Autores: Dr. Roberto José Falcão Bauer, engenheiro civil e presidente do Instituto Falcão Bauer da Qualidade e Dr. Remo Cimino, engenheiro civil e consultor de empresas
O novo paradigma da civilização é, sem dúvida, a sustentabilidade. Chegamos a um momento em que é necessário reinterpretar o conceito de desenvolvimento, contemplando maior harmonia e equilíbrio do ser humano com o próprio ser humano e a natureza, entre o todo e as partes, e combinar os processos econômicos, sociais, culturais e políticos para que os recursos naturais das gerações futuras não sejam comprometidos.
Hoje, corremos o risco do efeito estufa – aumento da temperatura nas camadas mais baixas da atmosfera como resultado do acúmulo de gases como vapor d´água, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido de nitrogênio (N2O), clorofluorcarbonos (CFCs) e ozônio (O3). Estes gases, conhecidos como gases de efeito estufa, funcionam como o vidro que cobre uma estufa: permitem a entrada dos raios solares e impedem a saída de calor. Esse processo mantém a temperatura na superfície da Terra equilibrada e favorece a existência da vida como conhecemos – sem o
Autores: Dr. Roberto José Falcão Bauer, engenheiro civil e presidente do Instituto Falcão Bauer da Qualidade e Dr. Remo Cimino, engenheiro civil e consultor de empresas
O novo paradigma da civilização é, sem dúvida, a sustentabilidade. Chegamos a um momento em que é necessário reinterpretar o conceito de desenvolvimento, contemplando maior harmonia e equilíbrio do ser humano com o próprio ser humano e a natureza, entre o todo e as partes, e combinar os processos econômicos, sociais, culturais e políticos para que os recursos naturais das gerações futuras não sejam comprometidos.
Hoje, corremos o risco do efeito estufa – aumento da temperatura nas camadas mais baixas da atmosfera como resultado do acúmulo de gases como vapor d´água, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido de nitrogênio (N2O), clorofluorcarbonos (CFCs) e ozônio (O3). Estes gases, conhecidos como gases de efeito estufa, funcionam como o vidro que cobre uma estufa: permitem a entrada dos raios solares e impedem a saída de calor. Esse processo mantém a temperatura na superfície da Terra equilibrada e favorece a existência da vida como conhecemos – sem o efeito estufa, a temperatura média do planeta seria de -18ºC. O aumento de emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera em decorrência de atividades humanas, entretanto, pode ampliar de modo nocivo o efeito estufa retendo mais energia na atmosfera e gerando uma elevação na temperatura (aquecimento global) capaz de causar o derretimento das calotas polares, o aumento do nível dos oceanos e a sumersão de áreas costeiras
O relatório do desenvolvimento humano publicado em 1998 pelo Pnud assinala que: “O consumo contribui claramente para o desenvolvimento humano quando aumenta as suas capacidades, sem afetar adversamente o bem-estar coletivo, quando é tão favorável para as gerações futuras como para as presentes, quando respeita a capacidade de suporte do planeta e quando encoraja a emergência de comunidades dinâmicas e criativas”.
Essas necessidades de mudanças têm, na última década, mobilizado o Brasil, a sociedade civil, investidores, financiadores e consumidores (clientes), que passaram a exigir responsabilidades das empresas com relação ao impacto ambiental de suas atividades. No setor da construção, estas exigências têm se acentuado devido ao alto impacto ambiental e social das atividades de fabricação de materiais, projeto de arquitetura e engenharia, construção, uso e operação de empreendimentos que envolvem as edificações e infraestrutura.
CICLO DE VIDA DE UM PROJETO (EMPREENDIMENTO)
Projetos são empreendimentos únicos e envolvem, portanto, um certo grau de incerteza e riscos e cada fase (ou estágio) do ciclo de evolução do projeto compreendendo contextos bem definidos, a fim de facilitar o seu controle de gerenciamento e estabelecer vínculos bem claros com os interessados envolvidos no projeto, dentro e fora da organização da empresa.
Intenção é o primeiro passo (muita intuição e na maioria das vezes pouca razão) para se colocar em jogo a intenção de se criar ou desenvolver um projeto (empreendimento).
Avaliação é o passo da razão, isto é, todos os setores-chave da empresa (interessados internos e externos) e consultores passam a detalhar e expor suas convicções na formulação do plano do projeto (empreendimento) e concluírem sobre: aspectos políticos, investimentos, rentabilidade do projeto, ações de marketing, definições técnicas: - projetos de arquitetura e engenharia - e custos de implantação e operacionais, procedimentos organizacionais, principais parceiros, ações do meio ambiente, etc.
