Um estudo inédito sobre desenvolvimento urbano, denominado “How to make a city great” (Como fazer uma grande cidade) apontou algo já sabido, mas que não custa nada relembrar e, se possível, a todo o momento: uma grande cidade, para ser bem-sucedida, deve se destacar por três aspectos – economia, meio ambiente e sociedade. Outra constatação da pesquisa, e algo largamente discutido, é que não dá para ser uma grande cidade se não começar cuidando das questões primárias.
Os três aspectos destacados no estudo realizado pela consultoria global McKinsey, fomentam características decisivas para a cidade que tem como meta ser “grande” – e não é no sentido físico: capacidade de buscar crescimento inteligente e fazer mais com menos. Mas para se chegar ao objetivo é preciso foco no planejamento da cidade em si e de sua região metropolitana, na integração com o meio ambiente e na concepção de que todos devam se beneficiar da prosperidade do lugar.
Esse tipo de constatação trazido à tona pelo levantamento só reforça que o básico não pode ser deixado de lado e que par
Um estudo inédito sobre desenvolvimento urbano, denominado “How to make a city great” (Como fazer uma grande cidade) apontou algo já sabido, mas que não custa nada relembrar e, se possível, a todo o momento: uma grande cidade, para ser bem-sucedida, deve se destacar por três aspectos – economia, meio ambiente e sociedade. Outra constatação da pesquisa, e algo largamente discutido, é que não dá para ser uma grande cidade se não começar cuidando das questões primárias.
Os três aspectos destacados no estudo realizado pela consultoria global McKinsey, fomentam características decisivas para a cidade que tem como meta ser “grande” – e não é no sentido físico: capacidade de buscar crescimento inteligente e fazer mais com menos. Mas para se chegar ao objetivo é preciso foco no planejamento da cidade em si e de sua região metropolitana, na integração com o meio ambiente e na concepção de que todos devam se beneficiar da prosperidade do lugar.
Esse tipo de constatação trazido à tona pelo levantamento só reforça que o básico não pode ser deixado de lado e que para ser uma grande cidade é preciso crescer; e só se cresce de forma saudável investindo, também, no bem-estar da população. Mas nem sempre é isso o que se vê em tantos e tantos municípios do extenso território brasileiro, que não terão a mínima chance de serem “grandes cidades” se não fizerem a lição de casa como se deve.
Começar pelo básico – e essencial – é indiscutivelmente o melhor dos caminhos. E quando falamos em básico, saneamento é mandatório, afinal, é um tema tão relevante para uma cidade e sua população quanto educação e saúde. E mais: o saneamento é um direito essencial garantido constitucionalmente no Brasil. Esse reconhecimento legal é reflexo das profundas implicações desses serviços para a saúde pública e do ambiente à medida que sua carência pode influenciar de forma negativa campos como educação, trabalho, economia, biodiversidade etc. Mais uma prova de que o resultado do estudo que tratamos acima é urgente.
Ao observarmos os últimos números anunciados, mais uma vez nos deparamos com tal realidade. Embora os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentados recentemente, tenham mostrado evolução para 1,5 milhão o número de domicílios atendidos com rede coletora de esgoto no ano de 2013, ainda há muito que se fazer.
Mesmo com o aumento na proporção de domicílios que dispunham de saneamento básico em todas as regiões do país, de 63,3% em 2012 para 64,3% em 2013, atingindo 41,9 milhões de unidades atendidas, de acordo com a Pnad, os avanços são considerados lentos. O déficit na rede coletora de esgoto de 40,9% registrado em 2009, passados cinco anos, ainda está na casa dos 35%.
Mais um estudo recente – Ranking do Saneamento Básico nas 100 Maiores Cidades do país com base no Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS 2012) –, divulgado em agosto último pelo Instituto Trata Brasil, reforça esse fato. A média de população atendida por coleta de esgotos nos 100 locais pesquisados em 2012 foi de 62,46%. Quase 40 cidades possuem mais de 80% da população com coleta, entretanto, em 29% dos municípios, menos de 40% das pessoas têm acesso ao serviço.
Contra os números não há o que negar. Eles revelam que os avanços nos serviços de água e esgotos, assim como na redução das perdas de água nas 100 maiores cidades, continuam lentos. Atentem para este dado: o volume de esgotos não tratados nesses lugares, portanto descartados por dia na natureza, foi de 2.959 piscinas olímpicas. Isso mostra que a falta de saneamento, além de um problema de saúde pública, continuará prejudicando a quantidade e qualidade dos recursos hídricos brasileiros. O ponto crucial é que, a se manterem os mesmos níveis de evolução encontrados de 2008 a 2012, não ocorrerá a tão sonhada universalização dos serviços em 20 anos! Assim, de volta ao começo, fica mais do que comprovado: é inviável a uma cidade querer se tonar “grande” sem atender o básico de seus munícipes.
As pedras desse caminho são grandes, mas existe solução. Empresas especializadas em tecnologias para saneamento podem oferecer a assessoria para a realização de projetos de saneamento por meio da disponibilidade de experiências, produtos, profissionais qualificados, estrutura pré e pós-instalação e soluções integradas, que atendam a municípios de diversos tamanhos e variadas necessidades.
(*) Adriano Gagliardi Colabono é Supervisor Comercial da Unidade de Negócios Mizumo.
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