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Revista GC - Ed.30 - Setembro 2012
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Concrete Show

Sem medo do apagão da matéria-prima

Setor do concreto se reorganiza para atender ao crescimento da demanda no país

Realizada nos dias 29, 30 e 31 de agosto, o Concrete Show reuniu a cadeia produtiva do cimento e da construção civil da América Latina. Cerca de 550 empresas nacionais e internacionais, em paralelo a uma programação de 150 palestras simultâneas sobre tecnologias, atraíram mais de 29 mil visitantes. Ao todo foram mais de 60.000 m² de exposição de maquinários, equipamentos, aditivos, produtos e soluções em sistemas construtivos à base de cimento.

Segundo Cláudia Godoy, diretora-geral da UBM Sienna, organizadora do evento, as estimativas mostram que foram movimentados cerca de R$ 880 milhões no evento deste ano, um crescimento de 10% em relação ao ano passado. A expectativa dos participantes do Concrete Show é de que os setores de construção civil e infraestrutura tenham, nos próximos anos, um cenário de crescimento sustentado e consolidado. É o que aponta Arcindo Vaquero y Mayor, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc): "Nosso setor ainda não atingiu o seu ápice. Ainda há muito que crescer”. O presidente do Sinduscon-SP, Sérgio Watanabe, concor


Realizada nos dias 29, 30 e 31 de agosto, o Concrete Show reuniu a cadeia produtiva do cimento e da construção civil da América Latina. Cerca de 550 empresas nacionais e internacionais, em paralelo a uma programação de 150 palestras simultâneas sobre tecnologias, atraíram mais de 29 mil visitantes. Ao todo foram mais de 60.000 m² de exposição de maquinários, equipamentos, aditivos, produtos e soluções em sistemas construtivos à base de cimento.

Segundo Cláudia Godoy, diretora-geral da UBM Sienna, organizadora do evento, as estimativas mostram que foram movimentados cerca de R$ 880 milhões no evento deste ano, um crescimento de 10% em relação ao ano passado. A expectativa dos participantes do Concrete Show é de que os setores de construção civil e infraestrutura tenham, nos próximos anos, um cenário de crescimento sustentado e consolidado. É o que aponta Arcindo Vaquero y Mayor, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc): "Nosso setor ainda não atingiu o seu ápice. Ainda há muito que crescer”. O presidente do Sinduscon-SP, Sérgio Watanabe, concorda e aponta um dos caminhos possíveis: “O Brasil tem um déficit habitacional superior a 5 milhões, sendo que 80% desse índice é para atender famílias com renda de até três salários mínimos. Há muito o que se fazer e a construção civil está preparada para isso".

As empresas da área de concreto e construção civil estão se movimentando para atender ao crescimento do mercado, alavancado pelos diversos investimentos e empreendimentos principalmente na área de infraestrutura.

Expansão

A empresa alemã Liebherr, por exemplo, iniciou a operação de sua nova fábrica de betoneiras no Brasil em junho deste ano, em Guaratinguetá (SP). Com a ampliação da área fabril, feita em duas etapas, a planta da empresa soma área total de 10.560 m2 e capacidade de produção de mais de três mil betoneiras por ano. A expansão realizada nos últimos três anos somou investimentos totais de R$ 18 milhões. Entre 2009 e 2010, a empresa iniciou o processo de ampliação da fábrica, passando da capacidade de 900 betoneiras/ano para 1500. A primeira etapa da ampliação, embora guiada pela expectativa do aumento de obras civis para a Copa do Mundo de 2014 e pelo próprio crescimento do mercado imobiliário do país, foi mais conservadora.

Já em 2011, a empresa operava com capacidade máxima, quando produziu quase 1.600 betoneiras, sendo 1.300 máquinas novas e 300 tambores reformados. Assim, iniciou a segunda fase da ampliação, com investimentos maiores, principalmente para aquisição de maquinários e que elevou a capacidade de produção até a atual.

