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Revista GC - Ed.13 - Março 2011
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Especial Nordeste / Construção Industrial

Indústrias apostam no Nordeste para continuar crescendo

Investimentos têm como foco novas fábricas, ampliação das existentes, novos centros de distribuição e novos produtos formatados para a região

O acelerado desenvolvimento do Nordeste tem atraído fortemente a indústria nacional de bens de capital e de bens de consumo de massa. Fábricas de alimentos, bebidas, limpeza e higiene pessoal que até então concentravam suas produções em estados das regiões Sul e Sudeste, agora buscam instalar suas plantas e centros de distribuição em estados como Bahia, Ceará e Pernambuco. E quem já está instalado nos principais centros se mantém otimista em relação aos resultados. Pesquisa realizada pela consultoria Deloitte com 40 companhias que atuam na região aposta em uma expansão média anual de 15%.

Seja pela facilidade do Porto de Suape, ou pela proximidade com os principais centros de consumo do Nordeste, Pernambuco tem se tornado o queridinho das grandes empresas. Mas assim como há facilidades, a escolha pelo Nordeste do Brasil implica também em problemas. O principal deles é a falta de mão de obra qualificada, que exige das empresas investimentos em treinamento.

Outra dificuldade enfrentada pelas empresas é manter seus estoques abastecidos, já que a maioria dos fornecedore


O acelerado desenvolvimento do Nordeste tem atraído fortemente a indústria nacional de bens de capital e de bens de consumo de massa. Fábricas de alimentos, bebidas, limpeza e higiene pessoal que até então concentravam suas produções em estados das regiões Sul e Sudeste, agora buscam instalar suas plantas e centros de distribuição em estados como Bahia, Ceará e Pernambuco. E quem já está instalado nos principais centros se mantém otimista em relação aos resultados. Pesquisa realizada pela consultoria Deloitte com 40 companhias que atuam na região aposta em uma expansão média anual de 15%.

Seja pela facilidade do Porto de Suape, ou pela proximidade com os principais centros de consumo do Nordeste, Pernambuco tem se tornado o queridinho das grandes empresas. Mas assim como há facilidades, a escolha pelo Nordeste do Brasil implica também em problemas. O principal deles é a falta de mão de obra qualificada, que exige das empresas investimentos em treinamento.

Outra dificuldade enfrentada pelas empresas é manter seus estoques abastecidos, já que a maioria dos fornecedores de matéria prima está localizada no Sul e Sudeste do país.

Um das empresas que fez a opção pelo Nordeste é a Kraft Foods, que detém as marcas Lacta, Club Social e Tang, entre outras. De acordo com André Vercelli, presidente da Kraft Foods Norte e Nordeste, a empresa está construindo uma fábrica em Vitória do Santo Antão, no interior pernambucano. A planta deverá entrar em funcionamento ainda em 2011, com a contratação de 600 empregados diretos. “O Norte e o Nordeste crescem mais rápido que o restante do País. Os 16 Estados da região somam 70 milhões de habitantes e têm um PIB de R$ 500 bilhões/ano. Com o poder aquisitivo do consumidor cada vez maior, sem dúvida o potencial de crescimento é enorme”, explica Vercelli.

Outra empresa que também está de mudança para a região é a Selmi, que adquiriu um terreno de 73 mil m2 no Porto de Suape para construir uma fábrica de massas tradicionais e instantâneas e, no futuro, de biscoitos. A indústria é dona das marcas Renata e Galo. A empresa planeja iniciar em abril de 2012 a operação da nova unidade, que exigirá investimentos da ordem de R$ 20 milhões, gerando 150 empregos diretos. A capacidade de produção mensal será de 3 mil toneladas de massa normal e instantânea. A unidade será a plataforma para atender todo o Norte/Nordeste, além de exportar para a Venezuela e a África.

