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Revista GC - Ed.59 - Maio 2015
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Industrialização na Construção

Estruturas pré-fabricadas ganham espaço no Brasil

A construção de shopping centers é líder entre os segmentos que mais usam estruturas pré-fabricadas de concreto no Brasil

Cerca de 31% das empresas que atuam no segmento de pré-fabricados de concreto no Brasil planejam investir mais em 2015 do que investiram no ano passado, em sua capacidade de produção, incluindo desenvolvimento de tecnologia, ampliação de plantas industriais, aquisição de equipamentos para a produção e formação de mão de obra. A conclusão é da pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por encomenda da Abcic – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto. Segundo a mesma pesquisa, 15,6% afirmaram que pretendem reduzir os investimentos, diante das incertezas do mercado.

A Sondagem de Expectativas da Indústria de Pré-fabricados de Concreto, realizada pelo segundo ano consecutivo, sob a coordenação da economista Ana Maria Castelo, foi realizada entre os meses de agosto a novembro de 2014 e ouviu 45 das 53 empresas associadas da Abcic. Para a engenheira Íria Lícia Oliva Doniak, presidente da Abcic, a pesquisa auxilia na identificação das tendências do segmento no país.

Ainda com base na pesquisa, foi possível concluir que 44% das empresas do segmento de pré-fabricados de concreto investiram em 2014 mais do que em 2013, enquanto 32,6% disseram ter investido menos.

Do total aplicado no ano passado pelos pré-fabricadores de concreto, 78% das empresas responderam que destinaram os recursos para a compra de equipamentos para produção; 53,7% disseram ter ampliado suas áreas de produção; 41,5% aplicaram em infraestrutura de equipamentos em geral; 36,6% expandiram as áreas de estocagem e 34,1% investiram em galpões e obras civis. A pesquisa abria possibilidade de se escolher mais de uma opção.

Ainda na questão dos investimentos, o estudo da FGV revelou incertezas quanto à intenção dos empresários do setor. Entre os fatores apontados como limitantes do maior aporte de recursos, o principal é incerteza acerca da demanda, mencionada por 76% dos entrevistados.

Na sequência, aparecem, com 60% das menções, incertezas relacionadas à política econômica e limitações de recursos das empresas, lembradas por 52% dos entrevistados. Aparece ainda a carga tributária, com 48% de respostas, e custo do financiamento, apon


Cerca de 31% das empresas que atuam no segmento de pré-fabricados de concreto no Brasil planejam investir mais em 2015 do que investiram no ano passado, em sua capacidade de produção, incluindo desenvolvimento de tecnologia, ampliação de plantas industriais, aquisição de equipamentos para a produção e formação de mão de obra. A conclusão é da pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por encomenda da Abcic – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto. Segundo a mesma pesquisa, 15,6% afirmaram que pretendem reduzir os investimentos, diante das incertezas do mercado.

A Sondagem de Expectativas da Indústria de Pré-fabricados de Concreto, realizada pelo segundo ano consecutivo, sob a coordenação da economista Ana Maria Castelo, foi realizada entre os meses de agosto a novembro de 2014 e ouviu 45 das 53 empresas associadas da Abcic. Para a engenheira Íria Lícia Oliva Doniak, presidente da Abcic, a pesquisa auxilia na identificação das tendências do segmento no país.

Ainda com base na pesquisa, foi possível concluir que 44% das empresas do segmento de pré-fabricados de concreto investiram em 2014 mais do que em 2013, enquanto 32,6% disseram ter investido menos.

Do total aplicado no ano passado pelos pré-fabricadores de concreto, 78% das empresas responderam que destinaram os recursos para a compra de equipamentos para produção; 53,7% disseram ter ampliado suas áreas de produção; 41,5% aplicaram em infraestrutura de equipamentos em geral; 36,6% expandiram as áreas de estocagem e 34,1% investiram em galpões e obras civis. A pesquisa abria possibilidade de se escolher mais de uma opção.

Ainda na questão dos investimentos, o estudo da FGV revelou incertezas quanto à intenção dos empresários do setor. Entre os fatores apontados como limitantes do maior aporte de recursos, o principal é incerteza acerca da demanda, mencionada por 76% dos entrevistados.

Na sequência, aparecem, com 60% das menções, incertezas relacionadas à política econômica e limitações de recursos das empresas, lembradas por 52% dos entrevistados. Aparece ainda a carga tributária, com 48% de respostas, e custo do financiamento, apontado por 36% das empresas. Vale notar que a dificuldade com a escassez de mão de obra, que em 2013 foi mencionada por 61% das empresas ouvidas como um fator limitante para a realização de investimentos, recuou na pesquisa de 2014 para meros 20%.

