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Revista GC - Ed.3 - Abril 2010
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Métrica Industrial - Impermeabilização

Um projeto para medir a indústria brasileira

Ao contrário dos Estados Unidos e de outros países que produzem estatísticas regulares sobre setores de sua economia, o Brasil tem pouca tradição e empenho em criar  índices e métricas. A maior parte das iniciativas é de instituições privadas ou resultado de pesquisas de mercado. É o caso da Copa do Mundo de 2014. Uma avaliação preliminar do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) indica que um dos principais gargalos de infraestrutura para o evento no Brasil é a área de tecnologia da informação e comunicação, denominada de TIC. Com essa informação na mão, sabemos que o setor de TIC iniciou um pleno movimento de divulgação. Um exemplo é a iniciativa de inclusão digital usando tecnologias inovadoras de telecomunicações sem fio provendo internet de banda larga para os potenciais turistas que devem visitar o Rio de Janeiro e outras cidades-sede. Sem a métrica do Sinaenco, poderiamos não avançar de forma consistente.

Assim como os números do Sinaenco, gostariamos de apresentar uma visão analitica de setores ligados à construção civ


Ao contrário dos Estados Unidos e de outros países que produzem estatísticas regulares sobre setores de sua economia, o Brasil tem pouca tradição e empenho em criar  índices e métricas. A maior parte das iniciativas é de instituições privadas ou resultado de pesquisas de mercado. É o caso da Copa do Mundo de 2014. Uma avaliação preliminar do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) indica que um dos principais gargalos de infraestrutura para o evento no Brasil é a área de tecnologia da informação e comunicação, denominada de TIC. Com essa informação na mão, sabemos que o setor de TIC iniciou um pleno movimento de divulgação. Um exemplo é a iniciativa de inclusão digital usando tecnologias inovadoras de telecomunicações sem fio provendo internet de banda larga para os potenciais turistas que devem visitar o Rio de Janeiro e outras cidades-sede. Sem a métrica do Sinaenco, poderiamos não avançar de forma consistente.

Assim como os números do Sinaenco, gostariamos de apresentar uma visão analitica de setores ligados à construção civil nesse espaço da Grandes Construções. Mensalmente, o Métrica Industrial vai destacar um segmento que é influenciado ou influencia a construção civil, trazendo números e avaliações. Esse espaço ocorre por uma parceria entre a Diagrama Mar-keting Editorial, que produz a revista Grandes Construções e a Canaris Informação Qualificada, agência de informação que produz o Métrica Industrial como uma newsletter. A origem do termo por si só explica nossa missão: newsletter originalmente indicava o documento, na forma de carta, que trazia um resumo da frente de batalha para o comandante que estava na retaguarda. Ela consolidava informações valiosas para a tomada de decisões.

Atuante e estudiosa do mercado B2B, a Canaris tem elaborado diversas newsletters. Sabemos que os formatos de transmissão mudaram, mas o conteúdo, analítico e bem produzido, ainda continua sendo uma matéria-prima valiosa. E é isso que pretendemos oferecer nesse espaço.

As construtoras são o principal usuário dos impermeabilizantes, apesar dos processo representar apenas 2% do custo médio de uma obra imobiliária, o segmento onde a penetração da tecnologia é maior. Apesar de ser parte fundamental do processo, não são elas que executam o projeto e/ou a aplicação direta dos impermeabilizantes, razão pela qual entrevistamos também os chamados aplicadores, empresas especializadas na escolha e na implementação dos produtos nas obras. Para completar o circuito e medir a temperatura de adoção dos insumos, os distribuidores de materais de construção foram ouvidos.

Das construtoras entrevistadas, 18 formalmente responderam a um questionário padrão. E outras cinco foram consultadas de forma diferenciada e não tiveram os seus dados lançados na amostra, compondo uma etapa de detalhamento de questões levantadas no primeiro grupo. Entre as ouvidas formalmente como pesquisa padrão, 67% atuam no segmento de obras imobiliárias.

O segundo setor com forte atuação entre os pesquisados é o de infraestrutura (portos, saneamento, telecomunicações). A construção industrial foi citada como atividade por 28% dos entrevistados. Apenas uma das 18 entrevistadas tem obra de construção rodoviária.