Consolidação é o passo em que se consolida o plano operacional do projeto e realiza-se o detalhamento dos processos operacionais de implantação, projetos executivos de arquitetura e engenharia e operação do projeto.
Implantação-Construção envolve todos os interessados nas áreas: econômica – financeira; construção, instalações físicas, fornecimento e montagem dos equipamentos do processo de produção até momento da realização dos testes e treinamento da entrada em operação.
Operação envolve o pessoal operacional do projeto que começa a produzir os produtos compactuados com o projeto, atuar junto aos seus fornecedores e clientes, portanto devem conhecer todo o sistema da cadeia produtiva.
EXPECTATIVA E VISÃO DO EMPREENDEDOR E DO CLIENTE
Modelo de negócio
Implantação e operação do empreendimento (projeto)
Implantação do empreendimento
Sustentabilidade
Construção sustentável e viabilização
Passivo ambiental
Dar ênfase ao passivo ambiental, principalmente quando atravessam ou interferem com áreas sensíveis e protegidas.
Requisitos e indicadores de desempenho ambiental
Estabelecer os requisitos e indicadores de desempenho e as influências de cada fase do processo construtivo e de operação, com relação ao meio ambiente.
Oportunidades e clientes
Na confecção do projeto arquitetônico e de engenharia estabelecer os diferenciais competitivos, redução de custos, melhoria nos níveis de eficiência e desempenho, visando: Conquista e fidelização de clientes, ambiente de trabalho positivo, controle de redução de custos, acesso ao mercado externo, acesso ao crédito etc.
Ambiente global
Estar atento para os critérios de qualidade do ar, da água e do solo, inclusive com relação ao aquecimento global, à camada de ozônio, alterações no ecossistema, consumo de recursos naturais, emissão de gases com efeito estufa, poluentes aéreos e descarga de resíduos.
Energético
Utilização de máquinas e equipamentos altamente eficientes energeticamente – elétrico, combustíveis fósseis e gás natural.
Ambiente em torno da obra
DURABILIDADE E DESEMPENHO DA ESTRUTURA
RESPONSÁVEIS PELA GARANTIA DA QUALIDADE E DURABILIDADE DA ESTRUTURA
A garantia da qualidade identifica-se com a gestão da qualidade, e corresponde à execução das atividades da qualidade planejada(s) e que a empresa tem como objetivos:
VIDA ÚTIL DOS PROJETOS E DOS MATERIAIS
Vida útil do projeto
Vida útil dos materiais
PROCEDIMENTOS PARA A EXECUÇÃO DOS PROJETOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
Os principais critérios para a utilização de peças pré-fabricadas de concreto de uma maneira geral são os “Conhecimentos do processo operacional e a garantia da qualidade”, visando às ações mecânicas, físicas, químicas e biológicas.
PROJETO BÁSICO/EXECUTIVO - PROCESSOS
O desafio para qualquer projetista é encontrar o equilíbrio, a combinação perfeita que leve em consideração aspectos como a durabilidade, o tempo de construção, a funcionalidade, a segurança, entre outros.
Processos diretamente relacionados à geração de valor agregado para os clientes internos e externos, associados à prestação de serviços e criação de produtos necessários para atender às necessidades dos empreendedores, clientes e da sociedade, compreendem, normalmente:
PROCEDIMENTOS PARA A PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DE PEÇAS PRÉ-FABRICADAS
Organização do trabalho na produção das peças pré-fabricadas, vantagens e facilidades.
Apresentam as seguintes vantagens e facilidades, entre outras:
CONCLUSÃO
Os Empreendedores de todo Brasil caminham a passo largos para agregarem valores aos seus empreendimentos, considerando a sustentabilidade das construções, saúde e segurança no trabalho, qualificação profissional, trabalho justo, entre outros, o desenvolvimento de projetos que visam à certificação ambiental do empreendimento e contemplam a redução dos impactos e a qualidade da implantação das construções, economia de água, eficiência energética, redução do uso de recursos não renováveis, especificação de materiais sustentáveis, industrialização da construção, melhoria da qualidade do ambiente construído, uso e operação do empreendimento e com adoção de indicadores de desempenho do empreendimento em relação à sustentabilidade.
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