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Revista GC - Ed.66 - Jan/Fev 2016
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Construção Industrializada

Faculdade em concreto

Universidade Federal do ABC, de Santo André/SP, é vencedora do Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricados de Concreto da Abcic

Criado em 2011 como parte das comemorações de uma década de fundação da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), o Prêmio Obra do Ano já se consolidou como a principal referência para o setor que tem como foco central a industrialização da construção no segmento de concreto. A premiação visa estimular os profissionais e empresas que tirarem o melhor proveito do potencial técnico do sistema pré-fabricado. Desde sua criação, o evento conta com o incentivo e apoio da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), através da Revista Grandes Construções.

O vencedor da edição de 2015 é a Universidade Federal do ABC Universidade Federal do ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), tradicional polo metalúrgico automobilístico (UFABC). A unidade Santo André/SP foi a premiada e a solenidade de entrega do prêmio ocorreu no dia 26 de novembro.

A empresa responsável pelos pré-fabricados da UFABC/Santo André foi a CPI Engenharia, com gerenciamento da Geris Engenharia de Serviços Ltda e Eng. Dionísio Nunes Neto; a coordenação pela Universidade Federal do ABC/Santo André ficou por conta dos engenheiros Joel Pereira Felipe e Guilherme Solci Madeira; o projeto arquitetônico é assinado pelos arquitetos Cláudio Libeskind e Sandra Libeskind; e o projeto estrutural é de Aluizio D’Avila Engenharia de Projetos e engenheiro Luís Miguel Casella Barrese.

Dentre os principais aspectos do empreendimento, segundo a comissão julgadora, destacam-se o volume de concreto e a variedade de elementos empregados no empreendimento. Só para se ter uma ideia, as estruturas consumiram 16.800 m³ de concreto pré-fabricado, distribuídos em vigas e lajes armadas e protendidas, compondo fachadas, peitoris, rampas, lajes, escadas pré-fabricas, pilares moldados in-loco e painéis de fechamento pré-fabricados, já com acabamento.

Segundo Íria Doniak, presidente-executiva da Abcic, o Prêmio recebeu inscrições de obras de todos os segmentos – centros de distribuição e logística, shopping centers, infraestrutura, habitacional e indústria –, além de áreas em que o setor de pré-fabricado de concreto está começando a atuar, como na infraestrutura energética e mineração. “Isso r


Criado em 2011 como parte das comemorações de uma década de fundação da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), o Prêmio Obra do Ano já se consolidou como a principal referência para o setor que tem como foco central a industrialização da construção no segmento de concreto. A premiação visa estimular os profissionais e empresas que tirarem o melhor proveito do potencial técnico do sistema pré-fabricado. Desde sua criação, o evento conta com o incentivo e apoio da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), através da Revista Grandes Construções.

O vencedor da edição de 2015 é a Universidade Federal do ABC Universidade Federal do ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), tradicional polo metalúrgico automobilístico (UFABC). A unidade Santo André/SP foi a premiada e a solenidade de entrega do prêmio ocorreu no dia 26 de novembro.

A empresa responsável pelos pré-fabricados da UFABC/Santo André foi a CPI Engenharia, com gerenciamento da Geris Engenharia de Serviços Ltda e Eng. Dionísio Nunes Neto; a coordenação pela Universidade Federal do ABC/Santo André ficou por conta dos engenheiros Joel Pereira Felipe e Guilherme Solci Madeira; o projeto arquitetônico é assinado pelos arquitetos Cláudio Libeskind e Sandra Libeskind; e o projeto estrutural é de Aluizio D’Avila Engenharia de Projetos e engenheiro Luís Miguel Casella Barrese.

Dentre os principais aspectos do empreendimento, segundo a comissão julgadora, destacam-se o volume de concreto e a variedade de elementos empregados no empreendimento. Só para se ter uma ideia, as estruturas consumiram 16.800 m³ de concreto pré-fabricado, distribuídos em vigas e lajes armadas e protendidas, compondo fachadas, peitoris, rampas, lajes, escadas pré-fabricas, pilares moldados in-loco e painéis de fechamento pré-fabricados, já com acabamento.

Segundo Íria Doniak, presidente-executiva da Abcic, o Prêmio recebeu inscrições de obras de todos os segmentos – centros de distribuição e logística, shopping centers, infraestrutura, habitacional e indústria –, além de áreas em que o setor de pré-fabricado de concreto está começando a atuar, como na infraestrutura energética e mineração. “Isso ressalta que a solução de engenharia vem avançando em outros nichos de mercado, diversificando, ainda mais, sua atuação”.

