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Revista GC - Ed.71 - Julho 2016
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Construction Summit 2016

Obsessão pela educação e pela requalificação das cidades

O papel da Arquitetura e da Engenharia em um Novo Brasil. Esse foi o tema de uma das palestras com maior sucesso de público da Construction Summit, que teve a mediação do consultor Rubens de Almeida, da Linker Comunicação e Tecnologia. Participaram das discussões Afonso Mamede, presidente da Sobratema; o arquiteto Sergio Magalhães, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB); José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco; e o ex-ministro Ozires Silva,

O ex-ministro declarou que é preciso buscar os bons exemplos e focar em alta tecnologia para que se possa inserir competitivamente o Brasil no mundo globalizado. Ozires Silva alertou que hoje o Brasil se desindustrializou e que os principais produtos exportados são commodities, com baixo valor agregado. E lembrou o exemplo da Coréia e da China, que em um período de 30 anos fizeram uma revolução educacional, inserindo-se definitivamente na economia mundial. Para o palestrante, a Educação é, também para o Brasil, a única solução para se alcançar outro status no cenário político e econômico mundial. o País.

Questionado sobre quais as saídas para a crise que o Brasil atravessa, Ozires frisou que é preciso haver a mobilização e participação popular nas decisões políticas para o futuro, e comparou: "No setor aeroviário, quando ocorre um acidente, é uma oportunidade para se estudar e prevenir outras tragédias. É preciso aprender com os erros, para evitar novos erros no futuro. Na política, não basta punir quem comete erros, mas efetuar mudanças no sistema governamental que previna esses fatos”.

Veja abaixo alguns dos principais tópicos da fala de Ozires Silva.

“O futuro do Brasil depende da participação da população. Não podemos deixar apenas nas mãos dos políticos, pois eles não perguntam nada para nós. Temos um mundo novo e é preciso criar um futuro novo. Existem oportunidades para ocupar no espaço. Entre os Brics, o Brasil é o que mais possui condições de se tornar um dos líderes, pois possui como diferencial um elemento de integração, que é a língua falada em todo o território. É preciso ter vontade nacional para se tornar um novo emergente. Temos de romper com as rotas do passado. Podemos fazer coisas novas no futuro.”

“É preciso termos fanatismo


O papel da Arquitetura e da Engenharia em um Novo Brasil. Esse foi o tema de uma das palestras com maior sucesso de público da Construction Summit, que teve a mediação do consultor Rubens de Almeida, da Linker Comunicação e Tecnologia. Participaram das discussões Afonso Mamede, presidente da Sobratema; o arquiteto Sergio Magalhães, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB); José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco; e o ex-ministro Ozires Silva,

O ex-ministro declarou que é preciso buscar os bons exemplos e focar em alta tecnologia para que se possa inserir competitivamente o Brasil no mundo globalizado. Ozires Silva alertou que hoje o Brasil se desindustrializou e que os principais produtos exportados são commodities, com baixo valor agregado. E lembrou o exemplo da Coréia e da China, que em um período de 30 anos fizeram uma revolução educacional, inserindo-se definitivamente na economia mundial. Para o palestrante, a Educação é, também para o Brasil, a única solução para se alcançar outro status no cenário político e econômico mundial. o País.

Questionado sobre quais as saídas para a crise que o Brasil atravessa, Ozires frisou que é preciso haver a mobilização e participação popular nas decisões políticas para o futuro, e comparou: "No setor aeroviário, quando ocorre um acidente, é uma oportunidade para se estudar e prevenir outras tragédias. É preciso aprender com os erros, para evitar novos erros no futuro. Na política, não basta punir quem comete erros, mas efetuar mudanças no sistema governamental que previna esses fatos”.

Veja abaixo alguns dos principais tópicos da fala de Ozires Silva.

“O futuro do Brasil depende da participação da população. Não podemos deixar apenas nas mãos dos políticos, pois eles não perguntam nada para nós. Temos um mundo novo e é preciso criar um futuro novo. Existem oportunidades para ocupar no espaço. Entre os Brics, o Brasil é o que mais possui condições de se tornar um dos líderes, pois possui como diferencial um elemento de integração, que é a língua falada em todo o território. É preciso ter vontade nacional para se tornar um novo emergente. Temos de romper com as rotas do passado. Podemos fazer coisas novas no futuro.”

“É preciso termos fanatismo pela educação. A China fez a maior revolução educacional e tornou-se o que é hoje. Precisamos ter elos de confiança entre governantes e governados. Precisamos de novos horizontes, de educação geral, de empreendedores, e fazer nascerem novos produtos de alto valor agregado.”

