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Revista GC - Ed.76 - Jan/Fev 2017
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Startups 2017

Um caminho para o amanhã

Grandes empresas se unem em torno de startups que desenvolvam soluções construtivas para as cidades

Comitê de  executivos: da esquerda para a direita, Thiago Ururahy, head da ACE Corp; Sandro Silva, gerente de inovação da Tigre; Luiz Medaglia, consultor de inovação Gerdau; Arthur Garutti, COO ACE; André Gama Schaeffer, VP de Suporte a Negócios da InterCement e Maurício Gasperini, head de pesquisa e desenvolvimento da Vedacit

A ACE, que já foi eleita por três vezes como Melhor Aceleradora de Startups da América Latina, pela LatAm Founders, está à frente de um programa inédito para escolher e apoiar o desenvolvimento de startups com foco em inovações urbanísticas para as cidades brasileiras.  O W.I.P. (Work in Progress) é um programa que visa encontrar novas soluções que tragam às grandes cidades brasileiras melhor qualidade de vida, sustentabilidade e eficiência nas operações para os próximos anos. Para isso, ele conta com a participação da Gerdau, InterCement, Tigre e Vedacit como apoiadoras e participantes desse projeto.

As inscrições ocorreram até o inicio de janeiro, atraindo 100 interessadas. Em janeiro foi iniciada a fase de análise de t


Comitê de  executivos: da esquerda para a direita, Thiago Ururahy, head da ACE Corp; Sandro Silva, gerente de inovação da Tigre; Luiz Medaglia, consultor de inovação Gerdau; Arthur Garutti, COO ACE; André Gama Schaeffer, VP de Suporte a Negócios da InterCement e Maurício Gasperini, head de pesquisa e desenvolvimento da Vedacit

A ACE, que já foi eleita por três vezes como Melhor Aceleradora de Startups da América Latina, pela LatAm Founders, está à frente de um programa inédito para escolher e apoiar o desenvolvimento de startups com foco em inovações urbanísticas para as cidades brasileiras.  O W.I.P. (Work in Progress) é um programa que visa encontrar novas soluções que tragam às grandes cidades brasileiras melhor qualidade de vida, sustentabilidade e eficiência nas operações para os próximos anos. Para isso, ele conta com a participação da Gerdau, InterCement, Tigre e Vedacit como apoiadoras e participantes desse projeto.

As inscrições ocorreram até o inicio de janeiro, atraindo 100 interessadas. Em janeiro foi iniciada a fase de análise de todos os inscritos. A segunda fase inclui entrevistas e apresentação dos finalistas para o Comitê formado pelos executivos da ACE e das empresas patrocinadoras, para a avaliação. O resultado e as escolhidas serão divulgados no início de março. E em abril se inicia o processo de aceleração. Ao final, seis empresas devem ser escolhidas para passar pelo programa de aceleração.

Foram definidos quatro frentes de interesse do programa: Ambiente Residencial ; Ambiente Industrial/Comercial;  Inovação nos Serviços Externos  e Serviço de Valor Agregado . “Esperamos realmente impactar positivamente mais uma vez o ecossistema. Fico feliz de saber que temos ao lado gigantes do mercado de construção. Isso traz mais segurança a todos de que teremos grandes startups conosco em breve”, afirma Pedro Waengertner, fundador da ACE.

“Existe uma demanda urgente e não atendida por soluções de urbanização, seja pelo déficit habitacional, seja pela superpopulação em grandes centros. Pelo porte do projeto e de seus apoiadores, o programa já nasce com a missão de lançar soluções de nível global para essas questões, e estamos muito animados com a possibilidade de gerar um real impacto no PIB (Produto Interno Bruto) através da união de startups e grandes empresas. É um projeto ousado da ACE e de todos os parceiros, não apenas por unir gigantes de um único setor, mas principalmente pelo propósito”, afirma Waengertner.

Segundo dados recentes de uma pesquisa divulgada pela Universidade de Cambridge, Reino Unido, dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão ter dificuldades de acesso à água potável em 2025. Em 2100, a capacidade humana de extrair cobre do solo será menor que a demanda por ele. Segundo a ONU, a área global construída será três vezes maior do que é hoje.

Foi a partir de projeções mundiais como essas que surgiu o programa para iniciar o desenvolvimento da “Urbanização do Amanhã”: O processo de aceleração de startups integra a estratégia de inovação da Gerdau. Entendemos que, com esse trabalho em conjunto, conseguiremos discutir soluções que possam atender nossas necessidades e dos nossos clientes. “Além disso, com esse contato direto com as startups, temos acesso ao que há de mais inovador no mercado, o que auxilia a alavancar o negócio da empresa”, comenta Gustavo Werneck, Diretor da Operação Aços Brasil da Gerdau.

