Foi nas plataformas de petróleo ‘off-shore’ que o Ministério de Minas e Energia buscou inspiração para um grande desafio: promover a geração de energia elétrica a partir da exploração de rios em santuários ecológicos como a floresta amazônica, no Pará. São as usinas-plataforma. A idéia é produzir eletricidade equivalente a uma usina de grande porte, ocupando o menor espaço físico possível e assim reduzindo os impactos ambientais. Cinco projetos hidrelétricos do Complexo Tapajós, que serão leiloados em 2011, já serão dentro destes novos parâmetros. A Eletrobras está concluindo estudo de viabilidade do aproveitamento hidrelétrico no Complexo Tapajós. Vencida essa etapa, os leilões das usinas serão realizados. A expectativa é que o país possa contar com essa energia a partir de 2016.
Uma das características deste novo modelo é restringir ao máximo o desmatamento, cortando árvores apenas para construir a hidrelétrica e depois recompondo a mata. Durante a construção, serão instalados pequenos canteiros de obras. A permanência dos trabalhadores no local será de curto prazo, com o
Foi nas plataformas de petróleo ‘off-shore’ que o Ministério de Minas e Energia buscou inspiração para um grande desafio: promover a geração de energia elétrica a partir da exploração de rios em santuários ecológicos como a floresta amazônica, no Pará. São as usinas-plataforma. A idéia é produzir eletricidade equivalente a uma usina de grande porte, ocupando o menor espaço físico possível e assim reduzindo os impactos ambientais. Cinco projetos hidrelétricos do Complexo Tapajós, que serão leiloados em 2011, já serão dentro destes novos parâmetros. A Eletrobras está concluindo estudo de viabilidade do aproveitamento hidrelétrico no Complexo Tapajós. Vencida essa etapa, os leilões das usinas serão realizados. A expectativa é que o país possa contar com essa energia a partir de 2016.
Uma das características deste novo modelo é restringir ao máximo o desmatamento, cortando árvores apenas para construir a hidrelétrica e depois recompondo a mata. Durante a construção, serão instalados pequenos canteiros de obras. A permanência dos trabalhadores no local será de curto prazo, com o objetivo de evitar a atração de grandes contingentes populacionais e a construção de cidades no entorno do empreendimento.
Concluída a construção, a idéia é não permitir a entrada de ninguém na região, para não haver casas, cidades, nada que possa promover novos desmatamentos. “Não haverá vilas permanentes para os empregados, como acontece até hoje. Os trabalhadores poderão ir de helicóptero para o local das usinas, trabalhando por turnos, como acontece nas plataformas de petróleo, em alto mar. Não haverá nem estradas ligando a hidrelétrica ao exterior”, explica o presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes.
De acordo com a proposta, os técnicos vão trabalhar e dormir na usina plataforma, fazendo um regime de escala, trocando turnos semanais ou quinzenais, retornando à cidade onde moram.
Outra característica deste conceito é que as usinas serão a fio d’água, com forte redução das áreas alagadas.
Hidrelétricas sem barragens
Também vem sendo estudada pelos técnicos outra alternativa de redução de impactos ambientais na instalação de hidrelétricas. São as usinas sem barragens. Vários fatores motivam os pesquisadores. O bloqueio do curso dos rios causa impactos ambientais inevitáveis, afetando a circulação dos peixes rio acima. Para as comunidades ribeirinhas, que vivem da pesca, os prejuízos são enormes. Normalmente a vegetação das áreas alagadas se decompõe, gerando o gás metano, um dos causadores do efeito estufa. Isso sem falar na necessidade de remoção das populações dessas áreas, considerando os custos das indenizações e desapropriações. Além disso, a construção das barragens tem forte peso na composição total dos projetos.
A alternativa que vem sendo testada é o desenvolvimento de turbinas capazes de gerar eletricidade sem necessidade da cabeceira do rio para operar. Elas teriam que ficar no leito do rio, extraindo energia de correntes independentes.
A grande desvantagem dos protótipos das chamadas turbinas free-standing testadas até o momento é que eles são menos eficientes em transformar a energia mecânica da água em energia elétrica, em comparação com as turbinas em barragens. Além disso, eles estão sujeitos a um desgaste maior que as turbinas protegidas por enormes quantidades de concreto e são mais difíceis de manter e de reparar. E seus geradores, por serem máquinas elétricas, precisam ser protegidos da água que circunda o resto da turbina.
Tais dificuldades, no entanto, não são suficientes para desencorajar os pesquisadores. De acordo com a New Energy Finance, empresa de consultoria especializada, os investimentos no desenvolvimento de turbinas free-standing subiram de US$ 13 milhões, em 2004, para US$ 156 milhões em 2007. Projetos já em andamento incluem a instalação, pela American Verdant Power, de uma turbina de marés no East River, de Nova York, e projetos-piloto na Nova Escócia, com a UEK, Canadian Clean Current. A expectativa é de que novos investidores resolvam financiar os projetos dessa tecnologia que poderá revolucionar a maneira de se tirar energia da força das águas.
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