O Complexo Industrial Portuário de Suape está atraindo a atenção de setor muito novo no Brasil, mas com um futuro muito promissor: a indústria da geração de energia eólica. O governo do estado de Pernambuco tem se empenhado em reunir na região adjunta ao porto não só os fabricantes de aerogeradores, mas todos os fornecedores do setor. Para Frederico Amâncio, que acumula as funções de Secretário de Desenvolvimento do estado e presidente do porto de
Suape, o momento pelo qual o mercado passa torna o projeto favorável. “Suape tem a melhor infraestrutura para o setor no País. Estamos no lugar certo e na hora certa. O mercado está demandando energia eólica e entendemos que temos a melhor estrutura.” Para atrair as empresas, o governo elaborou um convidativo programa de incentivo fiscal. “Essa tarifa é 25% do valor do frete de importação. Para a indústria que tem um perfil de peças de grande porte como a eólica, essa isenção é representativa. Cerca de 75% dos produtos gerados nos próximos dez anos serão produzidos no Nordeste. Ceará, Rio Grande do Norte e a Bahia serão os pioneiros, mas Pe
O Complexo Industrial Portuário de Suape está atraindo a atenção de setor muito novo no Brasil, mas com um futuro muito promissor: a indústria da geração de energia eólica. O governo do estado de Pernambuco tem se empenhado em reunir na região adjunta ao porto não só os fabricantes de aerogeradores, mas todos os fornecedores do setor. Para Frederico Amâncio, que acumula as funções de Secretário de Desenvolvimento do estado e presidente do porto de
Suape, o momento pelo qual o mercado passa torna o projeto favorável. “Suape tem a melhor infraestrutura para o setor no País. Estamos no lugar certo e na hora certa. O mercado está demandando energia eólica e entendemos que temos a melhor estrutura.” Para atrair as empresas, o governo elaborou um convidativo programa de incentivo fiscal. “Essa tarifa é 25% do valor do frete de importação. Para a indústria que tem um perfil de peças de grande porte como a eólica, essa isenção é representativa. Cerca de 75% dos produtos gerados nos próximos dez anos serão produzidos no Nordeste. Ceará, Rio Grande do Norte e a Bahia serão os pioneiros, mas Pernambuco será incluído com o projeto”, conclui.
Os esforços estão rendendo bons frutos. A primeira fábrica do segmento de peças eólicas a se instalar em Suape foi a argentina Impsa, em 2008. Com investimento de R$ 60 milhões, a fábrica produz 500 aerogeradores por ano. Em 2010 chegou a espanhola Gestamp, que inaugurou a sua planta com capacidade produtiva de 500 torres eólicas por ano. Os investimentos do grupo chegam a R$ 120 milhões. Outros dois empreendimentos, a Iraeta e a LM Wind Power, estão se instalando no local. A Iraeta está instalando uma fábrica de flanges, um dos componentes das torres eólicas, com recursos da ordem de R$ 71 milhões. Já a LM deverá começar a produzir ainda em outubro deste ano, fabricando pás eólicas. O investimento neste projeto chega a R$ 100 milhões.
Juntas, as quatro indústrias somam investimentos de R$ 351 milhões e empregam 1.128 profissionais, devendo ultrapassar 2,7 mil postos de trabalho nos próximos anos.
No dia 28 de agosto, executivos de cinco das maiores empresas dinamarquesas do setor visitaram o complexo, em missão técnica, buscando oportunidades de negócios. A missão foi organizada pelo Danish Wind Energy Group, a associação das empresas dinamarquesas de energia eólica. Estiveram em Suape o chief executive officer (CEO) da Bach Composite Industry, Geert Winther Skovsgaard, uma empresa produtora de componentes para turbina eólica; o gerente de negócios da Beckhoff Automation, Andreas Franke, indústria que desenvolve e comercializa sistemas de tecnologia em automação e está presente em mais de 70 países; o diretor da FT Technologies, Brian Vejlgaard Pedersen, que é a principal fabricante mundial de sensores ultrassônicos de vento para controle de turbinas eólicas; e o CEO da Jupiter Composites, Claus Sejersen, uma das líderes mundiais na manufatura de componentes para a indústria de energia eólica, com fábricas nos Estados Unidos, na China e na Europa.
Além desses executivos, integra o grupo o CEO da Resolux, Ole Teglgaard. Esta empresa fornece peças internas para as torres eólicas e atua nos mercados da China, da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e do Brasil.
O interesse das empresas internacionais pelo Complexo Industrial Portuário de Suape mostra o quanto o setor eólico está crescendo no País e demandando novos projetos. No Nordeste estão localizados nada menos que 78% de todos os empreendimentos brasileiros no setor eólico, principalmente nos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte e da Bahia.
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade