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Revista GC - Ed.63 - Setembro 2015
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Artigo

Na crise também surgem oportunidades!

Por Flavio Sohler

Mesmo em tempos de incerteza, a indústria da construção civil e a cadeia produtiva associada ao setor ocupam parte de destaque no Brasil, respondendo por mais de 18% do PIB do País, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Essa cadeia produtiva completa compreende o segmento de materiais de construção, o de construção e o de serviços acoplados à construção. Dessa forma, as oportunidades para o setor são a retomada do crescimento da economia brasileira, queda da taxa de desemprego, aumento do rendimento salarial; crédito para a habitação e mais de R$ 400 bilhões previstos para obras de infraestrutura. Outro dado interessante, e que demonstra o peso dessa área, é que o setor emprega mais de 4 milhões de trabalhadores.

Nesse contexto, o fortalecimento e a melhoria do desempenho da cadeia produtiva da construção civil contribuirão muito certamente para a robustez da economia nacional; aumento do nível de emprego e renda; diminuição do déficit habitacional e melhoria das condições de vida das comunidades urbanas em geral.

Entretanto, para alav


Mesmo em tempos de incerteza, a indústria da construção civil e a cadeia produtiva associada ao setor ocupam parte de destaque no Brasil, respondendo por mais de 18% do PIB do País, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Essa cadeia produtiva completa compreende o segmento de materiais de construção, o de construção e o de serviços acoplados à construção. Dessa forma, as oportunidades para o setor são a retomada do crescimento da economia brasileira, queda da taxa de desemprego, aumento do rendimento salarial; crédito para a habitação e mais de R$ 400 bilhões previstos para obras de infraestrutura. Outro dado interessante, e que demonstra o peso dessa área, é que o setor emprega mais de 4 milhões de trabalhadores.

Nesse contexto, o fortalecimento e a melhoria do desempenho da cadeia produtiva da construção civil contribuirão muito certamente para a robustez da economia nacional; aumento do nível de emprego e renda; diminuição do déficit habitacional e melhoria das condições de vida das comunidades urbanas em geral.

Entretanto, para alavancar o crescimento econômico tão necessário ao Brasil nesse momento, existem vários desafios que são impostos, como melhorias da infraestrutura de estradas, aeroportos, portos, redes de hotéis, vias públicas, iluminação urbana, rede de esgotos e águas pluviais, por exemplo.

Estatísticas realizadas por institutos de pesquisa confirmam que já há falta de mão de obra especializada em diversas profissões. É o caso da Engenharia e Arquitetura, o que é um risco muito grande de não conseguirmos fazer frente à demanda esperada por produtos e serviços, entregues no prazo necessário.

Essa falta de mão de obra já acontece em todas as esferas e níveis profissionais, como pedreiros, e até mesmo serventes, cuja remuneração aumentou consideravelmente devido à escassez. Tal lacuna por trabalhadores qualificados traz preocupações de toda ordem, e nos coloca uma pergunta: "Será que o País conseguirá aproveitar as oportunidades de crescimento e voltará a crescer economicamente?". Sem dúvida, mesmo em um cenário de incertezas, esse é um momento de grandes oportunidades para todos.

Todos os investimentos necessários e bem como a pujança de recursos disponíveis devem ser planejados e gerenciados por projetos desenvolvidos no sentido de termos os produtos e serviços concluídos no prazo, custos e qualidade planejados. Segundo o Project Management Institute (PMI), projetos são definidos como um conjunto de atividades sequenciadas de acordo com recursos disponíveis e com o objetivo de produzir um produto ou serviço.

Portanto, somente com uma análise de riscos de cronogramas e realizados por profissionais especializados podemos ter certeza se conseguiremos terminar no prazo todos os desafios impostos ao Brasil. A análise de riscos possui fases que devem ser seguidas para que possamos tomar decisões baseadas em estatísticas confiáveis: identificar e categorizar os riscos, definir as causas e impactos dos mesmos, definir as estratégias e planos de contenção e contingência para tratamento de riscos, priorizar os riscos pela análise qualitativa, realizar análise quantitativa dos riscos e desenvolver os planos para mitigação dos riscos.

Desse modo, baseado nos recursos que o projeto possui e analisando-se os riscos, teremos maior precisão na tomada de decisão para conseguirmos concluir os produtos e serviços demandados, no prazo, custo e qualidade planejados. Com tamanhas oportunidades no mercado brasileiro, as empresas para serem mais competitivas e produtivas necessitam de gestores capacitados e que conheçam a realidade da empresa.

Torna-se, portanto, latente a necessidade do gestor de projetos, que deve também ser preparado para a realização da prova de certificação “Project Management Professional” (PMI-PMP) como gerente de projetos certificado pelo Project Management Institute (PMI), o que é um diferencial no mercado.

Esse é de fato um momento de oportunidades no Brasil, para que os profissionais estejam preparados para assumir novos desafios e cargos gerenciais mais altos nas organizações. Quem tem, por exemplo, um MBA aumenta ainda mais as oportunidades de melhorar sua empregabilidade, agindo como um paradigma de melhores condições de trabalho e com maiores remunerações.

(*) Flavio Sohler é coordenador e professor do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) no MBA Gestão de Projetos em Engenharias e Arquitetura com Preparação para Certificação PMP; MBA Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção; MBA Projeto, Execução e Desempenho de Estruturas e Fundações. Atua há 25 anos como gerente de Projetos e Riscos, na Eletrobras, no Rio de Janeiro.

 

 

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