço na transferência e no uso de dados do setor também permitirá que tecnologias como o Deep Learning, que promove análises mais profundas a partir do uso da Inteligência Artificial (IA) e do Machine Learning (ML), apoie às decisões relacionadas a suprimentos, ao planejamento, à supervisão da obra e ao gerenciamento de contratos, sem falar do projeto em si.
Ou seja, o setor de engenharia e construção pode obter inúmeros benefícios tanto em agilidade quanto em custo envolvidos no gerenciamento de obras e no envolvimento de pessoas com a chegada do 5G. Agora é só esperar por esta nova cobertura.
*Marcus Granadeiro é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).
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