Inserido no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 da Petrobras, que prevê investimentos da ordem de US$ 6,9 bilhões no segmento de dutos e terminais, o Gasfor II (Gasoduto Guamaré-Pecém) irá reforçar a malha de dutos do Rio Grande do Norte, permitindo a oferta de gás natural de 1,5 milhão de m3/dia. Essa produção corresponde apenas à primeira fase do projeto, que conecta os municípios de Horizonte e Caucaia, no Ceará, com gás produzido no Pólo Industrial de Guamaré, localizado na cidade de mesmo nome, a cerca de 180 quilômetros de Natal. O trecho, com 83,2 quilômetros de extensão, permitirá a desativação do segmento do Gasfor I que interfere nas obras de duplicação do Anel Viário de Fortaleza. De acordo com o plano original, a segunda etapa do Gasfor II permitiria aumentar a vazão do duto para até 5 milhões de m3/dia.
O empreendimento se interliga ao Gasfor I, utilizando uma nova faixa de servidão que atravessará os municípios de Horizonte, Pacajus, Guaiúba, Palmácia, Maranguape e Caucaia, contornando a Região Metropolitana de Fortaleza e as Serras da Aratanha,
Inserido no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 da Petrobras, que prevê investimentos da ordem de US$ 6,9 bilhões no segmento de dutos e terminais, o Gasfor II (Gasoduto Guamaré-Pecém) irá reforçar a malha de dutos do Rio Grande do Norte, permitindo a oferta de gás natural de 1,5 milhão de m3/dia. Essa produção corresponde apenas à primeira fase do projeto, que conecta os municípios de Horizonte e Caucaia, no Ceará, com gás produzido no Pólo Industrial de Guamaré, localizado na cidade de mesmo nome, a cerca de 180 quilômetros de Natal. O trecho, com 83,2 quilômetros de extensão, permitirá a desativação do segmento do Gasfor I que interfere nas obras de duplicação do Anel Viário de Fortaleza. De acordo com o plano original, a segunda etapa do Gasfor II permitiria aumentar a vazão do duto para até 5 milhões de m3/dia.
O empreendimento se interliga ao Gasfor I, utilizando uma nova faixa de servidão que atravessará os municípios de Horizonte, Pacajus, Guaiúba, Palmácia, Maranguape e Caucaia, contornando a Região Metropolitana de Fortaleza e as Serras da Aratanha, Maranguape e Arara. A segunda fase do gasoduto consiste na construção do trecho Serra do Mel-Horizonte, mas ainda não há previsão de quando o projeto será implantado.
A faixa de domínio do Gasfor II terá largura de 50 metros desde Horizonte até o Canal de Integração e de 20 metros a partir deste até a Estação do km 370. O gasoduto será enterrado em toda a sua extensão com uma cobertura mínima de 1 metro. Em áreas de cultura mecanizada e naquelas com possibilidade de interferência de terceiros no duto, como nas travessias de rios e cruzamento com rodovias, ferrovias e outros dutos, serão adotadas proteções adicionais, como placas de concreto, fitas de aviso, sinalização de advertência, aumento da profundidade de enterramento, jaquetas de concreto e tubo camisa, ações previstas no projeto básico.
Com a finalidade de efetuar inspeção e limpeza, serão instalados nas extremidades do gasoduto (Estação de Horizonte e Estação km 370) dispositivos lançadores-recebedores de “pigs”, que proporcionarão a passagem de “pigs” instrumentados para a monitoração do estado físico do duto. Adicionalmente, na Estação de Horizonte será instalado outro lançador-recebedor e um lançador para a monitoração dos trechos de Horizonte-Aracati e Horizonte-Fortaleza, respectivamente. Finalmente, nas áreas dos pontos de entrega de Caucaia e de Fortaleza será instalado um recebedor em cada área para a monitoração dos trechos Estação km 370-Caucaia e Horizonte-Fortaleza.
Novos materiais
O Gasfor II será produzido com tubos de aço carbono de diâmetro nominal de 20 polegadas que terão espessura de 0,312 a 0,438 polegadas. Os tubos serão revestidos externamente com polietileno de tripla camada, de modo a evitar processos corrosivos, e as juntas soldadas serão revestidas com mantas termocontráteis. Como proteção adicional contra a corrosão externa será instalado um sistema de proteção catódica. Serão instaladas juntas de isolamento elétrico no duto junto ao lançador, recebedores e lançadores-recebedores, de modo a evitar fugas de corrente do sistema de proteção catódica para os trechos aéreos. Internamente, os tubos serão revestidos em epóxi, para reduzir a rugosidade, aumentando a eficiência de transporte do duto.
Com a construção do Gasfor II serão ampliadas as oportunidades de negócios nas duas pontas do traçado – o Polo Industrial de Guamaré e o Complexo Industrial e Portuário de Pecém. O polo de Guamaré é um dos maiores produtores de derivados de petróleo da Região Nordeste. Foi construído em uma área de 1.500 m2 pela Petrobras para beneficiar óleo, gás natural e petróleo, oriundos dos campos marítimos de Ubarana e Agulha e dos campos terrestres do Rio Grande do Norte. A produção de petróleo gira em torno de cem mil barris diários. O pólo de Guamaré inclui diversas instalações industriais da Petrobras, como a Refinaria Potiguar Clara Camarão, a Unidade de Tratamento de Processamento de Fluidos e a Transpetro, além de dezenas de empresas privadas e bases de distribuição, que se instalaram próximo ao complexo atraídas pelos negócios ligados à exploração petrolífera.
A unidade de processamento de gás natural de Guamaré produz cerca de 310 t/dia de GLP e 730 milhões de m3/dia de gás industrial. Para dar vazão a essa produção a Petrobras construiu um gasoduto que liga o pólo de Guamaré ao Complexo Industrial e Portuário de Pecém. O complexo, criado em 1995, está situado nos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, no litoral oeste do Ceará, distante 50 quilômetros de Fortaleza. No total, o complexo possui área de 13.337 hectares. Com extensão total de 383 quilômetros, o Gasfor tem um trecho de 213 quilômetros que liga Guamaré a Aracati (CE) e outro de 171 quilômetros, interligando Aracati a Pecém. Tem capacidade de transporte de 292 milhões de m³/dia de gás natural e abastece, além do complexo industrial de Pecém, também os municípios cearenses de Icapuí, Horizonte e Maracanaú e a usina termoelétrica Termoceará, localizada em Caucaia, capaz de gerar 220 MW de potência.
Além do Gasfor, rede de gasodutos que corta o Rio Grande do Norte inclui o Nordestão e o Serra do Mel-Açu. O gasoduto Nordestão percorre 424 quilômetros entre Guamaré e Cabo (CE) e tem capacidade de 1,9 milhão m³/dia de gás. Além do Rio Grande do Norte, passa por Paraíba e Pernambuco. Já o gasoduto Serra do Mel-Açu compreende um trecho de 32 quilômetros que liga o Gasfor à Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira, localizada em Alto do Rodrigues (RN).
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