A maioria das construtoras ouvidas (22) estão entre as maiores do setor. A lista contempla dois dos maiores grupos nacionais  (somando sozinhos R$ 6,5 bilhões de faturamento em 2008). O levantamento ouviu construtoras com menor faturamento, mas cuja participação no mercado imobiliário é significativa, sendo elencadas como líderes em seus segmentos. A maior parte das empresas ouvidas (31%) apresenta faturamento entre R$ 11 milhões e R$ 50 milhões. As empresas com faturamento entre R$ 201 milhões e R$ 300 milhões são 23% da amostra. Duas indicaram um faturamento superior a R$ 1 bilhão.

Um quarto grupo de 12 fabricantes de produtos para impermeabilização foi acrescentado a esse levantamento, de forma indireta. Com isso, fechou-se um grupo de 62 especialistas no tema impermeabilização.

A pesquisa confirma que a indústria da construção civil é o principal ator na cadeia de impermeabilizantes no Brasil e para 80% das construtoras ouvidas no levantamento o consumo de impermeabilizantes vai aumentar em 2010 e 2011. O dado ganha relevância porque a pesquisa foi realizada antes do anúncio do Brasil como sede das Olimpiadas de 2016, evento que junto com a Copa de 2014 funciona como impulsionador de investimentos em infraestrutura urbana.

Embora tenha ouvido três grupos distintos de empresas na pesquisa primária (construtoras, aplicadores e distribuidores), o levantamento aplicou questões comuns à elas. Entre os questionamentos gerais constou a avaliação dos fatores que impedem o maior uso de impermeabilizantes.

Os três grupos foram consensuais em apontar a falta de cultura de uso como principal desafio a ser vencido pelos que defendem a adoção dos impermeabilizantes. Essa percepção é mais intensa para quem está na ponta do mercado, caso dos distribuidores: 64% apontaram o fator. Cinquenta e seis por cento (56%) das construtoras indicaram a mesma questão, seguido pelos aplicadores (53,3%).

Se a falta de cultura de uso é a principal barreira de adoção do impermeabilizante, o preço é o fator definidor na escolha das construtoras que tem a cultura de uso do produto. O fator foi apontado por 72% dos entrevistados no levantamento. No caso dos aplicadores, profissionais com contato mais direto com os fabricantes, o preço competitivo coerente com a oferta aparece empatado (33%) com o quesito credibilidade do fornecedor.

Com isso, podemos estabelecer um quadro resumido do cenário de uso de impermeabilizantes no Brasil: os produtos não são mais usados porque falta cultura de uso (a mão-de-obra não qualificada aparece como segunda barreira) e quem compra define essa aquisição pelo preço, embora os profissionais com maior proximidade dos fornecedores considerem o critério credibilidade como um fator chave da escolha.

Esse grupo mais próximo – os aplicadores – indica que ele seria o único decisor na escolha dos produtos na maioria dos casos. Para 46,5% deles a definição do fornecedor é tarefa exclusiva de quem especifica e aplica os produtos. Portanto para os fabricantes que estabeleceram a estratégia de aproximação com as empresas aplicadoras, a regra é casar credibilidade e preço.

Os fabricantes devem ficar atentos também ao que as construtoras têm demandado em termos de produtos. A manta asfáltica continua na liderança do processo, apesar do avanço de insumos não-asfálticos: ela é usada por 81% das construtoras pesquisadas. Os impermeabilizantes acrílicos aparecem no segundo lugar, com adoção por 62% dos entrevistados, acompanhados de perto pelas membranas impermeabilizantes (61%) e pelas membranas anti-corrosivas a base de poliuretano (53,5%). As fitas asfálticas são indicadas por apenas 15% dos entrevistados, indicando sua pouca visibilidade.

Além de mapear o chamado mercado profissional, a pesquisa também levantou questões sobre a compra de impermeabilizantes no mercado de varejo, ouvindo os distribuidores de materiais de construção. Considerando o ranking da Anamaco (2009), que listou os 55 maiores lojistas do setor de construção civil do País, a pesquisa ouviu 20% desse total e cinco entre as 10 maiores empresas do setor.

Como têm contato direto com o consumidor final, os distribuidores foram questionados quanto aos fatores de escolha na compra dos impermeabilizantes. Para 82% deles, os chamados promotores, profissionais contratados pelos fabricantes, são o principal formador de opinião na escolha do produto. O funcionário da loja de materiais de construção civil aparece secundariamente (55%). A informação do fabricante, o preço e a experiência anterior com a marca têm um apelo secundário de acordo com os distribuidores.  Assim como entre as construtoras, a manta asfáltica aparece como produto mais popular, indicado por 45% dos distribuidores como um produto comercializado nas lojas.

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