Um dos pontos mais críticos do cenário atual é o crescimento na demanda por energia, agilidade de construção e custos com infraestrutura. “Trata-se de uma iniciativa importante para atuarmos na oferta de soluções que contribuam para um mundo melhor, contando com a participação de parceiros com know-how diferente e complementar àquele que possuímos, e que nos levará a novos negócios, que nos mantenham como referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis”, avalia Sandro Luis Silva, Gerente de Inovação do Grupo Tigre.

Se esses já não são motivos suficientes, o programa quer ajudar a sociedade como um todo que está também em busca de gatilhos para um novo modelo urbano, mais inteligente, sustentável e conectado. “O consumidor busca produtos que facilitam a rotina, para que tenha mais tempo para aproveitar a cidade e a família. A qualidade de vida vem em primeiro lugar. A Vedacit investe em soluções que agregam valor ao dia-a-dia das pessoas, que podem ser utilizados de diversas formas, levando a expertise da empresa para o cotidiano. O programa vem de encontro a essa premissa, ampliando esse conceito e compartilhando conhecimento e tecnologia entre empresas que são referência em seus setores e as startups”, afirma Alexandre Baumgart, diretor da Vedacit.

Para as startups, é uma oportunidade única de trabalhar lado a lado com essas empresas e ter acesso aos mentores/executivos das empresas parceiras, aos mercados de atuação e à expertise de aceleração da ACE. “A InterCement, por meio da Neogera, o braço de inovação para a aceleração de negócios inovadores, pequenos negócios, acredita que um dos caminhos para transformar a cadeia de construção e atender a demanda futura, é através de inovação. Nossa parceria vem para concretizar essa crença” completa André Gama, Vice-Presidente de Suporte aos Negócios da InterCement.

Da ideia À prática

De acordo com Thiago Ururahy, da ACE Corp Head of Products, a empresa já conduzia um programa de aceleração de startups junto à InterCement. “A parceria para o programa surgiu da percepção de que as inscrições eram mais abrangentes do que os negócios específicos que a InterCement buscava desenvolver, mas ainda assim eram ideias bastante inovadoras para o setor de Construção Civil. Efetuamos o contato com os demais parceiros - Tigre, Vedacit e Gerdau - ao longo do ano e montamos o programa”, diz ele. “O importante é garantirmos a qualidade tanto das ideias quanto da equipe de empreendedores. O resultado será divulgado no início de março”.

As empresas que passarão pelo programa de aceleração pela equipe da ACE, terão acesso à metodologia, espaço de trabalho integrado, um acelerador dedicado e contato direto com toda a rede de mentores e parceiros da ACE. Startups que se destaquem terão a chance de seguir para uma segunda etapa de aceleração, onde há aporte de capital.  “No total, serão quatro meses do programa ACE Start, através do qual as startups passam pelo processo de validação do produto, canais de vendas e mercado. A aceleração pode ocorrer no ACE Campus em São Paulo ou nos hubs regionais (Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro)”, explica o executivo.

Para Thiago Ururahy, o objetivo de cada startup já será altamente impactante para a sociedade, com temas como cidades inteligentes e mais humanas, e melhoria nos processos de construção, impacto ambiental, redução do déficit habitacional, entre outros. As empresas participantes do programa possuem um papel relevante no programa, ao permitirem acesso ao mercado, plataformas de testes e orientação junto a seus executivos mais seniores do mercado. “As quatro empresas fornecem um acesso que dificilmente uma startup conseguiria fora de um programa nesses moldes”, diz o executivo.

De acordo com estudos da empresa, os principais pontos críticos encontram-se nas áreas de marketing e vendas seguidas por desenvolvimento técnico. O Brasil é um dos grandes celeiros de ideias, mas que ainda carece de educação empreendedora. E esse é o papel que a ACE quer desempenhar acima de tudo: desenvolver o ecossistema, diz.

“O mercado de Construção Civil vem há muito tempo executando seus processos da mesma forma, sem voltar os olhos para a inovação. O que muitos enxergariam como um problema, nós enxergamos como um imenso gap de oportunidades para fomentarmos. E não falo apenas de soluções tecnológicas (como aplicativos de vendas ou hardwares de monitoramento), mas também da melhoria de processos produtivos, logística e mobilidade, relação entre empresas e consumidores, entre outros. O país é um mar de oportunidades para quem estiver preparado”, conclui.

 

 

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