A Comissão Julgadora optou por destacar duas obras com grande relevância e importância que utilizaram o sistema pré-fabricado para receber o Prêmio Destaque do Júri: a Torre Eólica de Tubarão, em Santa Catarina, na categoria Sustentabilidade, construída pela WEG Energia e com fornecimento das estruturas pré-fabricadas de concreto pela Cassol Pré-Fabricados, e os Espessadores de Rejeitos, em Itabira, interior de Minas Gerais, na categoria Inovação, construídos pela Barbosa de Mello com estrutura de pré-fabricados fornecida pela Precon Engenharia.

Foi conferida menção honrosa a outros dois empreendimentos que se destacaram no uso de estruturas pré-fabricadas de concreto: Fábrica de Escolas do Amanhã – Lote 1, no Rio de Janeiro, com projeto arquitetônico de João Pedro Backheuser, projeto estrutural de autoria de João Luis Casagrande e estruturas pré-fabricadas fornecidas pela Incopre e CPI Engenharia; e o Super Muffato, de São José do Rio Preto (SP), com projeto  estrutural de Ériton Nunes da Costa, projeto arquitetônico de Ricardo e Leonardo Bragaglia e estrutura de pré-fabricado de concreto fornecida pela Marna Pré-Fabricados.

Educação em escala industrial

Criada pela lei 11.145, de 26 de julho de 2005, a UFABC (Universidade Federal do ABC), com campi em Santo André e São Bernardo, simbolizou um momento de grande expansão do ensino universitário. Nesse período, foram construídos os campi de Santo André e São Bernardo, e hoje a universidade conta com um total de mais de 12 mil estudantes.

A instituição iniciou suas atividades em 2006, ainda em local improvisado em Santo André. As obras do primeiro campus deveriam ter sido concluídas em 2010, mas sofreram atraso e ocorreu a rescisão de contrato com a primeira construtora contratada. Alguns blocos ainda estão sendo executados, como os blocos esportivo e cultural, bem como a torre do relógio, que devem ficar prontos ainda neste ano. O complexo esportivo contará com ginásio, piscina semiolímpica e quadras, além de vestiários e estacionamento coberto. Já o bloco cultural terá biblioteca, livraria, salas de estudo e leitura, teatro/auditório para 584 lugares e três salas de cinema.

O campus São Bernardo só foi inaugurado em maio de 2012, com 15 meses de atraso e dois anos após o início das atividades da unidade em um colégio da cidade. O projeto inicial do espaço deveria ter sido concluído até o fim de 2013, o que também não aconteceu. A promessa é de que o Bloco Ômega, última estrutura faltante, seja entregue até o fim do ano. O local abrigará os cursos de Engenharia Espacial, Gestão e Bioengenharia.

Técnica em escala

O escritório Aluizio A. M. d’Avila & Associados, responsável pelo projeto estrutural, inscreveu para participar da premiação os projetos dos blocos A e B da UFABC. O primeiro possui área de 54 mil m² e é constituído de quatro pavimentos comuns, que interligam três torres com cinco, seis e sete pavimentos, respectivamente. Já o bloco B é formado por uma torre única, com área de 13.400 m², dividida em13 pavimentos. A obra foi executada pela construtora Augusto Velloso, com projeto arquitetônico de Cláudio Libeskind. A CPI Engenharia foi responsável pelo fornecimento das estruturas pré-fabricadas da obra e os painéis de fechamento foram fornecidos pela Stamp.

Segundo a CPI Engenharia, a solução adotada para o projeto da UFABC/Santo André é mista, com painéis de fechamento vigas e lajes pré-fabricadas. Estas lajes, por sua vez, foram o grande diferencial da obra, pois o projeto foi concebido com lajes tipo cubeta, que era uma exigência do cliente. Foi desenvolvida uma laje especial nervurada com essa aparência. Projeto, fabricação transporte e montagem de quase 12.000m³ de estrutura tornam esse empreendimento singular devido ao grande volume de peças movimentadas. A solidarização e o capeamento também ficaram por conta da empresa.

As peças foram montadas com gruas. Existiam grandes balanços (quatro metros nas laterais e sete metros no outro sentido), mas a grande dificuldade era o alinhamento das lajes, que precisava ocorrer nas duas direções para formar uma colmeia após o acabamento. As peças foram fabricadas nas unidades da CPI, em Jandira e Santana de Parnaíba. Existiu uma preocupação com respeito à execução das lajes, que não poderiam ter uma grande sobreposição de peças para não serem danificadas. Conforme exigência do cliente, os elementos foram projetados e produzidos respeitando ao máximo a arquitetura, que não concebeu o projeto em pré-fabricado, e com os balanços de até sete metros. Segundo a empresa, o principal diferencial técnico ficou por conta das formas das lajes desenvolvidas internamente e que ditaram o ritmo de produção da obra.

 

 

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