A nova linha de produção de betoneiras adota os conceitos Lean Manufacturing da indústria automotiva e trouxe mais sistematização para a produção, o que reduziu substancialmente o tempo de produção das betoneiras. Um dos fatores que colaborou para essa redução foi a aquisição de máquinas de corte e de dobra de alta tecnologia e inéditas no Brasil.

A nova linha de produção funciona paralelamente à antiga, ainda responsável por grande parte da produção da Liebherr. O galpão onde está instalada a nova fábrica, ainda está sendo utilizado por outras linhas de produtos da empresa. A expectativa é que entre outubro e novembro, a fábrica nova esteja operando com todo seu potencial, sendo ela a responsável pela produção da maior parte das betoneiras. Em 2012, a Liebherr irá produzir cerca de 1.500 betoneiras.

Com capacidade entre 6 m3  e 12 m3,  as betoneiras Liebherr são concebidas para serem operadas facilmente por meio de sistemas robustos de acionamento e controle, priorizando a segurança do operador. Os sistemas de pressurização do tanque de água são de fácil operação e possuem válvula de segurança, assim como o tambor que com sua trava garante manutenção segura. As escadas e plataformas da betoneira cumprem requisitos industriais de prevenção de acidentes, que permitem acesso seguro à área de carga de betoneiras em operações de lavagem, dentre outros diferenciais.

A empresa oferece um centro especializado em serviços de betoneiras, com estoque de reposição, área de reformas e reparos e um centro de treinamento adequado à capacitação de clientes. A série de betoneiras da Liebherr faz parte da ampla linha de equipamentos de tecnologia do concreto da empresa, que inclui também plantas dosadoras e sistemas de reciclagem de concreto.

Mais tecnologia para preparo do concreto

A Putzmeister também quer abocanhar uma fatia do mercado do segmento de concreto. Tradicional na produção de bombas de concreto, a Putzmeister introduz a autobetoneira no portfólio de produtos, ampliando a linha de maquinário para a construção as betoneiras passaram a fazer parte da linha Putzmeister a partir da aquisição da fabricantes alemã Intermix.

As autobetoneiras começam a ser distribuídas em todo o mundo na rede de vendas da Putzmeister e, em alguns países, como o Brasil, ela poderá ser produzida localmente. “Estamos ampliando nossa atuação na cadeia do concreto e estamos muito otimistas em relação ao Brasil com a autobetoneira”, disse Romano Rosa, presidende da Putzmeister no Brasil. Segundo ele, com os investimentos em infraestrutura e construção, o país não poderia apresentar um melhor momento para a cadeia do concreto. “Com a autobetoneira, agora temos uma linha mais completa para atender à indústria do concreto”, explicou.  Além da autobetoneira, a empresa aposta nas autobombas lanças para concreto, mais leves, como o modelo BSF42-5 16H, dotada de cinco braços, podendo abrir em espaços reduzidos (mínimo 8,60 m). Dotada de bombeio com capacidade para bombear até 160 m3/hora, pode ser montada em chassi de 8 x 4. A Putzmeister foi fundada em 1958, na Alemanha, e está presente no Brasil desde 1973, com unidades em Atibaia. Hoje, a empresa é parte do grupo chinês Sany.

BMC destaca Spritz e Autobombas

A BMC aposta na bomba para concreto projetado Spritz e nas autobombas com componentes nacionais. Adequada para áreas externas e túneis, o Spritz tem capacidade para 300 litros e produção teórica de 30 m3 /h em 16 ciclos por minuto. Na área de autobombas, são disponibilizadas quatro modelos de autobombas, com componentes nacionais e configurações que vão de 49 a 90 m3/h. Os equipamentos têm material de desgaste para 30 m3, sistema de autolubrificação por meio de bomba hidráulica e painel LCD que monitora o desempenho da bomba e do motor.

 

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