Um dos caminhos encontrados pelas empresas que se mudam para o Nordeste é o desenvolvimento de produtos com roupagem local. É o caso da Bombril, que desenvolveu sua linha Pronto Bril, especificamente para atender o Norte/Nordeste. De acordo com Marcos Scaldelai, diretor de Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da fabricante, os produtos têm um perfume mais intenso, feito com essências típicas da região, e um posicionamento de preço diferente: 10% abaixo da linha regular. A produção também está no Nordeste, na fábrica de Abreu e Lima, localizada em Pernambuco e inaugurada em 2010.

Atualmente, 31% do volume de vendas da marca Bombril está concentrado no Norte e no Nordeste, e faz parte dos planos da empresa ampliar essa participação para 40%.

A Química Amparo (Ypê), que produz e comercializa a linha Atol, composta por sete diferentes produtos de limpeza, também apostou na criação de uma marca local, para ganhar terreno. A fábrica da Atol, localizada em Simões Filho, na Grande Salvador (BA), foi adquirida em 2002 para aumentar a penetração dos produtos da empresa na região. Aparentemente a estratégia está dando resultado, pois o aumento da renda da população e o desempenho da economia local favorecem a indústria em geral.

A Pepsico Brasil, dona de marcas como Cheetos, Fandangos e Coqueiro, comercializa nos estados nordestinos embalagens um pouco menores que as vendidas no resto do País. Com isso, consegue reduzir o preço final dos salgadinhos de R$ 1,30 para R$ 0,99. Ao diminuir a margem, a empresa aumenta as vendas no Norte/Nordeste.

A Pepsico já tem uma fábrica de salgadinhos em Recife (PE), onde produz Fandangos e Cheetos, além do Toddynho, e pretende inaugurar uma planta em Feira de Santana (BA), em 2011. A unidade terá uma linha de produção de achocolatados em pó e, em uma segunda fase, de achocolatados líquidos. Nos últimos cinco anos, as vendas no Nordeste aumentaram duas vezes e meia acima da média do Brasil.

Ceará investirá R$ 3,6 bi em indústrias  
O governo do estado do Ceará aprovou, no ano passado, investimento de R$ 3,6 bilhões para diversos projetos industriais, através de 219 pleitos referentes ao Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI). Os recursos serão distribuídos em projetos de 33 municípios, em sete macrorregiões. Os projetos, alguns já em implantação, tiveram o seu Protocolo de Intenções acatado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial (Cedin). Dos 219, 101 referem-se a novos empreendimentos. Os restantes são de ampliações de empreendimentos existentes. O governo cearense estima que os investimentos irão propiciar a criação de 15.135 empregos diretos.

Os projetos que envolvem recursos mais vultosos se referem ao segmento de energia alternativa, que terá em torno de R$ 1,7 bilhão. Os maiores são a Kroma Investimentos e Participação Ltda., que fará um aporte de R$ 380 milhões na sua instalação em São Gonçalo do Amarante, gerando 160 empregos.
Em Caucaia, dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), está sendo construída a Aeris Energy, que é uma fábrica de pás para geradores eólicos. O protocolo apontado pelo Governo do Estado informa um investimento de R$ 80 milhões, com a possibilidade de geração de 340 novos postos de trabalho.
Com investimentos menores que os dos projetos energéticos estão os empreendimentos de empresas calçadistas, com forte potencial gerador de empregos. A Melbros Indústria e Comércio de Calçados Ltda. investirá R$ 40,9 milhões na instalação de sua fábrica em Tauá, com previsão de abertura de 950 postos de trabalho. Já a Coopershoes Cooperativa de Calçados e Componentes Joanetense Ltda. gerará 766 vagas com um aporte de R$ 28,6 milhões na sua futura unidade, em Morada Nova.
Outras 18 empresas ligadas ao agronegócio terão projetos localizados em 13 municípios. Dessas, sete contaram com incentivo do FDI, entre elas a multinacional Danone, que reativou sua indústria em Maracanaú. O Governo do Estado planeja atrair, neste ano, 40 novos empreendimentos de grande e médio portes.

 

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