A sondagem da FGV também levantou os segmentos da construção civil onde foram utilizadas as estruturas pré-fabricadas de concreto no ano passado e houve alterações no ranking na comparação com o anterior. A área de shopping centers, que em 2013 aparecia em segundo lugar, assumiu a liderança entre os segmentos onde mais se usou pré-fabricado. Na sequência, aparece o segmento de indústrias, que era líder em 2013, seguido pela área de infraestrutura e obras especiais, conforme atesta a maior presença do segmento na viabilização de obras em aeroportos e também em estádios esportivos. O ranking de 2014 é completado ainda por centros de distribuição e logística, edifícios comerciais, obras para a área de varejo e, por último, o segmento habitacional.

Em relação ao uso de insumos, o estudo encomendado pela Abcic constatou que, em 2013, as empresas de pré-fabricados consumiram 419,6 mil toneladas de cimento e 115,2 mil toneladas de aço. Tais volumes representam um consumo por empresas de cerca de 10 mil toneladas e 2,8 mil toneladas, respectivamente de cimento e de aço. Na comparação com o ano anterior, o consumo médio de cimento caiu 3% e o de aço manteve-se relativamente estável. (Alta de 0,3%).

A produção total do segmento alcançou a marca de 1.063 milhão de m3 em estruturas pré-moldadas, patamar semelhante ao do ano anterior. Já a capacidade instalada do segmento é da ordem de 1,6 milhão de m3. Outras constatações do estudo: 59,5% da produção em 2014 foi de concreto protendido e 40,5% de concreto armado; 58,1% dos pré-fabricadores utilizaram concreto auto adensável em sua linha de produção.

Outro dado relevante destacado pelo estudo da FGV diz respeito ao fato de que cresceu também o número de empresas que, além de produzir as estruturas de concreto, também produzem estruturas metálicas, representando 22,7% do total, confirmação de uma tendência de industrialização com estruturas mistas e híbridas, combinando vários sistemas construtivos. Foi apurado ainda que 25% delas executam as estruturas pré-moldadas também nos canteiros de obras, possibilitando o uso da tecnologia em locais mais distantes dos grandes centros produtivos ou por viabilidade econômica, reduzindo o custo tributário e mesclando o uso de peças menores, vindas da indústria, com maiores, produzidas em canteiro, o que também favorece a logística nos grandes centros, viabilizando, especialmente, grandes obras de infraestrutura viária e de mobilidade urbana.

No que diz respeito ao nível de emprego gerado pelo segmento de pré-fabricado, a sondagem da FGV registrou, com base em dados de 2013, que a indústria empregava 12.066 pessoas, ou seja, 1,5% do contingente da indústria da construção civil como um todo e 9,2% do segmento de fabricação de artefatos de concreto. Na comparação com o ano anterior, houve uma queda de 9% no número de trabalhadores por empresa, que passou de 295 em 2012, para 268, em 2013. Na média, 33% das empresas possuíam até 100 empregados; 53% delas registravam entre 101 e 500 trabalhadores, e 14% contavam com mais de 500 funcionários.

Uma informação levantada pela pesquisa da FGV que chama a atenção é o fato de que 18,6% das indústrias do segmento já implantaram em suas fábricas, a ferramenta BIM – Building Information Modeling, percentual semelhante ao registrado na sondagem anterior, de 2013. Em relação às empresas que conhecem e que pretendem implantar o sistema nos próximos anos, o percentual é de 27,9%, um pouco abaixo dos 31,2% registrado no levantamento anterior. Somando quem já utiliza e quem planeja adotar o BIM nos próximos dois anos, o total já equivale a 46,5%. Tal percentual, ao lado do maior uso de concreto protendido em relação ao concreto armado e do concreto auto adensável, confirma maior consonância do segmento com preceitos de sustentabilidade e do intenso desenvolvimento tecnológico do setor.

O estudo da FGV revelou ainda dados sobre o perfil de produção das empresas do segmento. Mostrou, por exemplo, que aumentou significativamente o percentual de pré-fabricadores que processam anualmente um volume entre 30,1 mil m3 a 100 mil m3 de estruturas. Esse percentual era de apenas 6,4% em 2012 e saltou para 16,3%, em 2013.

 

 

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