De acordo com um estudo da empresa britânica especializada em monitoramento de cobertura móvel, OpenSignal, a internet móvel 4G das quatro maiores operadoras do Brasil fica indisponível mais da metade do tempo. Em termos de 3G, os usuários das quatro operadoras brasileiras não conseguem acessar o sinal em pelo menos 16% do tempo. Comparado com os países desenvolvidos a proporção do serviço chega a ser quase o dobro com as brasileiras. Na Coreia do Sul, o LTE (Long Term Evolution, tecnologia usada no 4G brasileiro) está acessível em 95% do tempo, contra 86% no Japão, 78% nos Estados Unidos e 64% no México.
No último relatório global sobre 4G, o Brasil ocupou a 20ª posição global de velocidade, mas a 30ª em cobertura. “A velocidade é excelente, mas não adianta se não consegue sinal confiável. É comum que redes com poucos usuários, como é o caso do Brasil, apresentem altas velocidades de download. O Brasil encerrou maio com 11,8 milhões de acessos móveis via LTE, contra cerca de 168 milhões por 3G”, apontou o diretor executivo da OpenSignal, Brendan Gill.
<De acordo com um estudo da empresa britânica especializada em monitoramento de cobertura móvel, OpenSignal, a internet móvel 4G das quatro maiores operadoras do Brasil fica indisponível mais da metade do tempo. Em termos de 3G, os usuários das quatro operadoras brasileiras não conseguem acessar o sinal em pelo menos 16% do tempo. Comparado com os países desenvolvidos a proporção do serviço chega a ser quase o dobro com as brasileiras. Na Coreia do Sul, o LTE (Long Term Evolution, tecnologia usada no 4G brasileiro) está acessível em 95% do tempo, contra 86% no Japão, 78% nos Estados Unidos e 64% no México.
No último relatório global sobre 4G, o Brasil ocupou a 20ª posição global de velocidade, mas a 30ª em cobertura. “A velocidade é excelente, mas não adianta se não consegue sinal confiável. É comum que redes com poucos usuários, como é o caso do Brasil, apresentem altas velocidades de download. O Brasil encerrou maio com 11,8 milhões de acessos móveis via LTE, contra cerca de 168 milhões por 3G”, apontou o diretor executivo da OpenSignal, Brendan Gill.
Obstáculos
Uma das grandes dificuldades que as operadoras enfrentam atualmente é conseguir a liberação de espaço para a instalação de novas antenas, o que dificulta a melhoria da disponibilidade da rede 4G, que estreou no Brasil em 2013 após ter sido realizado o leilão das faixas de 450 MHz e 2,5GHz. No ano passado, a Anatel promoveu o leilão da faixa de 700 MHz, que permitirá maior penetração da tecnologia, mas que ainda demorará alguns anos para entrar em funcionamento.
De acordo com o presidente da Anatel, João Batista de Rezende, a contagem é regressiva para o fim das transmissões analógicas da TV aberta. A TV analógica ocupa a frequência de 700MHz, usada mundialmente para prestação de serviços móveis de quarta geração. Isso significa que ainda precisamos de um ano para que a qualidade do 4G nacional seja superior. Com a digitalização do sinal da TV aberta, a radiofrequência será utilizada para ampliar o serviço de telefonia e internet de quarta geração no Brasil, que desde 2013 é prestado na radiofrequência de 2,5GHz. A Agência tem um cronograma de desligamento do sinal analógico que vai até 2018. Em 2016, o Distrito Federal e mais 11 cidades de Minas Gerais e Goiás formam a primeira grande região prevista para ser desligada.
Recentemente, foi sancionada pela Presidência da República a Lei das Antenas, que dará um novo ritmo ao processo de licenciamento para a instalação da infraestrutura de telefonia celular e banda larga móvel no País, desburocratizando o processo e permitindo a melhoria da capacidade das redes e qualidade dos sinais. No Brasil existem mais de 300 leis municipais que dificultam e atrasam a instalação de antenas. Outro grande avanço é dispensar o licenciamento para antenas de pequeno porte em áreas urbanas, o que agiliza a expansão da cobertura. A lei também dispensa de licenciamento antenas com características técnicas equiparadas a instalações já feitas em conformidade com a regulamentação da Anatel.
Também está definido na nova lei que não será exigido, em novos contratos, o pagamento pelo direito de passagem em vias públicas, faixas de domínio e em outros bens públicos de uso comum do povo, inclusive em regime de concessão, como rodovias e ferrovias. Isso contribui para a oferta de serviços de telecomunicações em localidades que não estão contempladas em programas de incentivos federais por serem pouco atrativas economicamente.
Investimentos
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, SindiTelebrasil, afirma que as prestadoras de telefonia móvel investem constantemente na expansão de suas redes, na ampliação de cobertura e capacidade e na melhoria da qualidade dos serviços. Especialmente na rede 4G, os investimentos podem ser comprovados pelo número de cidades atendidas, que é quatro vezes maior que a meta definida pelo órgão regulador. De acordo com a entidade, o 4G já chega a 194 cidades que concentram 52% da população brasileira, enquanto a meta de atendimento é de 45 cidades com mais de 500 mil habitantes. O mesmo ocorre com o 3G, cujas redes estão instaladas em 4.241 municípios onde moram 94% dos brasileiros, enquanto a meta é de 1.501 municípios. Os acessos em banda larga móvel somam 199,5 milhões no Brasil, destes, 16,5 milhões são em 4G.
Segundo informações da Associação Brasileira de Telecomunicações, Telebrasil, as prestadoras de serviços de telecomunicações investiram R$ 12 bilhões no primeiro semestre de 2015, que correspondem a 4,7% da Formação Bruta do Capital Fixo e a 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. O montante vem em linha com o investimento feito no mesmo período do ano passado – R$ 12,3 bilhões. Nos últimos 17 anos, o setor privado de telecomunicações aportou mais de R$ 390 bilhões, a preços concorrentes, incluindo o pagamento de outorgas. Em valores atualizados, seriam mais de meio trilhão de reais, garante a entidade.
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