“Os desafios governamentais são muito grandes e é preciso termos líderes. Precisamos agir como catalizadores do sucesso. Como? Com o estímulo à educação, às Ciências e Tecnologias, ao setor privado, com investimentos em infraestrutura, criando estruturas de capitais, impondo reformas na atuação dos governos.”

“O desafio das empresas é vencer na competição global. O desafio dos jovens é se tornarem empreendedores, qualificando-se e sonhando, com determinação para o sucesso, coragem e desejo de prosperar.”

“Sociedade e governos precisam reduzir os obstáculos para a riqueza. Hoje os produtos (tecnológicos) se caracterizam por ficarem menos tempo nos mercados. Então é fundamental a eficiência, e rapidez nas decisões, focando produtos de alto valor agregado. Enquanto um produto de commoditie vale US$ 35 dólares por kg, os produtos tecnológicos podem custar em média US$ 1.000,00 por kg. Novas tecnologias não têm preço.”

“A Embraer é um exemplo de empresa criada com apoio da engenharia e arquitetura, e que tem um volume de vendas contínuas em torno de US$ 22 bilhões. Temos de nos orgulhar disso, mas ainda tem pessoas no Brasil que nem sabem que exportamos aviões.”

“Costumo dizer: aqueles que não pararam, avançaram tanto que não poderão ser alcançados. Temos que dar nossa contribuição para gerar riqueza, com entusiasmo, com esforço e com paixão”.

O presidente da Sobratema, Afonso Mamede, destacou que a crise econômica está colocando profissionais que construíram o País à margem, em virtude do desemprego. E ressaltou que a engenharia brasileira já deu provas de sua capacitação, com obras no Brasil e no exterior. Mencionou a Lei de Licitações 8.666 e o novo Regime Diferenciado de Contração (RDC), principais mecanismos de contratação de obras públicas, que precisam ser aperfeiçoados para atender aos requisitos de qualidade das obras públicas.

Mamede mencionou ainda o efeito nefasto da inadimplência, que gera um efeito em cadeia junto às empresas e prejudica o setor e a economia como um todo.

O arquiteto Sergio Magalhães analisou o processo de adensamento das cidades brasileiras nos últimos 50 anos, que levou à concentração de cerca de 80% da população brasileira nos centros urbanos. E falou do esforço da sociedade para construir cidades capazes de acolher essa gigantesca população.

“Nesse período surgiram 20 metrópoles e duas megacidades. Mas esse crescimento não foi acompanhado pelo Estado. Em 1954 o Brasil tinha 2 milhões de domicílios urbanos. Em 2010, esse volume passou a 60 milhões de domicílios. Mas apenas 48% desses domicílios são urbanizados. E apenas metade disso possui rede de abastecimento de água e esgoto adequado. É preciso qualificar o espaço urbano, reduzir o passivo ambiental e social e reconhecer que as favelas são parte integrante das cidades, para que elas recebam as melhorias necessárias”.

Magalhães disse que o programa Minha Casa Minha Vida não atende às demandas da população, mas sim a das empresas. “Não é política pública habitacional, pois as soluções que são dadas, em geral, empurram as populações para longe do centro urbano, onde não há infraestrutura”, denunciou, destacando que o desenvolvimento urbano é condição principal para o desenvolvimento do País.

José Roberto Bernasconi defendeu a necessidade de reação do setor de arquitetura e engenharia. Para ele, a sociedade tem que reagir, debatendo as questões referentes às cidades de maneira clara e transparente, visando a redução das injustiças.

Bernasconi apontou o perfil federativo do Brasil, as limitações financeiras dos estados e o aumento dos impostos federais como fatores que desmotivam a iniciativa privada. “Mas que é preciso que as empresas e o Sinaenco, através de seus associados, trabalhem em busca de novas soluções urbanas e propostas aos gestores para reduzir essas desigualdades.”

Para o presidente do Sinaenco, um dos graves problemas do Brasil é a falta de planejamento, em tudo. "Planejar quer dizer pensar antes. Nós não fazemos isso no Brasil, infelizmente. Dois milésimos do que custa um projeto custa um estudo preliminar técnico. Ou então podemos ainda ouvir a sociedade para saber o que é prioritário nas cidades para elencarmos as necessidades".

Bernasconi finalizou conclamando a sociedade para a formação de uma rede de inteligência, com a participação dos diversos agentes de transformação, para buscarmos as cidades que queremos para nosso futuro.

 

 

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